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Apontamentos sobre a
Taxonomia de Bloom
Revisada
Material complementar da Unidade 3
Curso: A importância da elaboração de objetivos
educacionais no processo de ensino e aprendizagem no
Ensino Superior
PACC/CoDAP/SEaD/UFSCar – out 2013
Maria Angélica do Carmo Zanotto
A Taxonomia original...
Em 1948, a Associação Norte
Americana de Psicologia
(American Psycological
Association – APA) solicitou a
alguns de seus membros que
montassem uma “força tarefa”
para discutir, definir e criar uma
taxonomia de objetivos
educacionais.
• Embora todos tenham colaborado
significativamente no
desenvolvimento dessa
taxonomia, ela é conhecida como
“Taxonomia de Bloom”.
• Não é a única - outros estudiosos
propuseram taxonomias
(Marzano, 2003)
Bloom assumiu a
liderança desse
projeto junto com
seus
colaboradores:
Englehart, Furst,
Hill e Krathwohl.
O primeiro passo foi a divisão
do trabalho de acordo com o
domínio específico de
desenvolvimento:
cognitivo, afetivo e
psicomotor.
Por que a utilização de
uma taxonomia?
Bloom et al. (1956) viram a teoria de
taxonomia como uma ferramenta
que, dentre outros pontos:
• Padronizaria a linguagem sobre os objetivos
de aprendizagem para facilitar a comunicação
entre docentes e
coordenadores, conteúdos, competências e
grau de instrução desejado;
• Serviria como base para que determinados
cursos definissem, de forma clara e
particular, objetivos e currículos baseados nas
necessidades e diretrizes
contextuais, regionais, federais e individuais
(perfil do aluno)
• Determinaria a congruência dos
objetivos educacionais, atividade e
avaliação de uma unidade, curso
ou currículo; e
• Definiria um panorama para
outras oportunidades educacionais
(currículos, objetivos e cursos),
quando comparado às existentes
antes dela ter sido escrita.
EM SUMA:
Uma taxonomia propõe
um quadro
comparativo, por meio
do qual, é possível a
definição, denominação,
classificação, comparaçã
o e organização em um
determinado campo
conceitual.
O resultado é padronização
das discussões, análises
e/ou recuperação de
informação.
Vantagens e desvantagens de se
utilizar uma taxonomia de objetivos
educacionais
Como qualquer modelo teórico, a
Taxonomia de Bloom tem seus
pontos fortes e fracos.
Seu ponto mais forte foi ter pegado
um tópico muito importante e
desenvolvido uma estrutura em
torno dele que pode ser utilizada
pelos profissionais de ensino.
Os professores que
mantêm uma lista de
perguntas associadas aos
vários níveis da Taxonomia
de Bloom sem dúvida
alguma fazem um trabalho
melhor ao incentivar em
seus alunos a capacitação
cognitiva de mais alta
ordem, em comparação
com aqueles que não
usam essa ferramenta.
(Palloff e Pratt, 2009)
Por outro lado, há pouco consenso sobre o
significado de termos que parecem auto-
explicativos, como “análise” ou “avaliação”.
Além disso, há diversas atividades baseadas
em problemas e projetos (Metodologias
Problematizadoras), que não podem ser
associados à Taxonomia, e tentar fazê-lo
poderia reduzir seu potencial como
oportunidades de ensino.
A Taxonomia revisada...
• Esse grupo de especialistas
(psicólogos, educadores, especialistas
em currículos, testes, avaliação etc.)
foi supervisionado por David
Krathwohl, que participou do
desenvolvimento da Taxonomia
original no ano de 1956.
Em 1999, Lorin
Anderson publicou
um significativo
trabalho de
retrospectiva da
utilização da
taxonomia e liderou
um grupo de
especialistas para
discutir a
possibilidade de rever
os pressupostos
teóricos da
Taxonomia de Bloom.
Em 2001, o relatório da
revisão foi publicado
num livro intitulado A
taxonomy for
learning, teaching and
assessing: a revision of
Bloom’s taxonomy for
educational objectives
(Anderson et al, 2001)
Quais foram as alterações?
Esse grupo tentou buscar o equilíbrio
entre o que existia, a estruturação da
taxonomia original e os novos
desenvolvimentos incorporados à
educação nos quarenta e poucos anos
de existência.
Além de mudanças no entendimento
como o processo cognitivo
ocorre, houve mudanças na forma
como se propunha a redação dos
objetivos.
O que mudou?
“ao final dessa
unidade os alunos
deverão lembrar
(verbo no infinitivo)
as três leis de
Newton
(substantivo/
conteúdo)”
• PROBLEMA: não está claro
como será verificado se e
como os alunos lembram
esse novo conhecimento.
ANTES, a redação de
um objetivo era
expressa assim...
Ao término desta Unidade os alunos deverão
lembrar as três leis de Newton,
DESCREVENDO-AS verbo no gerúndio,
observável, relacionado ao processo de LEMBRAR
Além de mencionar o processo cognitivo
desejado, o acréscimo de um verbo no
gerúndio, esclarece como será verificado se os
alunos lembram esse novo conhecimento, ao
descrevê-lo.
NOVA
PROPOSIÇÃO...
Referências
• PALLOFF, R.M.e PRATT, K. Assessing the Online Learner -
resources and strategies for faculty. San Francisco, CA:
Jossey-Bass, 2009 (Guides to Online Teaching and Learning)
• Ferraz, A.P.C.M e Belhot, R.V. Taxonomia de Bloom: revisão
teórica e apresentação das adequações do instrumento
para definição de objetivos instrucionais. Gest. Prod., São
Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010 . Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2.pdf Acesso
em set/2013
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Apontamentos sobre a taxonomia de bloom revisada

  • 1. Apontamentos sobre a Taxonomia de Bloom Revisada Material complementar da Unidade 3 Curso: A importância da elaboração de objetivos educacionais no processo de ensino e aprendizagem no Ensino Superior PACC/CoDAP/SEaD/UFSCar – out 2013 Maria Angélica do Carmo Zanotto
  • 2. A Taxonomia original... Em 1948, a Associação Norte Americana de Psicologia (American Psycological Association – APA) solicitou a alguns de seus membros que montassem uma “força tarefa” para discutir, definir e criar uma taxonomia de objetivos educacionais.
  • 3. • Embora todos tenham colaborado significativamente no desenvolvimento dessa taxonomia, ela é conhecida como “Taxonomia de Bloom”. • Não é a única - outros estudiosos propuseram taxonomias (Marzano, 2003) Bloom assumiu a liderança desse projeto junto com seus colaboradores: Englehart, Furst, Hill e Krathwohl. O primeiro passo foi a divisão do trabalho de acordo com o domínio específico de desenvolvimento: cognitivo, afetivo e psicomotor.
  • 4. Por que a utilização de uma taxonomia?
  • 5. Bloom et al. (1956) viram a teoria de taxonomia como uma ferramenta que, dentre outros pontos: • Padronizaria a linguagem sobre os objetivos de aprendizagem para facilitar a comunicação entre docentes e coordenadores, conteúdos, competências e grau de instrução desejado; • Serviria como base para que determinados cursos definissem, de forma clara e particular, objetivos e currículos baseados nas necessidades e diretrizes contextuais, regionais, federais e individuais (perfil do aluno)
  • 6. • Determinaria a congruência dos objetivos educacionais, atividade e avaliação de uma unidade, curso ou currículo; e • Definiria um panorama para outras oportunidades educacionais (currículos, objetivos e cursos), quando comparado às existentes antes dela ter sido escrita.
  • 7. EM SUMA: Uma taxonomia propõe um quadro comparativo, por meio do qual, é possível a definição, denominação, classificação, comparaçã o e organização em um determinado campo conceitual.
  • 8. O resultado é padronização das discussões, análises e/ou recuperação de informação.
  • 9. Vantagens e desvantagens de se utilizar uma taxonomia de objetivos educacionais
  • 10. Como qualquer modelo teórico, a Taxonomia de Bloom tem seus pontos fortes e fracos. Seu ponto mais forte foi ter pegado um tópico muito importante e desenvolvido uma estrutura em torno dele que pode ser utilizada pelos profissionais de ensino.
  • 11. Os professores que mantêm uma lista de perguntas associadas aos vários níveis da Taxonomia de Bloom sem dúvida alguma fazem um trabalho melhor ao incentivar em seus alunos a capacitação cognitiva de mais alta ordem, em comparação com aqueles que não usam essa ferramenta.
  • 13. Por outro lado, há pouco consenso sobre o significado de termos que parecem auto- explicativos, como “análise” ou “avaliação”. Além disso, há diversas atividades baseadas em problemas e projetos (Metodologias Problematizadoras), que não podem ser associados à Taxonomia, e tentar fazê-lo poderia reduzir seu potencial como oportunidades de ensino.
  • 15. • Esse grupo de especialistas (psicólogos, educadores, especialistas em currículos, testes, avaliação etc.) foi supervisionado por David Krathwohl, que participou do desenvolvimento da Taxonomia original no ano de 1956. Em 1999, Lorin Anderson publicou um significativo trabalho de retrospectiva da utilização da taxonomia e liderou um grupo de especialistas para discutir a possibilidade de rever os pressupostos teóricos da Taxonomia de Bloom.
  • 16. Em 2001, o relatório da revisão foi publicado num livro intitulado A taxonomy for learning, teaching and assessing: a revision of Bloom’s taxonomy for educational objectives (Anderson et al, 2001)
  • 17. Quais foram as alterações? Esse grupo tentou buscar o equilíbrio entre o que existia, a estruturação da taxonomia original e os novos desenvolvimentos incorporados à educação nos quarenta e poucos anos de existência. Além de mudanças no entendimento como o processo cognitivo ocorre, houve mudanças na forma como se propunha a redação dos objetivos.
  • 18. O que mudou? “ao final dessa unidade os alunos deverão lembrar (verbo no infinitivo) as três leis de Newton (substantivo/ conteúdo)” • PROBLEMA: não está claro como será verificado se e como os alunos lembram esse novo conhecimento. ANTES, a redação de um objetivo era expressa assim...
  • 19. Ao término desta Unidade os alunos deverão lembrar as três leis de Newton, DESCREVENDO-AS verbo no gerúndio, observável, relacionado ao processo de LEMBRAR Além de mencionar o processo cognitivo desejado, o acréscimo de um verbo no gerúndio, esclarece como será verificado se os alunos lembram esse novo conhecimento, ao descrevê-lo. NOVA PROPOSIÇÃO...
  • 20. Referências • PALLOFF, R.M.e PRATT, K. Assessing the Online Learner - resources and strategies for faculty. San Francisco, CA: Jossey-Bass, 2009 (Guides to Online Teaching and Learning) • Ferraz, A.P.C.M e Belhot, R.V. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010 . Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2.pdf Acesso em set/2013 /Este trabalho está licenciado sob a Licença Atribuição-NãoComercial- SemDerivados 3.0 Brasil da Creative Commons. Para saber mais sobre os tipos de licença, visite http://creativecommons.org.br/as-licencas