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n Biótopos de camarões e crustáceos
n Montar e manter com sucesso
Camarões e crustáceos
2
Índice
O mundo fascinante dos camarões
e crustáceos........................................................... 3
Espécies de camarões........................................... 4
Espécies de crustáceos......................................... 5
Manutenção de camarões e crustáceos............... 6
Aquários comunitários........................................... 7
Aquários biótopo
Biótopo típico de camarões............................... 8
Biótopo típico de lagostins................................. 10
Plantas.................................................................... 12
Localização............................................................ 13
Material de fundo e decoração.............................. 14
O equipamento técnico.......................................... 15
Acondicionamento da água................................... 18
Colocar as plantas................................................. 20
Colocar os animais................................................. 21
Manutenção da água............................................. 23
Alimentação natural............................................... 24
Reprodução............................................................ 28
Tratamentos para crustáceos?.............................. 29
Caranguejos eremitas terrestres............................ 30
3
Os camarões e os crustáceos são habitantes
úteis e muito interessantes dos nossos aquá-
rios. As pessoas também gostam de manter
estes animais em comunidade com peixes.
Sobretudo os camarões anões, nos últimos
anos, foram-se tornando cada vez mais
populares. Camarões como o camarão Am­a­
no (Caridina multidentata) são mantidos nos
nossos aquários principalmente como apro-
veitadores de restos e comedores de algas. E,
acima de tudo, as plantas livram-se das inde-
sejadas algas.
Devido à coloração e ao comportamento in­
teressante, criar paisagens subaquáticas só
para camarões e crustáceos torna-se particu­
larmente impressionante. Para isso, os aquá-
rios Nano são especialmente adequados. São
aquários biótopo com condições semelhan-
tes às da natureza num espaço muito reduzi-
do.
Este Manual SERA será útil na montagem e
manutenção do mundo fascinante dos cama-
rões e crustáceos.
O mundo fascinante dos camarões e crustáceos
4
Espécies de camarões
Camarões anões
Trata-se de um grupo de crustáceos
mui­to popular entre os aquariófilos
com exemplares muito variados de ca­
marões pequenos (na maioria das ve­zes
só alcançam 4 cm de comprimento). Du­
­­rante todo o dia, com as suas tenazes,
os camarões raspam e comem as al­­gas
e outros organismos que cresc­em, por
exemplo, nas plantas e nas pe­dras. Es­
tes animais decorativos e interessantes
geralmente são muito pacíficos, po­
dem-se manter em grupos sem quais-
quer problemas e podem-se combinar
com peixes e outros habitantes do
aquário que também sejam pacíficos.
Macrobrachium
Estes camarões têm tenazes relativa-
mente grandes e compridas. Algu­mas
espécies alcançam um tamanho con­
siderável, de tal modo que também
podem chegar a comer peixes e ou­
tros crustáceos. Além disso, o seu
mar­­cante comportamento territorial
pode causar lutas entre exemplares da
mesma espécie. Espécies mais peque­
nas, como a Macrobrachium cf. banja­
rense ou a Macrobrachium lanchesteri,
geralmente são mais sociáveis e
necessitam de menos espaço.
Camarões filtradores
Nas pontas do primeiro par de pernas,
estes animais têm pêlos compridos,
que podem abrir em forma de leque.
Com estes pêlos filtrantes, filtram, da
corrente de água, as partículas de nu­
trientes flutuantes (plâncton vegetal
e animal). Os camarões filtradores
gos­tam de se assentar em superfícies
ásperas ou duras, para que se possam
segurar na corrente de água.
5
Espécies de crustáceos
Estes crustáceos coloridos alcançam
um tamanho muito maior que as
espécies de Cambarellus e vivem du­
rante mais tempo – até 8 anos. São
maioritariamente pacíficos. Devido às
suas grandes tenazes movem-se de
forma meio desajeitada. As espécies
de Cherax gostam de se esconder.
Algumas espécies são activas no escu­
ro, outras também procuram comida
durante o dia.
Espécies de Cherax
Lagostins anões – Espécies de Cambarellus
As espécies de Cambarellus são ade-
quadas para manter em aquários. No
estado adulto medem entre 3 a 6 cm.
Não é aconselhável mantê-las junta-
mente com camarões, já que os cama­
rões podem ser uma presa agradável
para elas. As plantas não fazem parte
da sua alimentação, por isso, os lagos­
tins anões podem-se manter, sem
quaisquer problemas, em aquários
com plantas. A esperança de vida é
de 1,5 a 2 anos. As espécies de Cam­
barellus encontram-se na América do
Sul.
66
Manutenção de camarões e crustáceos
Geralmente aplica-se a seguinte regra para
todas as formas de manutenção, também
para camarões pacíficos e sociáveis: Quanto
menos, melhor! Além disso, caso tenha um
grande número de exemplares, há que ter
em consideração que lhes deve oferecer tan-
tos esconderijos quanto possível. Es­pe­cial­
mente durante a ecdise, os crustáceos e os
camarões necessitam de um esconderijo,
para proteger o seu corpo mole.
Ecdise
Os crustáceos e os camarões têm um exo­
squeleto, ou seja um esqueleto externo.
Como este não pode crescer com eles, é
substituído regularmente por um novo du­
rante a ecdise. Trata-se de um momento
emocionante, quando o crustáceo abandona
a sua antiga pele, também chamada exúvia, e
se torna visível a nova “carapaça” ainda mole
e flexível. Seguidamente, o exosqueleto que
se estende até se adaptar ao novo tamanho,
endurece por meio de processos químicos e
de depósitos de minerais – por exemplo cál-
cio. Os membros feridos ou arrancados
podem tornar a crescer pouco a pouco com
a ecdise. Os problemas durante a ecdise, na
maior parte das vezes, são causados por con­
dições impróprias ou por uma alimentação
deficiente e inadequada. Com os alimentos
especiais para crustáceos SERA crabs natural
e SERA shrimps natural podem-se prevenir
os problemas com a ecdise.
A carapaça depois da ecdise (exúvia)
Se quiser ter crustáceos ou camarões num
aquário comunitário, é muito importante
escolher os animais com muito cuidado.
Peixes adequados para um aquário comuni-
tário são os peixes de superfície (por exem-
plo os Gasteropelecidae) ou também os pei-
xes do fundo (Peixes-Gato que não sejam
muito pequenos). Pelo contrário, não é acon-
selhável combiná-los com peixes vivíparos
muito enérgicos, Bótias-Palhaço e ciclídeos.
No caso dos crustáceos grandes, recomen-
damos, quando muito, a combinação das
espécies australianas de Cherax pacíficas,
como Red Claw (Cherax quadricarinatus) ou
Cherax destructor com espécies de peixes
robustas.
77
Aquários comunitários
Quando se combinam camarões com peixes,
deve-se proceder com prudência. Fre­quen­
temente, o perigo provém mais da parte dos
peixes que dos camarões. Particularmente os
Gupis e os ciclídeos têm a tendência de mor-
discar os seus companheiros de aquário.
O mesmo se pode dizer no que diz respeito
aos crustáceos. Para a manutenção em aquá­
rios comunitários, são aconselháveis princi-
palmente os lagostins anões, como por
exemplo o Cambarellus patzcuarensis var.
“Orange”. Tendo crustáceos grandes no
aquário, por um lado existe o perigo de que o
aquário decorado com tanta dedicação seja
demolido no prazo de pouco tempo e de que
as plantas sejam despedaçadas; por outro
lado, os crustáceos especialmente agressivos
já não deixam os peixes em paz. Por este
motivo, os crustáceos grandes, de preferên-
cia, devem ser mantidos num aquário para
uma só espécie. No entanto, neste caso tam-
bém há que ter em conta que o facto de ter
demasiados animais em pouco espaço pode
provocar mais agressividade e canibalismo.
Cambarellus patzcuarensis var. “Orange”
Gasteropelecidae Peixe-Gato
Recomendação para aquários comunitários
Cherax destructor
8
Aquários biótopo
De forma ideal, a composição
do aquário com camarões e
crustáceos deve ser realizada
de acordo com o habitat natural
– riachos e pequenos rios. Para
cada biótopo, todos os elemen-
tos estão presentes nas propor-
ções correctas, como por exem-
plo, o tamanho do aquário, a
quantidade dos animais e das
espécies de animais, a quantida­
de das plantas e das espécies de
plantas, o filtro e a iluminação.
Deste modo, evita a combinação
de animais que, devido ao seu
tamanho, à sua forma de alimen-
tação e à sua origem, não são
compatíveis. Num biótopo seme-
lhante à natureza, a qualidade da
água pode-se regular optima­
mente e manter-se a longo prazo,
sem grandes esforços. SERA pro­
põe-lhe os seguintes biótopos:
Biótopo típico de camarões
Num aquário de 60 litros
como, por exemplo, no SERA
Biotop Nano Cube 60, coloca-
se no máximo de um até três
tipos de camarões. Tanto a
Atya gabonensis como a
Atyopsis moluccensis são
espécies que se podem
combinar bem com os
camarões anões. Coloque
um total de cinco até no
máximo de vinte animais
no aquário. Na hora de planear a
população, mantenha baixo o
número de exemplares grandes,
como a Atya gabonensis.
Camarões no SERA Biotop Nano
Cube 60 representado na figura:
	2	Atya gabonensis
	15	Camarões Crystal Red
Em relação às plantas, veja a pági­
na 12.
9
Camarão Amano
(Caridina multidentata)
Atya gabonensis
Camarão Crystal Red
(Caridina cf. cantonensis)
Caridina cf. babaulti var. “Green”
Camarão Bumblebee
(Caridina cf. breviata)
Atyopsis moluccensis
Camarão Red Fire
(Neocaridina heteropoda var. “Red”)
10
Aquários biótopo
Biótopo típico de lagostins
Num aquário de 60 litros deve-
se colocar no máximo 6 lagos-
tins anões. Para criar um par de
lagostins, como por exemplo de
Yabbys, necessita-se de um
aquário de no mínimo 1,20 m de
lado.
Lagostins anões no SERA Biotop
Nano Cube 60 representado na
figura:
6 Cambarellus patzcuarensis var.
“Orange”
Em relação às plantas, veja a
página 12.
11
Cambarus manningi Cherax destructor
Cherax holthuisi Cherax sp. var. “Hoa Creek”
Cherax sp. var “Red Brick” Red Claw
(Cherax quadricarinatus)
Cambarellus patzcuarensis var. “Orange” Cherax sp. var. “Tiger”
12
Plantas
Tal como no habitat natural – riachos e pe­
quenos rios – a quantidade de plantas deve-
ria ser limitada. No entanto, não é aconselhá-
vel abdicar completamente de plantas, por­que
as plantas degradam poluentes. Além
disso, nas plantas, os animais, sobretudo os
mais jovens, encontram esconderijos e (gra-
ças aos microorganismos que nelas se fixam)
também um excelente lugar onde podem
comer.
Algumas plantas particularmente aconselhá-
veis são, por exemplo: Feto de Java, Vallis­
nerias, Bolas de Musgo e diversas espécies
de musgo, por exemplo Musgo de Java.
Pode-se alterar a quantidade das plantas aqui
propostas, segundo a imaginação individual
de cada aquariófilo. Assim, por exemplo, uma
parede posterior de Musgo de Java pode ter
um aspecto muito bonito. Ao projectar a
vegetação do aquário, tenha em considera-
ção que as plantas que se compram ainda
não alcançaram o seu tamanho final.
6 Vallisnerias
1 – 2 Fetos de Java
2 – 3 Bolas de Musgo
Musgo de Java, segundo as suas preferências
Feto de Java
(Microsorium pteropus)
Bola de Musgo
(Cladophora aegagrophila)
Vallisneria
Musgo de Java
(Vesicularia dubyana)
12
V1
V2
M1
H1
13
Não coloque o aquário à luz do sol directa,
senão o crescimento de algas é favorecido e
a água aquece demais.
A base onde se coloca o aquário deve ser
estável e horizontal. Para este fim, os respec-
tivos armários de suporte da SERA são ideais.
Antes de decorar o seu aquário, deveria pen-
sar bem sobre a estrutura ideal. Uma boa
maneira de começar, é fazer um esquema
com todas as construções de pedras, raízes e
plantas.
• Não se esqueça de planear a existência de
suficientes esconderijos. As cavernas, que
podem facilmente ser construídas empi-
lhando pedras chatas ou pedras com bura-
cos, são muito bem aceites pelos peixes.
• As plantas de grande porte devem ser colo-
cadas na parte de trás do aquário. Se as
puser à frente irão tapar a visão do que lhe
está atrás. À frente devem ser plantadas
plantas rasteiras ou de pequeno porte.
• Se utilizar convenientemente os materiais
de decoração poderá facilmente esconder
o equipamento técnico do aquário (aque­
cedor, filtro, etc.).
Localização
13
Filtro, aquecedor, bomba
Vallisneria
Fetos de Java
Bolas de Musgo
Musgo de Java
Raízes
Pedras
SERA Biotop Nano Cube 60
V2
V2
V1 V1
V1
V2M1
M1
H1
H1
M1
V1
H1
H1
H1 H1
H1
14
Material de fundo e decoração
Primeiro distribua uma camada de 2 cm de
substrato arenoso de longa duração SERA
floredepot nos lugares que destinou para as
plantas. Durante a fase inicial, o SERA florede­
pot fornece às plantas os nutrientes que elas
necessitam para raízes fortes e folhas verdes.
Em cima, coloque uma camada de aproxima-
damente 5 cm de areão ou areia do rio, aca-
bada de lavar e sem corantes, e ainda alguns
seixos de maior tamanho.
Se quiser prescindir da areia no aquário, para
manter crustáceos é importante incluir sem-
pre um pouco de areia no substrato. Os ani-
mais necessitam de grãos de areia ou de
pedras muito pequenas, para os armazenar
no seu órgão de equilíbrio (chamado estato-
cisto) durante a ecdise.
Material de fundo
Decoração
As raízes, tal como as plantas, são adequa-
das como “zona de pasto” e como elementos
estruturais. Oferecem aos animais a protec-
ção necessária, especialmente no período
importante depois da ecdise.
Sobretudo quando se mantêm crustáceos
agressivos ou camarões da espécie Ma­cro­
brachium no aquário, é muito importante
pro­porcionar ainda mais esconderijos. Para
isso, também se podem utilizar pedras com
buracos ou tubos que ofereçam aos animais
esconderijos fáceis de defender, até que o
seu exosqueleto esteja duro.
2cm5cm
14
15
Após ter introduzido o substrato e colocado a
decoração, instale o equipamento técnico.
Estes trabalhos não são necessários num
SERA Biotop Nano Cube 60.
O equipamento técnico
15
O SERA Biotop Nano Cube 60, com o seu equi­
pamento completo, está pronto a funcionar
e biologicamente activo de imediato. O siste­
ma de filtragem bioactivo inicia imediata­
mente a decomposição de poluentes. Deste
modo, pode poupar semanas, no que diz res­
peito aos “períodos de arranque”.
1 	 Aquário com vidro frontal convexo
	 Vidro polido
	 Volume aprox. 60 litros
	Dimensões:
	 comp. 40,3 cm x alt. 46 cm x larg. 48,4 cm
2	 Tampa para aquário com
2.1	tubo fluorescente para aquário T5, PL-
18 W
2.2	 abertura para os alimentos
2.3	mecanismo para deslizar e levantar a
tampa
3	 Filtro interior de 4 câmaras com
3.1	 rede
3.2	esponja filtrante para a filtragem mecâ­
nica
3.3	SERA siporax 1.000 ml para a filtragem
biológica com 270 m2
de área de filtra­
gem
3.4	 SERA aquecedor 50 W
3.5	SERA bomba de circulação STP 1000
Incluindo:
• ­100 ml de SERA blackwater aquatan, acon­
dicionador de água
• 50 ml de SERA filter biostart, culturas bioló­
gicas para a decomposição biológica de po­
luentes
O SERA Biotop Nano Cube 60 tem uma moldu­
ra de segurança colada no fundo. Por isso,
pode colocar o aquário directamente em ci­
ma de um armário. Não utilize bases adicio­
nais!
O aquário compacto da
SERA, para um início fácil
2.1
2.3
2.2
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
1
2.3
16
Num aquário de crustáceos ou camarões, um
filtro desempenha duas funções importan­
tes. Por um lado, purifica a água, por outro
lado produz uma corrente constante que imi-
ta o movimento de um riacho. Então, os ca-
marões filtradores, por exemplo, só têm
acesso à sua alimentação se existir corrente
de água. Para uma filtragem mecânica e bio-
lógica eficaz, são ideais os filtros interiores
SERA para aquários pequenos – SERA fil 60 ou
SERA fil 120. Em combinação com o material
filtrante biológico SERA siporax mini, obtém-
se uma água biologicamente limpa.
Os filtros interiores para aquário SERA fil po­
dem ser ampliados com cartuchos adicionais.
Filtro
O equipamento técnico
16
Material filtrante
SERA siporax mini
Cartucho para filtro
SERA super carbon
carvão activado
Cartucho para filtro
Esponja filtrante
Cartucho final
A capacidade
de decomposição
biológica de 1 litro de
SERA siporax mini
equivale à de 34 litros
de material
cerâmico
Iluminação
Os camarões e os crustáceos não têm neces­
sidades especiais, no que diz respeito à ilumi­
nação. Por este motivo, no caso de tampas
com várias lâmpadas, pode-se escolher uma
das lâmpadas conforme as necessidades das
plantas, por exemplo SERA plant color. Caso
se utilize só uma lâmpada, recomendamos a
SERA tropic sun.
Tampa
Aquecedor
Tanto os crustáceos como os camarões
necessitam de uma tampa de aquário que os
impeça de fugir, já que eles gostam de explo­
rar os arredores e para isso, em determina­
das circunstâncias, até podem sair do aquá­
rio.
Abastecimento de oxigénio
Como nos riachos borbulhantes no habitat
natural destes animais, na água do aquário
também é importante uma elevada concen­
tração de oxigénio, tanto para a ecdise, como
para a reprodução. Pode obter uma elevada
concentração de oxigénio, se, para além do
filtro, também utilizar uma bomba, por
exemplo a bomba de ar SERA air 110 plus,
juntamente com uma pedra difusora do SERA
air set.
Muitos camarões provêm de zonas climáticas
subtropicais. Sendo assim, uma variação da
temperatura segundo as estações do ano é
natural e até pode contribuir para o melhora­
mento da reprodução. Para a maior parte das
espécies, a temperatura óptima encontra-se
entre 19 e 25 °C (por exemplo para os Caridina
cf. cantonensis var. “Tiger”, camarão Bum­ble­
­bee e camarão Crystal Red). O camarão
Amano (Caridina multidentata) até se sente
bem a temperaturas entre 10 e
30 °C. A maior parte dos crustá­
ceos necessita de temperaturas
entre 20 e 27 °C. Os animais al­
cançam um melhor crescimento
a uma temperatura de aproxima­
damente 25 °C. Para aquecer
o aquário, recomendamos o
SERA aquecedor com termósta­
to para aquário.
1717
18
Acondicionamento da água
Em geral, os crustáceos reagem de forma
ainda mais sensível do que muitas espécies
de peixes a uma poluição química da água.
Por este motivo, a água da torneira tem que
ser acondicionada. Cada vez que encher o
aquário, seja o primeiro enchimento ou uma
mudança parcial de água, adicione sempre
SERA aquatan ou o novo SERA blackwater
aquatan, que foi especialmente desenvolvi­
do também para crustáceos. Aglutina ime­
diatamente os iões de metais pesados, clari-
fica a água e neutraliza as substâncias tóxi­
cas, como por exemplo o cloro agressivo.
Além disso, recomendamos, por
exemplo na fase inicial ou con-
soante as necessidades, a utili-
zação de SERA super carbon
como carvão activado, que re­
move com segurança as outras
substâncias tóxicas da água.
Preste atenção à dureza adequada da água. A
dureza da água refere-se à concentração de
iões dissolvidos de metais alcalinos-terrosos.
A água macia contém uma quantidade me­
nor destes iões (sobretudo cálcio e magné-
sio) do que a água dura. A maioria das espé-
cies de camarões está habituada a uma água
mais macia, como a dos seus biótopos de
ori­gem.
Acondicionar a água
Encher correctamente o aquário
Para que a água não remexa o areão e o subs­
trato, primeiro coloque um prato raso sobre
o areão. Depois dirija a água morna (24 –
26 °C) para o prato até encher 2/3 do aquário.
O SERA termómetro de precisão simplifica a
verificação da temperatura.
18
1919
Os camarões Red fire e Amano, por exemplo,
necessitam de uma dureza de carbonatos
entre 4 e 16°dkH, enquanto que os camarões
Crystal Red e Caridina cf. cantonensis var.
“Tiger” necessitam de uma dureza ainda
menor, entre 2 – 10°dkH. Portanto, com uma
dureza de carbonatos entre 5 e 10°dkH terá
sempre um valor adequado. Geralmente, os
crustáceos adaptaram-se a habitats com
água um pouco mais dura. Caso seja necessá­
rio reduzir a dureza de carbonatos, devido a
uma água dura da torneira, introduza SERA
super peat (granulado de turfa) no filtro.
Deste modo, também se evita o crescimento
de fungos e bactérias prejudiciais.
Para medir a dureza de carbonatos, utilize
o SERA kH-Test e, se necessário, aumente-a
com SERA KH/pH-plus.
Camarão Amano
(Caridina multidentata)
Camarão Red Fire
(Neocaridina heteropoda var. “Red”)
Se, apesar de todas as precauções, a concen­
tração de poluentes aumenta muito de
repente, o SERA toxivec evita imediatamente
uma intoxicação grave dos seres vivos do
aquário.
Ajuda imediata
20
Colocar as plantas
As plantas recém compradas devem-se colo-
car sempre na água, num recipiente à parte,
durante vários dias. No decorrer deste pro-
cesso, mude a água várias vezes, para elimi-
nar os fertilizantes em excesso e possíveis
restos de produtos fitofarmacêuticos e trata-
mentos. Além disso, a colocação de plantas
de caule pode implicar alguns riscos, já que é
necessário cortá-las, podendo o corte causar
a libertação de substâncias vegetais prejudi-
ciais.
Fertilizar correctamente as plantas
1. Apare ligeiramente as pontas das raízes
com uma tesoura afiada (fig. 1) antes de
efectuar o plantio e remova as folhas de­
feituosas ou em inicio de decomposição.
2. Escave um buraco no fundo com o seu
dedo (fig. 2). O fundo deve ter sido previa-
mente preparado com SERA floredepot.
3. Coloque as raízes cuidadosamente dentro
do buraco (fig. 3) e cubra-as com o areão
de fundo. Calque cuidadosamente o areão
e puxe ligeiramente a planta, de tal forma
que as raízes fiquem novamente voltadas
para baixo.
1 2 3
Com o sistema de fertilização SERA, com pro­
dutos desenvolvidos para trabalhar em con-
junto, é fácil obter bons resultados na manu-
tenção das plantas. Com o substrato SERA
floredepot, oferece às plantas uma base
óptima para um crescimento forte. Use SERA
floreplus como promotor do crescimento
durante as primeiras 4 – 6 semanas. Quanto
mais rapidamente crescerem as plantas, mais
depressa contribuirão para a purificação bio-
lógica da água e com oxigénio para os habi-
tantes do aquário. Depois passe à fertilização
regular. As plantas que absorvem os seus
nutrientes principalmente através das folhas
são fertilizadas com SERA florena. Para as
plantas que absorvem os nutrientes princi­
palmente através das raízes, deve utilizar
SERA florenette A. Para repor os nutrientes
consumidos diariamente, adicione SERA flore
daydrops.
20
21
Finalmente, o aquário está decorado e plan-
tado; o filtro, o aquecedor e a iluminação tra-
balham como devem. Os testes SERA indicam
que a qualidade da água é boa.
Durante esta fase inicial, distribua pouca co­
mida (por favor, veja a partir da página 24).
Colocar os animais
21
•	Aplique algumas gotas de SERA filter bio­
start em SERA siporax mini. Coloque o fil­
tro em funcionamento. A decomposição
biológica de poluentes inicia imediata-
mente no filtro.
• Adicione SERA bio nitrivec à água do
aquário. Deste modo, inicia a decomposi-
ção biológica de poluentes no aquário.
• No dia seguinte (1° dia) introduza 10 % do
total dos animais.
	Durante 10 dias seguidos, adicione diaria-
mente SERA bio nitrivec (dose normal),
Procedendo assim, encurtará o tempo de
início da actividade bacteriana.
• 4° dia: introduza mais 30 % do total dos
peixes que pretende.
• 5° e 7° dia: verifique o amónio e o nitrito.
Neutralize rapidamente os valores dema-
siado altos com SERA toxivec.
• 8° dia: introduza mais 30 % do total dos
peixes que pretende.
•	10° dia: como no 5° e no 7° dia.
•	11° dia: introduza os restantes 30 % dos
peixes.
A capacidade
de decomposição
biológica de 1 litro de
SERA siporax mini
equivale à de 34 litros
de material
cerâmico
A transposição para um novo aquário signifi-
ca uma mudança de clima para os animais.
Desligue a luz do aquário. Evite claridade
forte.
1.	Coloque o saco com os animais no aquário
(abertura para cima) e certifique-se que o
saco flutua.
2. Abra o saco e dobre a borda várias vezes,
assim o saco irá flutuar livremente na água.
No decorrer de meia hora, deite água do
aquário para dentro do saco, em pequenas
quantidades, até que o saco contenha 2 ou
3 vezes o volume inicial.
3. Após 30 minutos, pode transferir os ani-
mais para dentro do aquário, com a SERA
rede para peixes. Deite fora a água de
transporte!
22
Colocar os camarões e os crustáceos
1
2
Colocar os animais
3
22
23
Manutenção da água
Os aquários correctamente montados neces-
sitam de pouca manutenção. Criadores bem-
sucedidos recomendam mudar semanalmen-
te 30 – 50 % da água do aquário. Isto simula as
chuvadas que são normais na natureza, que
por seu lado aumentam a disposição para a
cópula. No aquário de uma só espécie, a água
adicionada pode ser alguns graus mais fria.
No entanto, a água adicionada deve ser sem-
pre acondicionada com SERA aquatan ou
SERA blackwater aquatan. Outra razão im­
portante para a regular mudança parcial de
água é que os camarões e os crustáceos não
toleram bem o nitrato. Uma elevada concen-
tração de nitrato provoca problemas relati­
vos à ecdise. Verifique a concentração de
nitrato com o SERA teste de NO3.
O lodo que se origina aspira-se adequada-
mente durante a mudança parcial de água
com o SERA limpador de areão. No entanto,
deve ficar sempre um cantinho de lodo no
aquário, porque os camarões – sobretudo os
animais jovens, gostam de utilizar o lodo
como fonte de alimentação adicional. As exú-
vias soltadas durante a ecdise não devem ser
retiradas. Contêm minerais valiosos, e, na
maior parte das vezes, os animais comem-
nas por completo.
23
24
Alimentação natural
Tanto os crustáceos como os
camarões pertencem aos ani-
mais omnívoros, isto é: comem
tudo. Na maior parte das vezes,
os seus habitats naturais pro-
porcionam-lhes relativamente
poucas plantas, mas, em contra-
partida, muitas folhas e madeira
que caem para a água. Este
material orgânico que se de­
compõe (detritos ou lodo), com
os microorganismos que se
desenvolvem (fungos, bactérias,
organismos unicelulares) e
as algas, serve de fonte de alimen­
tação. Esta dieta completa-se
com tudo aquilo que os crustá­
ceos possam encontrar ou apa-
nhar: pequenos animais, como
caracóis, conchas, vermes, e por
vezes até mesmo peixes peque-
nos, e frequentemente também
carniça e fruta madura. Para co­
brir as suas necessidades protei-
cas, alguns crustáceos também
não hesitam em recorrer ao cani-
balismo.
Os ingredientes mais valiosos
Para estas variadas neces­­si­
dades dos crustáceos, a SERA
de­­senvolveu os novos ali­
mentos para crustáceos
SERA crabs natural e SERA
shrimps natural. Graças aos
seus valiosos ingredientes
e ao cuidadoso pro­ces­sa­
mento, estes pro­dutos
são o alimento base ideal
para os crustáceos. A
extraordinária composi-
ção de nutrientes é o resultado da
utilização exclusiva de organis-
mos aquáticos, por exemplo, pei-
xes marinhos, Gammarus, Spi­ru­
lina e algas marinhas, como forne­
cedores de proteínas e gorduras.
Deste modo, as proteínas conti-
das caracterizam-se pela sua
com­posição de aminoácidos que
os crustáceos podem aproveitar
de forma óptima.
24
25
O alimento é de fácil digestão, não poluindo
a água com os produtos da degradação não
digeridos.
De fácil digestão
Abastecimento óptimo
Além disso, esta composição garante um
abastecimento óptimo de ácidos gordos
essenciais Omega. O elevado teor de Spi­ru­
lina, algas marinhas e um grande número de
ervas e legumes de alta qualidade, fornecem
aos animais minerais, vitaminas e oligo-ele-
mentos importantes, como por exemplo o
iodo das águas marinhas que favorece uma
ecdise regulada. Tal como já foi comprovado
por bastantes observações, as urtigas têm
um efeito anti-inflamatório sobre os cama-
rões e os crustáceos e aumentam a sua ferti-
lidade. Casca de salgueiro e pau de amieiro
são uma fonte natural de fibras alimentares
e, além disso, estes componentes têm um
efeito anti-bacteriano e fungicida. Os Gam­
marus e os mexilhões de concha verde tor-
nam o alimento particularmente atractivo.
Deste modo, pudemos facilmente abdicar de
aromas adicionados, tal como em todos os
alimentos SERA. Além disso, SERA pretende
aproximar-se ainda mais à natureza, abdican­
do completamente de corantes.
Corantes naturais
Estes dois alimentos contêm unicamente os
valiosos corantes naturais dos seus ingre-
dientes, como a astaxantina, parecida às vita­
minas, que estimula enormemente a forma-
ção das cores e que provém da alga Hae­
matococcus. Os componentes da fórmula
Vital-Immun-Protect e a fórmula completa do
SERA crabs natural e do SERA shrimps na­
tural, que foi desenvolvida segundo os mais
recentes conhecimentos científicos, facili­
tam um desenvolvimento saudável (com
uma ecdise regular e segura), cores brilhan-
tes, fertilidade e vitalidade dos crustáceos e
camarões.
Alimentação natural
A forma ideal dos alimentos
Devido à forma dos dois alimentos – aos
grãos do SERA shrimps natural e aos extraor­
dinários anéis do SERA crabs natural – os ani­
mais podem transportar o alimento para
lugares protegidos, para aí poderem comer
tranquilos.
Os camarões mais pequenos gostam de agar­
rar num grão e arrancar partículas de comida
em movimentos giratórios. É assim que na
natureza comem a vegetação que cresce,
por exemplo, em pedras pequenas. No caso
dos camarões muito pequenos ou jovens,
um grão de SERA shrimps natural é suficien-
te para vários animais. Quando um camarão
já está satisfeito, deixa cair o grão e o próxi-
mo camarão pode continuar a comer.
Os crustáceos preferem os anéis do SERA
crabs natural. Com estes anéis, origina-se
uma verdadeira luta entre os crustáceos, até
que eles se possam retirar para um lugar
tranquilo com um anel inteiro ou, no caso
das espécies pequenas, com um pedaço de
um anel. Para os crustáceos que têm tena-
zes, os anéis são particularmente fáceis de
agarrar.
Os dois alimentos afundam-se rapidamente e
mantêm a sua forma na água durante pelo
menos 24 horas, não perdendo o seu sabor e
os seus ingredientes. Assim, este alimento
corresponde perfeitamente ao hábitos ali-
mentares naturais destes animais e a água
não é desnecessariamente poluída. Nós reco­
mendamos a distribuição diária destes valio-
sos alimentos, que além disso também são
perfeitamente adequados para crustáceos
marinhos e também são bem aceites pelos
Peixes-Gato.
262626
2727
Alimentação no aquário comunitário
Nos aquários comunitários onde são distri­
buídos os alimentos da família de produtos
SERA vipan (SERA vipan, SERA vipagran, SERA
vipachips) os crustáceos mantidos em comu­
nidade estarão dispostos a compartir a comi-
da com os restantes habitantes. Os animais
também aceitam bem as SERA Spirulina Tabs.
Deste modo não ficam restos de comida no
aquário e evita-se uma excessiva poluição
orgânica da água. Pelo menos uma vez por
semana, também deve distribuir SERA crabs
natural ou SERA shrimps natural no aquário
comunitário, para cobrir as necessidades
especiais dos crustáceos.
Para variar
Para tornar a dieta mais variada, de vez em
quando pode distribuir pedaços de legumes
escaldados (por exemplo ervilhas, courget-
tes, cenouras) e folhas (por exemplo de car-
valho, faia, nogueira, amendoeira-da-praia).
No caso dos legumes, é imprescindível recor-
rer à cultura biológica já que os camarões e
os crustáceos são extremamente sensíveis
aos pesticidas. SERA marin gourmet nori –
algas nori naturais de fácil digestão – tam­bém
oferece um complemento excelente para a
alimentação dos crustáceos, desde que se
utilize um clip para afundar o alimento.
28
Reprodução
Caso deseje criar camarões, deve considerá-
lo logo no momento de seleccionar os cama­
rões. Alguns camarões, como por exemplo o
camarão Amano (Caridina multidentata), ne­
cessitam de água salgada no estado de larva
(tipo primitivo) e, por este motivo, não são
adequados para a criação. Alguns camarões
que se podem criar bem no aquário são, por
exemplo os camarão Crystal Red (Cari­di­na cf.
cantonensis), camarão Red Fire (Neo­caridina
heteropoda var. “Red”) e Cari­di­na cf. canto-
nensis var. “Tiger”. Entre as espécies de crus­
táceos mais fáceis de criar encontram-se os
Procambarus alleni, Cam­barellus patzcuaren-
sis var. “Orange” e os Cherax sp. var. “Tiger”.
Para a criação bem-sucedida de camarões e
crustáceos, tenha em consideração os se­
guintes conselhos: Não mantenha demasia­
dos animais num aquário demasiado peque­
no. Distribua sempre alimentos de alta quali­
dade. Certifique-se que a qualidade da água é
boa e que a água contém oxigénio suficiente
e faça semanalmente uma mudança parcial
de água. Os seus animais vão lhe agradecer
com um monte de filhotes.
Para evitar o canibalismo, es­
pecialmente os animais jo­
vens necessitam de muitos es­
conderijos adequados. Tenha tam­
bém em conta que, como as espécies de
camarões são parentes próximos, se podem
originar cruzamentos híbridos não deseja­
dos. Para evitar isto, não deve manter
as espécies de camarão Crystal Red,
Caridina cf. cantonensis var. “Tiger” e
camarão Bum­blebee juntas no mes­
mo aquário.
Camarão Red Fire
(Neocaridina heteropoda var. “Red”)
Caridina cf. cantonensis var. “Tiger”
Cambarellus patzcuarensis var. “Orange”
Camarão Crystal Red
(Caridina cf. cantonensis)
Cherax sp. var. “Tiger”
28
Camarão Amano
(Caridina multidentata)
29
Atenção!
Tratamentos para crustáceos?
Os camarões e os crustáceos ainda não fo-
ram tão bem estudados como os peixes. Por
esta razão, são poucos os conhecimentos
sobre as doenças e o respectivo tratamento.
Doenças causadas por vírus, fungos (por
exemplo doença da ferrugem nos crustá-
ceos) e microsporídeos, hoje em dia não
se­podem­tratar­com­efi­cácia.­Por­isso,­em­
princípio há que oferecer aos animais as
melhores condições possíveis. Os animais
que recebem uma alimentação completa e
que, dentro do possível, vivem num ambiente
tranquilo, são muito menos susceptíveis a
doenças. Além disso, a aplicação de SERA
blackwater aquatan ajuda a evitar a manifes-
tação de doenças e a acelerar o processo de
cura no caso de pequenas lesões. Ao adquirir
animais­ novos,­ deve­ verifi­car­ sempre­ o­ seu­
estado de saúde.
Nem todos os tratamentos que são bons
para o bem-estar dos peixes são tolerados
pelos crustáceos e camarões. Caso seja
necessário um tratamento no aquário comu-
nitário, pode recorrer a vários produtos SERA
com boa consciência. Alguns produtos que
foram intensivamente experimentados em
crustáceos e que se consideram seguros são,
por exemplo, os tratamentos SERA med
Professional Protazol, Tremazol e Flagellol.
Além disso, também é possível utilizar o SERA
ectopur sem risco. Após um tratamento, os
animais necessitam de SERA fishtamin. Estas
vitaminas fortalecem os animais e asseguram
uma recuperação rápida.
No caso de presença de crustáceos,
lamentavelmente deve prescindir da conhe-
cida­ efi­cácia­ de­ SERA med Professional
Nematol e SERA mycopur. No caso de dúvi-
da, durante o período do tratamento, deve
tirar os crustáceos do aquário comunitário,
para que não sejam sujeitos a este trata-
mento. Como alternativa, pode tratar os
peixes separadamente num banho medici-
nal.
29
!
30
Caranguejos eremitas terrestres
Os caranguejos eremitas terrestres não vi­
vem na água. Trata-se de animais de terrário
interessantes e fáceis de cuidar. Estes crustá­
ceos provenientes dos trópicos, que são ani-
mais nocturnos, podem-se manter sem pro-
blemas em grupos de 3 a 5 animais, consoan­
te o tamanho do terrário. O terrário deve ter,
pelo menos, um tamanho de 50 x 30 x 30 cm.
Como substrato pode-se utilizar substrato
convencional para terrários, como casca de
pinheiro, misturada com areia. Os carangue-
jos eremitas terrestres gostam de trepar. Por
isso, deve colocar almofadas de coco nas
paredes do terrário. Na natureza, os caran-
guejos eremitas terrestres vivem principal-
mente em lagoas e bebem frequentemente
água doce e salgada. Por esta razão os caran­
guejos devem ter acesso a ambos tipos de
água. As quantidades necessárias de água
salgada podem-se preparar facilmente com
SERA marin basic salt, rico em cálcio natural
e oligo-elementos.
Os caranguejos eremitas terrestres são omní-
voros. Com certeza, o alimento para crustá-
ceos SERA crabs natural também é ideal para
estes animais terrestres. Para completar a ali-
mentação, pode escolher entre vários tipos
de fruta e legumes, assim como saladas ou
ervas (por exemplo Dente-de-Leão, Lamium
ou Plantago lanceolata) de cultura biológica.
O iodo necessário para a ecdise dá-se aos
crustáceos com SERA marin gourmet nori,
como “refeição intermédia”. Além disso,
estas algas de fácil digestão contêm muitas
vitaminas, ácidos gordos polinsaturados e
outros oligo-elementos importantes.
31
atmosférica de 60 – 80 %. Dependendo do
tamanho do terrário, para isso é suficiente
uma lâmpada normal e borrifar todos os dias
o terrário com água.
De vez em quando, estes animais agradecem
um pouco de peixe ou carne. Neste sentido,
há que ter em conta, que deve retirar a comi-
da fresca, que não foi consumida, depressa
do terrário, já que apodrece rapidamente.
Pode deixar uma tigela de SERA crabs natural
durante um longo período de tempo no ter­
rário, como reserva.
Uma particularidade dos caran­
guejos eremitas ter-
restres (e a razão pela
qual se chamam as­
sim) é que eles habi-
tam conchas vazias de
caracóis). Já que estas
conchas não podem crescer como os caran-
guejos, o crustáceo muda de casinha em
intervalos regulares. Por isso, o crustáceo
deve ter sempre várias conchas de caracol à
sua disposição. Pode adquirí-las muitas vezes
como elementos decorativos, mas também
pode usar conchas vazias de caracol que
tenha encontrado.
Durante a ecdise, os caranguejos eremitas
terrestres saem da sua casinha e durante
este período é imprescindível que tenham
esconderijos e um substrato húmido, onde
se possam enterrar. Como estes animais pro-
vêm dos trópicos, necessitam de uma tem-
peratura de 25 – 30 °C e uma humidade
Com este manual demos-lhe uma primeira
impressão sobre a fascinante manutenção
de crustáceos e camarões. Pode encontrar
mais informações sobre o interessante te­­
ma “camarões e crustáceos”, entre ou­tros,
no livro editado por Christian W. Hofstätter
“Garnelen  Krebse”. O autor é um biólogo
que conhece os habitats naturais dos crus-
táceos e tem uma estação de criação em
Venezuela.
Kosmos Verlag,
121 páginas,
ISBN 978-3-440-10471-2
(Só em Língua Alemã)
Pode encontrar mais conselhos e truques
úteis sobre a manutenção de camarões e
crustáceos nas páginas de Internet do autor:
www.garnelenzucht.de e
www.shrimp-pictures.com
Para informações mais concretas, por exem-
plo sobre as condições de manutenção de
determinadas espécies, por favor dirija-se ao
seu comerciante especializado ou criador.
Encontrará informações detalhadas sobre a
montagem e a manutenção do aquário nos
manuais SERA “A montagem e a decoração
do aquário” e “Manutenção do aquário de
acordo com a natureza”. Pode encontrar os
manuais nas lojas especializadas ou na In­
ternet, em www.sera.de.
39/09P
O seu fornecedor SERA
www.sera.de • info@sera.de
Para aquários naturais
GmbH • D 52518 Heinsberg • Germany

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Biótopos de camarões e crustáceos: montar e manter com sucesso

  • 1. n Biótopos de camarões e crustáceos n Montar e manter com sucesso Camarões e crustáceos
  • 2. 2 Índice O mundo fascinante dos camarões e crustáceos........................................................... 3 Espécies de camarões........................................... 4 Espécies de crustáceos......................................... 5 Manutenção de camarões e crustáceos............... 6 Aquários comunitários........................................... 7 Aquários biótopo Biótopo típico de camarões............................... 8 Biótopo típico de lagostins................................. 10 Plantas.................................................................... 12 Localização............................................................ 13 Material de fundo e decoração.............................. 14 O equipamento técnico.......................................... 15 Acondicionamento da água................................... 18 Colocar as plantas................................................. 20 Colocar os animais................................................. 21 Manutenção da água............................................. 23 Alimentação natural............................................... 24 Reprodução............................................................ 28 Tratamentos para crustáceos?.............................. 29 Caranguejos eremitas terrestres............................ 30
  • 3. 3 Os camarões e os crustáceos são habitantes úteis e muito interessantes dos nossos aquá- rios. As pessoas também gostam de manter estes animais em comunidade com peixes. Sobretudo os camarões anões, nos últimos anos, foram-se tornando cada vez mais populares. Camarões como o camarão Am­a­ no (Caridina multidentata) são mantidos nos nossos aquários principalmente como apro- veitadores de restos e comedores de algas. E, acima de tudo, as plantas livram-se das inde- sejadas algas. Devido à coloração e ao comportamento in­ teressante, criar paisagens subaquáticas só para camarões e crustáceos torna-se particu­ larmente impressionante. Para isso, os aquá- rios Nano são especialmente adequados. São aquários biótopo com condições semelhan- tes às da natureza num espaço muito reduzi- do. Este Manual SERA será útil na montagem e manutenção do mundo fascinante dos cama- rões e crustáceos. O mundo fascinante dos camarões e crustáceos
  • 4. 4 Espécies de camarões Camarões anões Trata-se de um grupo de crustáceos mui­to popular entre os aquariófilos com exemplares muito variados de ca­ marões pequenos (na maioria das ve­zes só alcançam 4 cm de comprimento). Du­ ­­rante todo o dia, com as suas tenazes, os camarões raspam e comem as al­­gas e outros organismos que cresc­em, por exemplo, nas plantas e nas pe­dras. Es­ tes animais decorativos e interessantes geralmente são muito pacíficos, po­ dem-se manter em grupos sem quais- quer problemas e podem-se combinar com peixes e outros habitantes do aquário que também sejam pacíficos. Macrobrachium Estes camarões têm tenazes relativa- mente grandes e compridas. Algu­mas espécies alcançam um tamanho con­ siderável, de tal modo que também podem chegar a comer peixes e ou­ tros crustáceos. Além disso, o seu mar­­cante comportamento territorial pode causar lutas entre exemplares da mesma espécie. Espécies mais peque­ nas, como a Macrobrachium cf. banja­ rense ou a Macrobrachium lanchesteri, geralmente são mais sociáveis e necessitam de menos espaço. Camarões filtradores Nas pontas do primeiro par de pernas, estes animais têm pêlos compridos, que podem abrir em forma de leque. Com estes pêlos filtrantes, filtram, da corrente de água, as partículas de nu­ trientes flutuantes (plâncton vegetal e animal). Os camarões filtradores gos­tam de se assentar em superfícies ásperas ou duras, para que se possam segurar na corrente de água.
  • 5. 5 Espécies de crustáceos Estes crustáceos coloridos alcançam um tamanho muito maior que as espécies de Cambarellus e vivem du­ rante mais tempo – até 8 anos. São maioritariamente pacíficos. Devido às suas grandes tenazes movem-se de forma meio desajeitada. As espécies de Cherax gostam de se esconder. Algumas espécies são activas no escu­ ro, outras também procuram comida durante o dia. Espécies de Cherax Lagostins anões – Espécies de Cambarellus As espécies de Cambarellus são ade- quadas para manter em aquários. No estado adulto medem entre 3 a 6 cm. Não é aconselhável mantê-las junta- mente com camarões, já que os cama­ rões podem ser uma presa agradável para elas. As plantas não fazem parte da sua alimentação, por isso, os lagos­ tins anões podem-se manter, sem quaisquer problemas, em aquários com plantas. A esperança de vida é de 1,5 a 2 anos. As espécies de Cam­ barellus encontram-se na América do Sul.
  • 6. 66 Manutenção de camarões e crustáceos Geralmente aplica-se a seguinte regra para todas as formas de manutenção, também para camarões pacíficos e sociáveis: Quanto menos, melhor! Além disso, caso tenha um grande número de exemplares, há que ter em consideração que lhes deve oferecer tan- tos esconderijos quanto possível. Es­pe­cial­ mente durante a ecdise, os crustáceos e os camarões necessitam de um esconderijo, para proteger o seu corpo mole. Ecdise Os crustáceos e os camarões têm um exo­ squeleto, ou seja um esqueleto externo. Como este não pode crescer com eles, é substituído regularmente por um novo du­ rante a ecdise. Trata-se de um momento emocionante, quando o crustáceo abandona a sua antiga pele, também chamada exúvia, e se torna visível a nova “carapaça” ainda mole e flexível. Seguidamente, o exosqueleto que se estende até se adaptar ao novo tamanho, endurece por meio de processos químicos e de depósitos de minerais – por exemplo cál- cio. Os membros feridos ou arrancados podem tornar a crescer pouco a pouco com a ecdise. Os problemas durante a ecdise, na maior parte das vezes, são causados por con­ dições impróprias ou por uma alimentação deficiente e inadequada. Com os alimentos especiais para crustáceos SERA crabs natural e SERA shrimps natural podem-se prevenir os problemas com a ecdise. A carapaça depois da ecdise (exúvia)
  • 7. Se quiser ter crustáceos ou camarões num aquário comunitário, é muito importante escolher os animais com muito cuidado. Peixes adequados para um aquário comuni- tário são os peixes de superfície (por exem- plo os Gasteropelecidae) ou também os pei- xes do fundo (Peixes-Gato que não sejam muito pequenos). Pelo contrário, não é acon- selhável combiná-los com peixes vivíparos muito enérgicos, Bótias-Palhaço e ciclídeos. No caso dos crustáceos grandes, recomen- damos, quando muito, a combinação das espécies australianas de Cherax pacíficas, como Red Claw (Cherax quadricarinatus) ou Cherax destructor com espécies de peixes robustas. 77 Aquários comunitários Quando se combinam camarões com peixes, deve-se proceder com prudência. Fre­quen­ temente, o perigo provém mais da parte dos peixes que dos camarões. Particularmente os Gupis e os ciclídeos têm a tendência de mor- discar os seus companheiros de aquário. O mesmo se pode dizer no que diz respeito aos crustáceos. Para a manutenção em aquá­ rios comunitários, são aconselháveis princi- palmente os lagostins anões, como por exemplo o Cambarellus patzcuarensis var. “Orange”. Tendo crustáceos grandes no aquário, por um lado existe o perigo de que o aquário decorado com tanta dedicação seja demolido no prazo de pouco tempo e de que as plantas sejam despedaçadas; por outro lado, os crustáceos especialmente agressivos já não deixam os peixes em paz. Por este motivo, os crustáceos grandes, de preferên- cia, devem ser mantidos num aquário para uma só espécie. No entanto, neste caso tam- bém há que ter em conta que o facto de ter demasiados animais em pouco espaço pode provocar mais agressividade e canibalismo. Cambarellus patzcuarensis var. “Orange” Gasteropelecidae Peixe-Gato Recomendação para aquários comunitários Cherax destructor
  • 8. 8 Aquários biótopo De forma ideal, a composição do aquário com camarões e crustáceos deve ser realizada de acordo com o habitat natural – riachos e pequenos rios. Para cada biótopo, todos os elemen- tos estão presentes nas propor- ções correctas, como por exem- plo, o tamanho do aquário, a quantidade dos animais e das espécies de animais, a quantida­ de das plantas e das espécies de plantas, o filtro e a iluminação. Deste modo, evita a combinação de animais que, devido ao seu tamanho, à sua forma de alimen- tação e à sua origem, não são compatíveis. Num biótopo seme- lhante à natureza, a qualidade da água pode-se regular optima­ mente e manter-se a longo prazo, sem grandes esforços. SERA pro­ põe-lhe os seguintes biótopos: Biótopo típico de camarões Num aquário de 60 litros como, por exemplo, no SERA Biotop Nano Cube 60, coloca- se no máximo de um até três tipos de camarões. Tanto a Atya gabonensis como a Atyopsis moluccensis são espécies que se podem combinar bem com os camarões anões. Coloque um total de cinco até no máximo de vinte animais no aquário. Na hora de planear a população, mantenha baixo o número de exemplares grandes, como a Atya gabonensis. Camarões no SERA Biotop Nano Cube 60 representado na figura: 2 Atya gabonensis 15 Camarões Crystal Red Em relação às plantas, veja a pági­ na 12.
  • 9. 9 Camarão Amano (Caridina multidentata) Atya gabonensis Camarão Crystal Red (Caridina cf. cantonensis) Caridina cf. babaulti var. “Green” Camarão Bumblebee (Caridina cf. breviata) Atyopsis moluccensis Camarão Red Fire (Neocaridina heteropoda var. “Red”)
  • 10. 10 Aquários biótopo Biótopo típico de lagostins Num aquário de 60 litros deve- se colocar no máximo 6 lagos- tins anões. Para criar um par de lagostins, como por exemplo de Yabbys, necessita-se de um aquário de no mínimo 1,20 m de lado. Lagostins anões no SERA Biotop Nano Cube 60 representado na figura: 6 Cambarellus patzcuarensis var. “Orange” Em relação às plantas, veja a página 12.
  • 11. 11 Cambarus manningi Cherax destructor Cherax holthuisi Cherax sp. var. “Hoa Creek” Cherax sp. var “Red Brick” Red Claw (Cherax quadricarinatus) Cambarellus patzcuarensis var. “Orange” Cherax sp. var. “Tiger”
  • 12. 12 Plantas Tal como no habitat natural – riachos e pe­ quenos rios – a quantidade de plantas deve- ria ser limitada. No entanto, não é aconselhá- vel abdicar completamente de plantas, por­que as plantas degradam poluentes. Além disso, nas plantas, os animais, sobretudo os mais jovens, encontram esconderijos e (gra- ças aos microorganismos que nelas se fixam) também um excelente lugar onde podem comer. Algumas plantas particularmente aconselhá- veis são, por exemplo: Feto de Java, Vallis­ nerias, Bolas de Musgo e diversas espécies de musgo, por exemplo Musgo de Java. Pode-se alterar a quantidade das plantas aqui propostas, segundo a imaginação individual de cada aquariófilo. Assim, por exemplo, uma parede posterior de Musgo de Java pode ter um aspecto muito bonito. Ao projectar a vegetação do aquário, tenha em considera- ção que as plantas que se compram ainda não alcançaram o seu tamanho final. 6 Vallisnerias 1 – 2 Fetos de Java 2 – 3 Bolas de Musgo Musgo de Java, segundo as suas preferências Feto de Java (Microsorium pteropus) Bola de Musgo (Cladophora aegagrophila) Vallisneria Musgo de Java (Vesicularia dubyana) 12 V1 V2 M1 H1
  • 13. 13 Não coloque o aquário à luz do sol directa, senão o crescimento de algas é favorecido e a água aquece demais. A base onde se coloca o aquário deve ser estável e horizontal. Para este fim, os respec- tivos armários de suporte da SERA são ideais. Antes de decorar o seu aquário, deveria pen- sar bem sobre a estrutura ideal. Uma boa maneira de começar, é fazer um esquema com todas as construções de pedras, raízes e plantas. • Não se esqueça de planear a existência de suficientes esconderijos. As cavernas, que podem facilmente ser construídas empi- lhando pedras chatas ou pedras com bura- cos, são muito bem aceites pelos peixes. • As plantas de grande porte devem ser colo- cadas na parte de trás do aquário. Se as puser à frente irão tapar a visão do que lhe está atrás. À frente devem ser plantadas plantas rasteiras ou de pequeno porte. • Se utilizar convenientemente os materiais de decoração poderá facilmente esconder o equipamento técnico do aquário (aque­ cedor, filtro, etc.). Localização 13 Filtro, aquecedor, bomba Vallisneria Fetos de Java Bolas de Musgo Musgo de Java Raízes Pedras SERA Biotop Nano Cube 60 V2 V2 V1 V1 V1 V2M1 M1 H1 H1 M1 V1 H1 H1 H1 H1 H1
  • 14. 14 Material de fundo e decoração Primeiro distribua uma camada de 2 cm de substrato arenoso de longa duração SERA floredepot nos lugares que destinou para as plantas. Durante a fase inicial, o SERA florede­ pot fornece às plantas os nutrientes que elas necessitam para raízes fortes e folhas verdes. Em cima, coloque uma camada de aproxima- damente 5 cm de areão ou areia do rio, aca- bada de lavar e sem corantes, e ainda alguns seixos de maior tamanho. Se quiser prescindir da areia no aquário, para manter crustáceos é importante incluir sem- pre um pouco de areia no substrato. Os ani- mais necessitam de grãos de areia ou de pedras muito pequenas, para os armazenar no seu órgão de equilíbrio (chamado estato- cisto) durante a ecdise. Material de fundo Decoração As raízes, tal como as plantas, são adequa- das como “zona de pasto” e como elementos estruturais. Oferecem aos animais a protec- ção necessária, especialmente no período importante depois da ecdise. Sobretudo quando se mantêm crustáceos agressivos ou camarões da espécie Ma­cro­ brachium no aquário, é muito importante pro­porcionar ainda mais esconderijos. Para isso, também se podem utilizar pedras com buracos ou tubos que ofereçam aos animais esconderijos fáceis de defender, até que o seu exosqueleto esteja duro. 2cm5cm 14
  • 15. 15 Após ter introduzido o substrato e colocado a decoração, instale o equipamento técnico. Estes trabalhos não são necessários num SERA Biotop Nano Cube 60. O equipamento técnico 15 O SERA Biotop Nano Cube 60, com o seu equi­ pamento completo, está pronto a funcionar e biologicamente activo de imediato. O siste­ ma de filtragem bioactivo inicia imediata­ mente a decomposição de poluentes. Deste modo, pode poupar semanas, no que diz res­ peito aos “períodos de arranque”. 1 Aquário com vidro frontal convexo Vidro polido Volume aprox. 60 litros Dimensões: comp. 40,3 cm x alt. 46 cm x larg. 48,4 cm 2 Tampa para aquário com 2.1 tubo fluorescente para aquário T5, PL- 18 W 2.2 abertura para os alimentos 2.3 mecanismo para deslizar e levantar a tampa 3 Filtro interior de 4 câmaras com 3.1 rede 3.2 esponja filtrante para a filtragem mecâ­ nica 3.3 SERA siporax 1.000 ml para a filtragem biológica com 270 m2 de área de filtra­ gem 3.4 SERA aquecedor 50 W 3.5 SERA bomba de circulação STP 1000 Incluindo: • ­100 ml de SERA blackwater aquatan, acon­ dicionador de água • 50 ml de SERA filter biostart, culturas bioló­ gicas para a decomposição biológica de po­ luentes O SERA Biotop Nano Cube 60 tem uma moldu­ ra de segurança colada no fundo. Por isso, pode colocar o aquário directamente em ci­ ma de um armário. Não utilize bases adicio­ nais! O aquário compacto da SERA, para um início fácil 2.1 2.3 2.2 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 1 2.3
  • 16. 16 Num aquário de crustáceos ou camarões, um filtro desempenha duas funções importan­ tes. Por um lado, purifica a água, por outro lado produz uma corrente constante que imi- ta o movimento de um riacho. Então, os ca- marões filtradores, por exemplo, só têm acesso à sua alimentação se existir corrente de água. Para uma filtragem mecânica e bio- lógica eficaz, são ideais os filtros interiores SERA para aquários pequenos – SERA fil 60 ou SERA fil 120. Em combinação com o material filtrante biológico SERA siporax mini, obtém- se uma água biologicamente limpa. Os filtros interiores para aquário SERA fil po­ dem ser ampliados com cartuchos adicionais. Filtro O equipamento técnico 16 Material filtrante SERA siporax mini Cartucho para filtro SERA super carbon carvão activado Cartucho para filtro Esponja filtrante Cartucho final A capacidade de decomposição biológica de 1 litro de SERA siporax mini equivale à de 34 litros de material cerâmico
  • 17. Iluminação Os camarões e os crustáceos não têm neces­ sidades especiais, no que diz respeito à ilumi­ nação. Por este motivo, no caso de tampas com várias lâmpadas, pode-se escolher uma das lâmpadas conforme as necessidades das plantas, por exemplo SERA plant color. Caso se utilize só uma lâmpada, recomendamos a SERA tropic sun. Tampa Aquecedor Tanto os crustáceos como os camarões necessitam de uma tampa de aquário que os impeça de fugir, já que eles gostam de explo­ rar os arredores e para isso, em determina­ das circunstâncias, até podem sair do aquá­ rio. Abastecimento de oxigénio Como nos riachos borbulhantes no habitat natural destes animais, na água do aquário também é importante uma elevada concen­ tração de oxigénio, tanto para a ecdise, como para a reprodução. Pode obter uma elevada concentração de oxigénio, se, para além do filtro, também utilizar uma bomba, por exemplo a bomba de ar SERA air 110 plus, juntamente com uma pedra difusora do SERA air set. Muitos camarões provêm de zonas climáticas subtropicais. Sendo assim, uma variação da temperatura segundo as estações do ano é natural e até pode contribuir para o melhora­ mento da reprodução. Para a maior parte das espécies, a temperatura óptima encontra-se entre 19 e 25 °C (por exemplo para os Caridina cf. cantonensis var. “Tiger”, camarão Bum­ble­ ­bee e camarão Crystal Red). O camarão Amano (Caridina multidentata) até se sente bem a temperaturas entre 10 e 30 °C. A maior parte dos crustá­ ceos necessita de temperaturas entre 20 e 27 °C. Os animais al­ cançam um melhor crescimento a uma temperatura de aproxima­ damente 25 °C. Para aquecer o aquário, recomendamos o SERA aquecedor com termósta­ to para aquário. 1717
  • 18. 18 Acondicionamento da água Em geral, os crustáceos reagem de forma ainda mais sensível do que muitas espécies de peixes a uma poluição química da água. Por este motivo, a água da torneira tem que ser acondicionada. Cada vez que encher o aquário, seja o primeiro enchimento ou uma mudança parcial de água, adicione sempre SERA aquatan ou o novo SERA blackwater aquatan, que foi especialmente desenvolvi­ do também para crustáceos. Aglutina ime­ diatamente os iões de metais pesados, clari- fica a água e neutraliza as substâncias tóxi­ cas, como por exemplo o cloro agressivo. Além disso, recomendamos, por exemplo na fase inicial ou con- soante as necessidades, a utili- zação de SERA super carbon como carvão activado, que re­ move com segurança as outras substâncias tóxicas da água. Preste atenção à dureza adequada da água. A dureza da água refere-se à concentração de iões dissolvidos de metais alcalinos-terrosos. A água macia contém uma quantidade me­ nor destes iões (sobretudo cálcio e magné- sio) do que a água dura. A maioria das espé- cies de camarões está habituada a uma água mais macia, como a dos seus biótopos de ori­gem. Acondicionar a água Encher correctamente o aquário Para que a água não remexa o areão e o subs­ trato, primeiro coloque um prato raso sobre o areão. Depois dirija a água morna (24 – 26 °C) para o prato até encher 2/3 do aquário. O SERA termómetro de precisão simplifica a verificação da temperatura. 18
  • 19. 1919 Os camarões Red fire e Amano, por exemplo, necessitam de uma dureza de carbonatos entre 4 e 16°dkH, enquanto que os camarões Crystal Red e Caridina cf. cantonensis var. “Tiger” necessitam de uma dureza ainda menor, entre 2 – 10°dkH. Portanto, com uma dureza de carbonatos entre 5 e 10°dkH terá sempre um valor adequado. Geralmente, os crustáceos adaptaram-se a habitats com água um pouco mais dura. Caso seja necessá­ rio reduzir a dureza de carbonatos, devido a uma água dura da torneira, introduza SERA super peat (granulado de turfa) no filtro. Deste modo, também se evita o crescimento de fungos e bactérias prejudiciais. Para medir a dureza de carbonatos, utilize o SERA kH-Test e, se necessário, aumente-a com SERA KH/pH-plus. Camarão Amano (Caridina multidentata) Camarão Red Fire (Neocaridina heteropoda var. “Red”) Se, apesar de todas as precauções, a concen­ tração de poluentes aumenta muito de repente, o SERA toxivec evita imediatamente uma intoxicação grave dos seres vivos do aquário. Ajuda imediata
  • 20. 20 Colocar as plantas As plantas recém compradas devem-se colo- car sempre na água, num recipiente à parte, durante vários dias. No decorrer deste pro- cesso, mude a água várias vezes, para elimi- nar os fertilizantes em excesso e possíveis restos de produtos fitofarmacêuticos e trata- mentos. Além disso, a colocação de plantas de caule pode implicar alguns riscos, já que é necessário cortá-las, podendo o corte causar a libertação de substâncias vegetais prejudi- ciais. Fertilizar correctamente as plantas 1. Apare ligeiramente as pontas das raízes com uma tesoura afiada (fig. 1) antes de efectuar o plantio e remova as folhas de­ feituosas ou em inicio de decomposição. 2. Escave um buraco no fundo com o seu dedo (fig. 2). O fundo deve ter sido previa- mente preparado com SERA floredepot. 3. Coloque as raízes cuidadosamente dentro do buraco (fig. 3) e cubra-as com o areão de fundo. Calque cuidadosamente o areão e puxe ligeiramente a planta, de tal forma que as raízes fiquem novamente voltadas para baixo. 1 2 3 Com o sistema de fertilização SERA, com pro­ dutos desenvolvidos para trabalhar em con- junto, é fácil obter bons resultados na manu- tenção das plantas. Com o substrato SERA floredepot, oferece às plantas uma base óptima para um crescimento forte. Use SERA floreplus como promotor do crescimento durante as primeiras 4 – 6 semanas. Quanto mais rapidamente crescerem as plantas, mais depressa contribuirão para a purificação bio- lógica da água e com oxigénio para os habi- tantes do aquário. Depois passe à fertilização regular. As plantas que absorvem os seus nutrientes principalmente através das folhas são fertilizadas com SERA florena. Para as plantas que absorvem os nutrientes princi­ palmente através das raízes, deve utilizar SERA florenette A. Para repor os nutrientes consumidos diariamente, adicione SERA flore daydrops. 20
  • 21. 21 Finalmente, o aquário está decorado e plan- tado; o filtro, o aquecedor e a iluminação tra- balham como devem. Os testes SERA indicam que a qualidade da água é boa. Durante esta fase inicial, distribua pouca co­ mida (por favor, veja a partir da página 24). Colocar os animais 21 • Aplique algumas gotas de SERA filter bio­ start em SERA siporax mini. Coloque o fil­ tro em funcionamento. A decomposição biológica de poluentes inicia imediata- mente no filtro. • Adicione SERA bio nitrivec à água do aquário. Deste modo, inicia a decomposi- ção biológica de poluentes no aquário. • No dia seguinte (1° dia) introduza 10 % do total dos animais. Durante 10 dias seguidos, adicione diaria- mente SERA bio nitrivec (dose normal), Procedendo assim, encurtará o tempo de início da actividade bacteriana. • 4° dia: introduza mais 30 % do total dos peixes que pretende. • 5° e 7° dia: verifique o amónio e o nitrito. Neutralize rapidamente os valores dema- siado altos com SERA toxivec. • 8° dia: introduza mais 30 % do total dos peixes que pretende. • 10° dia: como no 5° e no 7° dia. • 11° dia: introduza os restantes 30 % dos peixes. A capacidade de decomposição biológica de 1 litro de SERA siporax mini equivale à de 34 litros de material cerâmico
  • 22. A transposição para um novo aquário signifi- ca uma mudança de clima para os animais. Desligue a luz do aquário. Evite claridade forte. 1. Coloque o saco com os animais no aquário (abertura para cima) e certifique-se que o saco flutua. 2. Abra o saco e dobre a borda várias vezes, assim o saco irá flutuar livremente na água. No decorrer de meia hora, deite água do aquário para dentro do saco, em pequenas quantidades, até que o saco contenha 2 ou 3 vezes o volume inicial. 3. Após 30 minutos, pode transferir os ani- mais para dentro do aquário, com a SERA rede para peixes. Deite fora a água de transporte! 22 Colocar os camarões e os crustáceos 1 2 Colocar os animais 3 22
  • 23. 23 Manutenção da água Os aquários correctamente montados neces- sitam de pouca manutenção. Criadores bem- sucedidos recomendam mudar semanalmen- te 30 – 50 % da água do aquário. Isto simula as chuvadas que são normais na natureza, que por seu lado aumentam a disposição para a cópula. No aquário de uma só espécie, a água adicionada pode ser alguns graus mais fria. No entanto, a água adicionada deve ser sem- pre acondicionada com SERA aquatan ou SERA blackwater aquatan. Outra razão im­ portante para a regular mudança parcial de água é que os camarões e os crustáceos não toleram bem o nitrato. Uma elevada concen- tração de nitrato provoca problemas relati­ vos à ecdise. Verifique a concentração de nitrato com o SERA teste de NO3. O lodo que se origina aspira-se adequada- mente durante a mudança parcial de água com o SERA limpador de areão. No entanto, deve ficar sempre um cantinho de lodo no aquário, porque os camarões – sobretudo os animais jovens, gostam de utilizar o lodo como fonte de alimentação adicional. As exú- vias soltadas durante a ecdise não devem ser retiradas. Contêm minerais valiosos, e, na maior parte das vezes, os animais comem- nas por completo. 23
  • 24. 24 Alimentação natural Tanto os crustáceos como os camarões pertencem aos ani- mais omnívoros, isto é: comem tudo. Na maior parte das vezes, os seus habitats naturais pro- porcionam-lhes relativamente poucas plantas, mas, em contra- partida, muitas folhas e madeira que caem para a água. Este material orgânico que se de­ compõe (detritos ou lodo), com os microorganismos que se desenvolvem (fungos, bactérias, organismos unicelulares) e as algas, serve de fonte de alimen­ tação. Esta dieta completa-se com tudo aquilo que os crustá­ ceos possam encontrar ou apa- nhar: pequenos animais, como caracóis, conchas, vermes, e por vezes até mesmo peixes peque- nos, e frequentemente também carniça e fruta madura. Para co­ brir as suas necessidades protei- cas, alguns crustáceos também não hesitam em recorrer ao cani- balismo. Os ingredientes mais valiosos Para estas variadas neces­­si­ dades dos crustáceos, a SERA de­­senvolveu os novos ali­ mentos para crustáceos SERA crabs natural e SERA shrimps natural. Graças aos seus valiosos ingredientes e ao cuidadoso pro­ces­sa­ mento, estes pro­dutos são o alimento base ideal para os crustáceos. A extraordinária composi- ção de nutrientes é o resultado da utilização exclusiva de organis- mos aquáticos, por exemplo, pei- xes marinhos, Gammarus, Spi­ru­ lina e algas marinhas, como forne­ cedores de proteínas e gorduras. Deste modo, as proteínas conti- das caracterizam-se pela sua com­posição de aminoácidos que os crustáceos podem aproveitar de forma óptima. 24
  • 25. 25 O alimento é de fácil digestão, não poluindo a água com os produtos da degradação não digeridos. De fácil digestão Abastecimento óptimo Além disso, esta composição garante um abastecimento óptimo de ácidos gordos essenciais Omega. O elevado teor de Spi­ru­ lina, algas marinhas e um grande número de ervas e legumes de alta qualidade, fornecem aos animais minerais, vitaminas e oligo-ele- mentos importantes, como por exemplo o iodo das águas marinhas que favorece uma ecdise regulada. Tal como já foi comprovado por bastantes observações, as urtigas têm um efeito anti-inflamatório sobre os cama- rões e os crustáceos e aumentam a sua ferti- lidade. Casca de salgueiro e pau de amieiro são uma fonte natural de fibras alimentares e, além disso, estes componentes têm um efeito anti-bacteriano e fungicida. Os Gam­ marus e os mexilhões de concha verde tor- nam o alimento particularmente atractivo. Deste modo, pudemos facilmente abdicar de aromas adicionados, tal como em todos os alimentos SERA. Além disso, SERA pretende aproximar-se ainda mais à natureza, abdican­ do completamente de corantes. Corantes naturais Estes dois alimentos contêm unicamente os valiosos corantes naturais dos seus ingre- dientes, como a astaxantina, parecida às vita­ minas, que estimula enormemente a forma- ção das cores e que provém da alga Hae­ matococcus. Os componentes da fórmula Vital-Immun-Protect e a fórmula completa do SERA crabs natural e do SERA shrimps na­ tural, que foi desenvolvida segundo os mais recentes conhecimentos científicos, facili­ tam um desenvolvimento saudável (com uma ecdise regular e segura), cores brilhan- tes, fertilidade e vitalidade dos crustáceos e camarões.
  • 26. Alimentação natural A forma ideal dos alimentos Devido à forma dos dois alimentos – aos grãos do SERA shrimps natural e aos extraor­ dinários anéis do SERA crabs natural – os ani­ mais podem transportar o alimento para lugares protegidos, para aí poderem comer tranquilos. Os camarões mais pequenos gostam de agar­ rar num grão e arrancar partículas de comida em movimentos giratórios. É assim que na natureza comem a vegetação que cresce, por exemplo, em pedras pequenas. No caso dos camarões muito pequenos ou jovens, um grão de SERA shrimps natural é suficien- te para vários animais. Quando um camarão já está satisfeito, deixa cair o grão e o próxi- mo camarão pode continuar a comer. Os crustáceos preferem os anéis do SERA crabs natural. Com estes anéis, origina-se uma verdadeira luta entre os crustáceos, até que eles se possam retirar para um lugar tranquilo com um anel inteiro ou, no caso das espécies pequenas, com um pedaço de um anel. Para os crustáceos que têm tena- zes, os anéis são particularmente fáceis de agarrar. Os dois alimentos afundam-se rapidamente e mantêm a sua forma na água durante pelo menos 24 horas, não perdendo o seu sabor e os seus ingredientes. Assim, este alimento corresponde perfeitamente ao hábitos ali- mentares naturais destes animais e a água não é desnecessariamente poluída. Nós reco­ mendamos a distribuição diária destes valio- sos alimentos, que além disso também são perfeitamente adequados para crustáceos marinhos e também são bem aceites pelos Peixes-Gato. 262626
  • 27. 2727 Alimentação no aquário comunitário Nos aquários comunitários onde são distri­ buídos os alimentos da família de produtos SERA vipan (SERA vipan, SERA vipagran, SERA vipachips) os crustáceos mantidos em comu­ nidade estarão dispostos a compartir a comi- da com os restantes habitantes. Os animais também aceitam bem as SERA Spirulina Tabs. Deste modo não ficam restos de comida no aquário e evita-se uma excessiva poluição orgânica da água. Pelo menos uma vez por semana, também deve distribuir SERA crabs natural ou SERA shrimps natural no aquário comunitário, para cobrir as necessidades especiais dos crustáceos. Para variar Para tornar a dieta mais variada, de vez em quando pode distribuir pedaços de legumes escaldados (por exemplo ervilhas, courget- tes, cenouras) e folhas (por exemplo de car- valho, faia, nogueira, amendoeira-da-praia). No caso dos legumes, é imprescindível recor- rer à cultura biológica já que os camarões e os crustáceos são extremamente sensíveis aos pesticidas. SERA marin gourmet nori – algas nori naturais de fácil digestão – tam­bém oferece um complemento excelente para a alimentação dos crustáceos, desde que se utilize um clip para afundar o alimento.
  • 28. 28 Reprodução Caso deseje criar camarões, deve considerá- lo logo no momento de seleccionar os cama­ rões. Alguns camarões, como por exemplo o camarão Amano (Caridina multidentata), ne­ cessitam de água salgada no estado de larva (tipo primitivo) e, por este motivo, não são adequados para a criação. Alguns camarões que se podem criar bem no aquário são, por exemplo os camarão Crystal Red (Cari­di­na cf. cantonensis), camarão Red Fire (Neo­caridina heteropoda var. “Red”) e Cari­di­na cf. canto- nensis var. “Tiger”. Entre as espécies de crus­ táceos mais fáceis de criar encontram-se os Procambarus alleni, Cam­barellus patzcuaren- sis var. “Orange” e os Cherax sp. var. “Tiger”. Para a criação bem-sucedida de camarões e crustáceos, tenha em consideração os se­ guintes conselhos: Não mantenha demasia­ dos animais num aquário demasiado peque­ no. Distribua sempre alimentos de alta quali­ dade. Certifique-se que a qualidade da água é boa e que a água contém oxigénio suficiente e faça semanalmente uma mudança parcial de água. Os seus animais vão lhe agradecer com um monte de filhotes. Para evitar o canibalismo, es­ pecialmente os animais jo­ vens necessitam de muitos es­ conderijos adequados. Tenha tam­ bém em conta que, como as espécies de camarões são parentes próximos, se podem originar cruzamentos híbridos não deseja­ dos. Para evitar isto, não deve manter as espécies de camarão Crystal Red, Caridina cf. cantonensis var. “Tiger” e camarão Bum­blebee juntas no mes­ mo aquário. Camarão Red Fire (Neocaridina heteropoda var. “Red”) Caridina cf. cantonensis var. “Tiger” Cambarellus patzcuarensis var. “Orange” Camarão Crystal Red (Caridina cf. cantonensis) Cherax sp. var. “Tiger” 28 Camarão Amano (Caridina multidentata)
  • 29. 29 Atenção! Tratamentos para crustáceos? Os camarões e os crustáceos ainda não fo- ram tão bem estudados como os peixes. Por esta razão, são poucos os conhecimentos sobre as doenças e o respectivo tratamento. Doenças causadas por vírus, fungos (por exemplo doença da ferrugem nos crustá- ceos) e microsporídeos, hoje em dia não se­podem­tratar­com­efi­cácia.­Por­isso,­em­ princípio há que oferecer aos animais as melhores condições possíveis. Os animais que recebem uma alimentação completa e que, dentro do possível, vivem num ambiente tranquilo, são muito menos susceptíveis a doenças. Além disso, a aplicação de SERA blackwater aquatan ajuda a evitar a manifes- tação de doenças e a acelerar o processo de cura no caso de pequenas lesões. Ao adquirir animais­ novos,­ deve­ verifi­car­ sempre­ o­ seu­ estado de saúde. Nem todos os tratamentos que são bons para o bem-estar dos peixes são tolerados pelos crustáceos e camarões. Caso seja necessário um tratamento no aquário comu- nitário, pode recorrer a vários produtos SERA com boa consciência. Alguns produtos que foram intensivamente experimentados em crustáceos e que se consideram seguros são, por exemplo, os tratamentos SERA med Professional Protazol, Tremazol e Flagellol. Além disso, também é possível utilizar o SERA ectopur sem risco. Após um tratamento, os animais necessitam de SERA fishtamin. Estas vitaminas fortalecem os animais e asseguram uma recuperação rápida. No caso de presença de crustáceos, lamentavelmente deve prescindir da conhe- cida­ efi­cácia­ de­ SERA med Professional Nematol e SERA mycopur. No caso de dúvi- da, durante o período do tratamento, deve tirar os crustáceos do aquário comunitário, para que não sejam sujeitos a este trata- mento. Como alternativa, pode tratar os peixes separadamente num banho medici- nal. 29 !
  • 30. 30 Caranguejos eremitas terrestres Os caranguejos eremitas terrestres não vi­ vem na água. Trata-se de animais de terrário interessantes e fáceis de cuidar. Estes crustá­ ceos provenientes dos trópicos, que são ani- mais nocturnos, podem-se manter sem pro- blemas em grupos de 3 a 5 animais, consoan­ te o tamanho do terrário. O terrário deve ter, pelo menos, um tamanho de 50 x 30 x 30 cm. Como substrato pode-se utilizar substrato convencional para terrários, como casca de pinheiro, misturada com areia. Os carangue- jos eremitas terrestres gostam de trepar. Por isso, deve colocar almofadas de coco nas paredes do terrário. Na natureza, os caran- guejos eremitas terrestres vivem principal- mente em lagoas e bebem frequentemente água doce e salgada. Por esta razão os caran­ guejos devem ter acesso a ambos tipos de água. As quantidades necessárias de água salgada podem-se preparar facilmente com SERA marin basic salt, rico em cálcio natural e oligo-elementos. Os caranguejos eremitas terrestres são omní- voros. Com certeza, o alimento para crustá- ceos SERA crabs natural também é ideal para estes animais terrestres. Para completar a ali- mentação, pode escolher entre vários tipos de fruta e legumes, assim como saladas ou ervas (por exemplo Dente-de-Leão, Lamium ou Plantago lanceolata) de cultura biológica. O iodo necessário para a ecdise dá-se aos crustáceos com SERA marin gourmet nori, como “refeição intermédia”. Além disso, estas algas de fácil digestão contêm muitas vitaminas, ácidos gordos polinsaturados e outros oligo-elementos importantes.
  • 31. 31 atmosférica de 60 – 80 %. Dependendo do tamanho do terrário, para isso é suficiente uma lâmpada normal e borrifar todos os dias o terrário com água. De vez em quando, estes animais agradecem um pouco de peixe ou carne. Neste sentido, há que ter em conta, que deve retirar a comi- da fresca, que não foi consumida, depressa do terrário, já que apodrece rapidamente. Pode deixar uma tigela de SERA crabs natural durante um longo período de tempo no ter­ rário, como reserva. Uma particularidade dos caran­ guejos eremitas ter- restres (e a razão pela qual se chamam as­ sim) é que eles habi- tam conchas vazias de caracóis). Já que estas conchas não podem crescer como os caran- guejos, o crustáceo muda de casinha em intervalos regulares. Por isso, o crustáceo deve ter sempre várias conchas de caracol à sua disposição. Pode adquirí-las muitas vezes como elementos decorativos, mas também pode usar conchas vazias de caracol que tenha encontrado. Durante a ecdise, os caranguejos eremitas terrestres saem da sua casinha e durante este período é imprescindível que tenham esconderijos e um substrato húmido, onde se possam enterrar. Como estes animais pro- vêm dos trópicos, necessitam de uma tem- peratura de 25 – 30 °C e uma humidade Com este manual demos-lhe uma primeira impressão sobre a fascinante manutenção de crustáceos e camarões. Pode encontrar mais informações sobre o interessante te­­ ma “camarões e crustáceos”, entre ou­tros, no livro editado por Christian W. Hofstätter “Garnelen Krebse”. O autor é um biólogo que conhece os habitats naturais dos crus- táceos e tem uma estação de criação em Venezuela. Kosmos Verlag, 121 páginas, ISBN 978-3-440-10471-2 (Só em Língua Alemã) Pode encontrar mais conselhos e truques úteis sobre a manutenção de camarões e crustáceos nas páginas de Internet do autor: www.garnelenzucht.de e www.shrimp-pictures.com Para informações mais concretas, por exem- plo sobre as condições de manutenção de determinadas espécies, por favor dirija-se ao seu comerciante especializado ou criador. Encontrará informações detalhadas sobre a montagem e a manutenção do aquário nos manuais SERA “A montagem e a decoração do aquário” e “Manutenção do aquário de acordo com a natureza”. Pode encontrar os manuais nas lojas especializadas ou na In­ ternet, em www.sera.de.
  • 32. 39/09P O seu fornecedor SERA www.sera.de • info@sera.de Para aquários naturais GmbH • D 52518 Heinsberg • Germany