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AArte Egípcia
http://www.brasilescola.com/historiag/arte-egipcia.htm
No Antigo Egito, a ideia de que o desenvolvimento das artes constituía um campo
autônomo de sua cultura não corresponde ao espaço ocupado por esse tipo de prática.
Assim como em tantos outros aspectos de sua vida, os egípcios estabeleciam uma forte
aproximação de suas manifestações artísticas para com a esfera religiosa. Dessa forma,
são várias as ocasiões em que percebermos que a arte dessa civilização esteve envolta
por alguma concepção espiritual.
A temática mortuária era de grande presença. A crença na vida após a morte motivava
os egípcios a construírem tumbas, estatuetas, vasos e mastabas que representavam sua
concepção do além-vida. As primeiras tumbas egípcias buscavam realizar uma
reprodução fiel da residência de suas principais autoridades. Em contrapartida, as
pessoas sem grande projeção eram enterradas em construções mais simples que, em
certa medida, indicava o prestígio social do indivíduo.
O processo de centralização política e a divinização da figura do faraó tiveram grande
importância para a construção das primeiras pirâmides. Essas construções, que
estabelecem um importante marco na arquitetura egípcia, têm como as principais
representantes as três pirâmides do deserto de Gizé, construídas pelos faraós Quóps,
Quéfren e Miquerinos. Próxima a essas construções, também pode se destacar a
existência da famosa esfinge do faraó Quéfren.
Tendo funções para fora do simples deleite estético, a arte dos povos egípcios era
bastante padronizada e não valorizava o aprimoramento técnico ou o desenvolvimento
de um estilo autoral. Geralmente, as pinturas e baixos-relevos apresentavam uma
mesma representação do corpo, em que o indivíduo tinha seu tronco colocado de frente
e os demais membros desenhados de perfil. No estudo da arte, essa concepção ficou
conhecida como a lei da frontalidade.
Ao longo do Novo Império (1580 – 1085 a.C.), passados os vários momentos de
instabilidade da civilização egípcia, observamos a elaboração de novas e belas
construções. Nessa fase, destacamos a construção dos templos de Luxor e Carnac,
ambos dedicados à adoração do deus Amon. No campo da arte funerária, também
podemos salientar o Templo da rainha Hatshepsut e a tumba do jovem faraó
Tutancâmon, localizado no Vale dos Reis.
A escultura egípcia, ao longo de seu desenvolvimento, encontrou características
bastante peculiares. Apesar de apresentar grande rigidez na maioria de suas obras,
percebemos que as estátuas egípcias conseguiam revelar riquíssimas informações de
caráter étnico, social e profissional de seus representados. No governo de Amenófis IV
temos uma fase bastante distinta em que a rigidez da escultura é substituída por
impressões de movimento.
Passado o governo de Tutancâmon, a arte egípcia passou a ganhar forte e clara
conotação política. As construções, esculturas e pinturas passaram a servir de espaço
para o registro dos grandes feitos empreendidos pelos faraós. Ao fim do Império, a
civilização egípcia foi alvo de sucessivas invasões estrangeiras. Com isso, a hibridação
com a perspectiva estética de outros povos acabou desestabilizando a presença de uma
arte típica desse povo.
Deuses egípcios
http://www.brasilescola.com/historiag/os-deuses-
egipcios.htm
Para você compreender o politeísmo egípcio, ou seja, o culto a vários deuses, faz-se
necessário esclarecer algumas características da sociedade egípcia. O governo no Egito
Antigo era teocrático: os administradores governavam em nome dos deuses (da
religiosidade). O principal governante do Egito, ou das cidades-estados, era chamado de
faraó: ele possuía todo o poder (assumia várias funções: era o rei, juiz, sacerdote,
tesoureiro, general) e era tido como um deus vivo: filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação
de Hórus (deus falcão). Portanto, a religiosidade e o culto aos deuses no Egito Antigo
tinham um grande significado para a sociedade.
Os egípcios cultuavam vários deuses (politeístas) e alguns deuses eram animais. Por
exemplo: o gato acabava com as infestações de ratos nos celeiros com os mantimentos;
o cachorro auxiliava na caça; o gado, na agricultura (puxava a charrua), entre outros.
Os animais no Egito Antigo eram considerados a encarnação dos próprios deuses. Os
egípcios também adoravam as formas e forças da natureza, como o rio Nilo, o Sol, a
Lua e o vento.
Cada cidade-estado egípcia possuía o seu deus protetor. Existiam deuses com formato
de animal (zoomorfismo), outros deuses tinham o formato de homem juntamente com
animal (corpo de homem e cabeça de animal – antropozoomorfismo) e também existiam
deuses somente com o formato humano (antropomorfismo).
A religiosidade tinha importância para os egípcios até após a morte, pois eles
acreditavam na imortalidade. Por esses motivos cultuavam os mortos e praticavam a
mumificação (a conservação dos corpos). Acreditavam que o ser humano era
constituído por Ká (corpo) e Rá (alma). No momento da morte, a alma deixaria o corpo,
mas poderia continuar a viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá – a volta da alma para
o corpo dependia do julgamento no Tribunal de Osíris.
Após o julgamento de Osíris, se a alma retornasse ao corpo, o morto voltaria à vida no
reino de Osíris; se não, a alma ficaria no reino de Amon-Rá. Daí a importância da
conservação dos corpos pela mumificação, se a alma retornasse ao corpo, este não
estaria decomposto.
Os principais deuses egípcios eram:
 Rá, o deus Sol, unido ao deus Amon, formando Amon-Rá, era o principal deus.
 A deusa Nut, representada por uma figura feminina, era a mãe de Rá (Sol). Ela
engoliu Rá, formando a noite e fazendo-o renascer a cada manhã.
 Ísis foi esposa de Osíris, mãe de Hórus, protegia a vegetação e era a deusa das
águas e das sementes.
 O deus Hórus foi o deus falcão, filho de Ísis e Osíris, cultuado como o sol
nascente.
 Osíris, deus dos mortos, da vegetação e da fecundidade, era representado pelo
rio Nilo. Era Osíris que buscava as almas dos mortos para serem julgadas em seu
Tribunal.
 Set foi colocado como grande inimigo de Osíris (Nilo), era o vento quente vindo
do deserto, encarnação do mal.
 O deus Amon, considerado deus dos deuses do Egito Antigo, foi cultuado junto
com Rá (Amon-Rá).
As crenças e cultos religiosos estavam na base das manifestações culturais, sociais,
políticas e econômicas no Egito. A religiosidade permeava toda a sociedade egípcia, nas
artes, na medicina, na astronomia, na literatura e no próprio governo do Egito Antigo.
Escrita Egípcia
http://www.brasilescola.com/historiag/escrita-
egipcia.htm
No Egito Antigo, a escrita tinha uma grande importância no desenvolvimento de
atividades de cunho sagrado e cotidiano. Em linhas gerais, os egípcios desenvolveram
três sistemas de escritas diferentes entre si. A primeira e mais importante delas é a
hieroglífica, que era estritamente utilizada para a impressão de mensagens em túmulos e
templos. Logo em seguida, havia a escrita hierática, uma simplificação da hieroglífica, e
a demótica, utilizada para escritos de menor importância.
O desenvolvimento da escrita veio seguido pela produção de uma rica produção literária
capaz de abranger desde os temas cotidianos, indo até a explicação de mitos e rituais
sagrados. Entre os livros de natureza religiosa e moral, destacamos o “Livro dos
Mortos” e o “Texto das Pirâmides”, respectivamente. Em paralelo, também havia
produções textuais mais leves e jocosas, como no caso do livro “A sátira das
profissões”, escrito que critica os incômodos existentes em cada tipo de trabalho.
Para a manutenção de um vasto império como foi o Egito, a escrita acabou sendo tarefa
exclusiva de uma privilegiada parcela da população. Os escribas eram os únicos que
dominavam a leitura e a escrita dos hieróglifos. Sua formação acontecia em uma escola
palaciana onde os mais bem preparados obtinham cargos de fundamental importância
para o Estado. Entre outras funções, um escriba poderia contabilizar os impostos, contar
os servos do reino, fiscalizar as ações públicas e avaliar o valor das propriedades.
Em troca dos serviços prestados, um escriba recebia diferentes tipos de compensação
material. É importante lembrar que o dinheiro ainda não havia sido inventado naquela
época e, com isso, o trabalho de um escriba acabava sendo pago por meio de vários
alimentos, como frutas, pão, trigo, carne, gordura, sal ou a prestação de um outro
serviço em troca. Formando uma classe intermediária, os escribas tinham posição de
destaque junto ao Estado e o restante da sociedade.
A complexidade do sistema de símbolos que compunham a escrita hieroglífica dos
egípcios foi um grande mistério durante vários e vários séculos. Somente no inicio do
século XIX, quando o general Napoleão Bonaparte realizou a invasão do Egito, é que
esse tipo de escrita começou a ser desvendado. Uma equipe de cientistas franceses
passou a catalogar diversas peças e fragmentos cravejados pela misteriosa escrita
egípcia.
Entre outros achados se destacava a “Pedra de Roseta”, uma lápide de basalto negro
onde foram encontradas inscrições em grego, hieroglífico e demótico. Somente em
1821, graças aos esforços do jovem pesquisador Jean François Champollion, a palavra
“Ptolomeu” foi por ele traduzida desse documento escrito. A partir daquela pequena
descoberta, foi possível realizar a leitura de uma variedade de outros documentos que
explicam importantes traços desta civilização.
Religiosidade egípcia
http://www.brasilescola.com/historiag/religiosidade-
egipcia.htm
Sendo adoradores de vários deuses, os egípcios costumavam adorar distintas divindades que
poderiam representar forças da natureza, animais e figuras humanas. Alguns desses deuses
poderiam ser adorados por toda a população egípcia, já outros estavam inseridos nas práticas
religiosas de uma única região. Além de politeístas, os egípcios também costumavam
homenagear figuras antropozoomórficas, seres híbridos que possuíam o corpo com partes
humanas e animais.
Os mitos que falam sobre os diversos deuses adorados pelos egípcios demonstram a origem de
vários dos rituais celebrados por essa antiga civilização. Por meio do relato que conta a morte
do deus Osíris, por exemplo, temos a origem que fundamenta o hábito egípcio de mumificar os
mortos. Além disso, a morte e o renascimento dessa mesma divindade justificam a noção de
circularidade do tempo fortemente marcada dentro da cultura egípcia.
Entre os vários deuses adorados pelos egípcios, podemos destacar Osíris, Isis, Seth, Rá, Ptah,
Thot, Anúbis e Maat. Entre a classe campesina, a adoração dos animais era bastante comum,
sendo o gato um dos mais prestigiados. Em outras cidades, como Mênfis e Tebas, Sobeque – o
deus-crocodilo, e Ápis – o deus-touro, eram usualmente adorados com uma série de rituais e
sacrifícios. Os templos, construídos em número expressivo, eram ponto de adoração e
constituíam a própria moradia de várias divindades.
Outro ponto bastante curioso da religiosidade egípcia diz respeito à forma com a qual a morte
era encarada por essa civilização. Para o povo egípcio, o falecimento era apenas um processo
onde a alma se desprendia de seu corpo. Segundo suas crenças, uma alma poderia viver
eternamente desde que encontrasse um corpo em perfeitas condições para se alojar. Por
conta dessa crença, os egípcios desenvolveram diversas técnicas de mumificação.
No Egito Antigo, os faraós eram considerados a encarnação direta de Hórus,o deus-Falcão, e
filho de Amon-Rá, o deus-Sol. A prosperidade de toda população egípcia estava intimamente
ligada à figura do faraó e, por isso, várias celebrações eram realizadas em sua homenagem. Em
certas ocasiões, a presença deste monarca divinizado em certos rituais era de suma
importância. Sem as bênçãos faraônicas, a cheia dos rios e as vitórias militares poderiam ser
ameaçadas.
Durante o governo de Amenófis IV (1353 a.C. – 1336 a.C.), a vida religiosa dos egípcios sofreu
uma verdadeira revolução no momento em que o faraó tentou instituir o monoteísmo a toda a
população. Buscando diminuir a influência política dos sacerdotes, este monarca reconhecia
somente o deus Aton (divindade representativa do círculo solar) como o único deus a ser
adorado. Apesar do grande impacto de sua imposição, o politeísmo logo foi restaurado com o
fim de seu governo.
Sociedade Egípcia
http://www.brasilescola.com/historiag/sociedade-
egipcia.htm
No Egito Antigo observamos uma estrutura bastante rígida, na qual a possibilidade de
ascensão era mínima entre seus integrantes. No topo dessa hierarquia estava o Faraó,
governante máximo do Estado e adorado como uma divindade viva descendente de Amon-Rá.
A função político-religiosa por ele ocupada imprimia uma natureza teocrática ao governo
egípcio. Para a população, a prosperidade material estava intimamente ligada às festas e
rituais feitos em sua homenagem.
Logo abaixo de seu sagrado governante, os sacerdotes compunham um primeiro e restrito
grupo social privilegiado. A função de mediadores entre os deuses e os homens lhes concedia
enorme prestígio entre os demais membros da sociedade egípcia. Responsáveis pelo equilíbrio
das atividades religiosas, tomavam a tarefa de administrar todos os bens a serem ofertados
pelos deuses. Dessa forma, acabavam acumulando uma expressiva quantidade de bens
materiais ao longo de sua vida.
Muito próximos da condição privilegiada vivida pela classe sacerdotal, os membros da nobreza
eram originários da família do Faraó, dos líderes do Exército e dos altos funcionários do
governo. Logo em seguida, os escribas formavam um setor intermediário da sociedade egípcia.
Em razão de sua formação escolar privilegiada, em que aprendiam a escrita e a leitura dos
hieróglifos, eram remunerados para auxiliarem no desenvolvimento de várias atividades
comerciais e administrativas.
Os comerciantes também tinham grande importância para o desenvolvimento da economia
egípcia ao promoverem a circulação de riquezas entre seu povo e as demais civilizações
vizinhas. Graças à sua ação, era possível o acesso a uma série de produtos, como a madeira,
utilizada na construção de embarcações e sarcófagos; o cobre e o estanho, metais úteis na
fabricação de armamentos militares; e ervas, geralmente empregadas na medicina e nos
processos de mumificação.
Compondo uma parcela menos privilegiada da sociedade egípcia, temos os soldados,
camponeses e artesãos. Os soldados viviam dos produtos recebidos em troca dos serviços por
eles prestados e, em alguns momentos da história egípcia, eram recrutados entre povos
estrangeiros. Os camponeses trabalhavam como servos nas terras do Estado e recebiam pouco
pela função que exerciam. Da mesma forma, os artesãos tinham uma vida bastante simples e
trabalhavam nas construções e oficinas existentes no país.
Não exercendo grande importância, os escravos formavam uma classe reduzida no interior da
sociedade egípcia. Em geral, estes escravos eram obtidos por meio das conquistas militares.
Curiosamente, esses não viviam uma condição social radicalmente subalterna com relação aos
seus donos. Mais tolerantes aos estrangeiros que outros povos, os egípcios tinham o costume
de zelar pela condição de vida dos escravos postos sob o seu domínio.

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A arte egípcia

  • 1. AArte Egípcia http://www.brasilescola.com/historiag/arte-egipcia.htm No Antigo Egito, a ideia de que o desenvolvimento das artes constituía um campo autônomo de sua cultura não corresponde ao espaço ocupado por esse tipo de prática. Assim como em tantos outros aspectos de sua vida, os egípcios estabeleciam uma forte aproximação de suas manifestações artísticas para com a esfera religiosa. Dessa forma, são várias as ocasiões em que percebermos que a arte dessa civilização esteve envolta por alguma concepção espiritual. A temática mortuária era de grande presença. A crença na vida após a morte motivava os egípcios a construírem tumbas, estatuetas, vasos e mastabas que representavam sua concepção do além-vida. As primeiras tumbas egípcias buscavam realizar uma reprodução fiel da residência de suas principais autoridades. Em contrapartida, as pessoas sem grande projeção eram enterradas em construções mais simples que, em certa medida, indicava o prestígio social do indivíduo. O processo de centralização política e a divinização da figura do faraó tiveram grande importância para a construção das primeiras pirâmides. Essas construções, que estabelecem um importante marco na arquitetura egípcia, têm como as principais representantes as três pirâmides do deserto de Gizé, construídas pelos faraós Quóps, Quéfren e Miquerinos. Próxima a essas construções, também pode se destacar a existência da famosa esfinge do faraó Quéfren. Tendo funções para fora do simples deleite estético, a arte dos povos egípcios era bastante padronizada e não valorizava o aprimoramento técnico ou o desenvolvimento de um estilo autoral. Geralmente, as pinturas e baixos-relevos apresentavam uma mesma representação do corpo, em que o indivíduo tinha seu tronco colocado de frente e os demais membros desenhados de perfil. No estudo da arte, essa concepção ficou conhecida como a lei da frontalidade. Ao longo do Novo Império (1580 – 1085 a.C.), passados os vários momentos de instabilidade da civilização egípcia, observamos a elaboração de novas e belas construções. Nessa fase, destacamos a construção dos templos de Luxor e Carnac, ambos dedicados à adoração do deus Amon. No campo da arte funerária, também podemos salientar o Templo da rainha Hatshepsut e a tumba do jovem faraó Tutancâmon, localizado no Vale dos Reis. A escultura egípcia, ao longo de seu desenvolvimento, encontrou características bastante peculiares. Apesar de apresentar grande rigidez na maioria de suas obras, percebemos que as estátuas egípcias conseguiam revelar riquíssimas informações de caráter étnico, social e profissional de seus representados. No governo de Amenófis IV temos uma fase bastante distinta em que a rigidez da escultura é substituída por impressões de movimento. Passado o governo de Tutancâmon, a arte egípcia passou a ganhar forte e clara conotação política. As construções, esculturas e pinturas passaram a servir de espaço para o registro dos grandes feitos empreendidos pelos faraós. Ao fim do Império, a
  • 2. civilização egípcia foi alvo de sucessivas invasões estrangeiras. Com isso, a hibridação com a perspectiva estética de outros povos acabou desestabilizando a presença de uma arte típica desse povo. Deuses egípcios http://www.brasilescola.com/historiag/os-deuses- egipcios.htm Para você compreender o politeísmo egípcio, ou seja, o culto a vários deuses, faz-se necessário esclarecer algumas características da sociedade egípcia. O governo no Egito Antigo era teocrático: os administradores governavam em nome dos deuses (da religiosidade). O principal governante do Egito, ou das cidades-estados, era chamado de faraó: ele possuía todo o poder (assumia várias funções: era o rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general) e era tido como um deus vivo: filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação de Hórus (deus falcão). Portanto, a religiosidade e o culto aos deuses no Egito Antigo tinham um grande significado para a sociedade. Os egípcios cultuavam vários deuses (politeístas) e alguns deuses eram animais. Por exemplo: o gato acabava com as infestações de ratos nos celeiros com os mantimentos; o cachorro auxiliava na caça; o gado, na agricultura (puxava a charrua), entre outros. Os animais no Egito Antigo eram considerados a encarnação dos próprios deuses. Os egípcios também adoravam as formas e forças da natureza, como o rio Nilo, o Sol, a Lua e o vento. Cada cidade-estado egípcia possuía o seu deus protetor. Existiam deuses com formato de animal (zoomorfismo), outros deuses tinham o formato de homem juntamente com animal (corpo de homem e cabeça de animal – antropozoomorfismo) e também existiam deuses somente com o formato humano (antropomorfismo). A religiosidade tinha importância para os egípcios até após a morte, pois eles acreditavam na imortalidade. Por esses motivos cultuavam os mortos e praticavam a mumificação (a conservação dos corpos). Acreditavam que o ser humano era constituído por Ká (corpo) e Rá (alma). No momento da morte, a alma deixaria o corpo, mas poderia continuar a viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá – a volta da alma para o corpo dependia do julgamento no Tribunal de Osíris. Após o julgamento de Osíris, se a alma retornasse ao corpo, o morto voltaria à vida no reino de Osíris; se não, a alma ficaria no reino de Amon-Rá. Daí a importância da conservação dos corpos pela mumificação, se a alma retornasse ao corpo, este não estaria decomposto. Os principais deuses egípcios eram:  Rá, o deus Sol, unido ao deus Amon, formando Amon-Rá, era o principal deus.  A deusa Nut, representada por uma figura feminina, era a mãe de Rá (Sol). Ela engoliu Rá, formando a noite e fazendo-o renascer a cada manhã.
  • 3.  Ísis foi esposa de Osíris, mãe de Hórus, protegia a vegetação e era a deusa das águas e das sementes.  O deus Hórus foi o deus falcão, filho de Ísis e Osíris, cultuado como o sol nascente.  Osíris, deus dos mortos, da vegetação e da fecundidade, era representado pelo rio Nilo. Era Osíris que buscava as almas dos mortos para serem julgadas em seu Tribunal.  Set foi colocado como grande inimigo de Osíris (Nilo), era o vento quente vindo do deserto, encarnação do mal.  O deus Amon, considerado deus dos deuses do Egito Antigo, foi cultuado junto com Rá (Amon-Rá). As crenças e cultos religiosos estavam na base das manifestações culturais, sociais, políticas e econômicas no Egito. A religiosidade permeava toda a sociedade egípcia, nas artes, na medicina, na astronomia, na literatura e no próprio governo do Egito Antigo. Escrita Egípcia http://www.brasilescola.com/historiag/escrita- egipcia.htm No Egito Antigo, a escrita tinha uma grande importância no desenvolvimento de atividades de cunho sagrado e cotidiano. Em linhas gerais, os egípcios desenvolveram três sistemas de escritas diferentes entre si. A primeira e mais importante delas é a hieroglífica, que era estritamente utilizada para a impressão de mensagens em túmulos e templos. Logo em seguida, havia a escrita hierática, uma simplificação da hieroglífica, e a demótica, utilizada para escritos de menor importância. O desenvolvimento da escrita veio seguido pela produção de uma rica produção literária capaz de abranger desde os temas cotidianos, indo até a explicação de mitos e rituais sagrados. Entre os livros de natureza religiosa e moral, destacamos o “Livro dos Mortos” e o “Texto das Pirâmides”, respectivamente. Em paralelo, também havia produções textuais mais leves e jocosas, como no caso do livro “A sátira das profissões”, escrito que critica os incômodos existentes em cada tipo de trabalho. Para a manutenção de um vasto império como foi o Egito, a escrita acabou sendo tarefa exclusiva de uma privilegiada parcela da população. Os escribas eram os únicos que dominavam a leitura e a escrita dos hieróglifos. Sua formação acontecia em uma escola palaciana onde os mais bem preparados obtinham cargos de fundamental importância para o Estado. Entre outras funções, um escriba poderia contabilizar os impostos, contar os servos do reino, fiscalizar as ações públicas e avaliar o valor das propriedades. Em troca dos serviços prestados, um escriba recebia diferentes tipos de compensação material. É importante lembrar que o dinheiro ainda não havia sido inventado naquela época e, com isso, o trabalho de um escriba acabava sendo pago por meio de vários alimentos, como frutas, pão, trigo, carne, gordura, sal ou a prestação de um outro serviço em troca. Formando uma classe intermediária, os escribas tinham posição de destaque junto ao Estado e o restante da sociedade.
  • 4. A complexidade do sistema de símbolos que compunham a escrita hieroglífica dos egípcios foi um grande mistério durante vários e vários séculos. Somente no inicio do século XIX, quando o general Napoleão Bonaparte realizou a invasão do Egito, é que esse tipo de escrita começou a ser desvendado. Uma equipe de cientistas franceses passou a catalogar diversas peças e fragmentos cravejados pela misteriosa escrita egípcia. Entre outros achados se destacava a “Pedra de Roseta”, uma lápide de basalto negro onde foram encontradas inscrições em grego, hieroglífico e demótico. Somente em 1821, graças aos esforços do jovem pesquisador Jean François Champollion, a palavra “Ptolomeu” foi por ele traduzida desse documento escrito. A partir daquela pequena descoberta, foi possível realizar a leitura de uma variedade de outros documentos que explicam importantes traços desta civilização. Religiosidade egípcia http://www.brasilescola.com/historiag/religiosidade- egipcia.htm Sendo adoradores de vários deuses, os egípcios costumavam adorar distintas divindades que poderiam representar forças da natureza, animais e figuras humanas. Alguns desses deuses poderiam ser adorados por toda a população egípcia, já outros estavam inseridos nas práticas religiosas de uma única região. Além de politeístas, os egípcios também costumavam homenagear figuras antropozoomórficas, seres híbridos que possuíam o corpo com partes humanas e animais. Os mitos que falam sobre os diversos deuses adorados pelos egípcios demonstram a origem de vários dos rituais celebrados por essa antiga civilização. Por meio do relato que conta a morte do deus Osíris, por exemplo, temos a origem que fundamenta o hábito egípcio de mumificar os mortos. Além disso, a morte e o renascimento dessa mesma divindade justificam a noção de circularidade do tempo fortemente marcada dentro da cultura egípcia. Entre os vários deuses adorados pelos egípcios, podemos destacar Osíris, Isis, Seth, Rá, Ptah, Thot, Anúbis e Maat. Entre a classe campesina, a adoração dos animais era bastante comum, sendo o gato um dos mais prestigiados. Em outras cidades, como Mênfis e Tebas, Sobeque – o deus-crocodilo, e Ápis – o deus-touro, eram usualmente adorados com uma série de rituais e sacrifícios. Os templos, construídos em número expressivo, eram ponto de adoração e constituíam a própria moradia de várias divindades. Outro ponto bastante curioso da religiosidade egípcia diz respeito à forma com a qual a morte era encarada por essa civilização. Para o povo egípcio, o falecimento era apenas um processo onde a alma se desprendia de seu corpo. Segundo suas crenças, uma alma poderia viver eternamente desde que encontrasse um corpo em perfeitas condições para se alojar. Por conta dessa crença, os egípcios desenvolveram diversas técnicas de mumificação.
  • 5. No Egito Antigo, os faraós eram considerados a encarnação direta de Hórus,o deus-Falcão, e filho de Amon-Rá, o deus-Sol. A prosperidade de toda população egípcia estava intimamente ligada à figura do faraó e, por isso, várias celebrações eram realizadas em sua homenagem. Em certas ocasiões, a presença deste monarca divinizado em certos rituais era de suma importância. Sem as bênçãos faraônicas, a cheia dos rios e as vitórias militares poderiam ser ameaçadas. Durante o governo de Amenófis IV (1353 a.C. – 1336 a.C.), a vida religiosa dos egípcios sofreu uma verdadeira revolução no momento em que o faraó tentou instituir o monoteísmo a toda a população. Buscando diminuir a influência política dos sacerdotes, este monarca reconhecia somente o deus Aton (divindade representativa do círculo solar) como o único deus a ser adorado. Apesar do grande impacto de sua imposição, o politeísmo logo foi restaurado com o fim de seu governo. Sociedade Egípcia http://www.brasilescola.com/historiag/sociedade- egipcia.htm No Egito Antigo observamos uma estrutura bastante rígida, na qual a possibilidade de ascensão era mínima entre seus integrantes. No topo dessa hierarquia estava o Faraó, governante máximo do Estado e adorado como uma divindade viva descendente de Amon-Rá. A função político-religiosa por ele ocupada imprimia uma natureza teocrática ao governo egípcio. Para a população, a prosperidade material estava intimamente ligada às festas e rituais feitos em sua homenagem. Logo abaixo de seu sagrado governante, os sacerdotes compunham um primeiro e restrito grupo social privilegiado. A função de mediadores entre os deuses e os homens lhes concedia enorme prestígio entre os demais membros da sociedade egípcia. Responsáveis pelo equilíbrio das atividades religiosas, tomavam a tarefa de administrar todos os bens a serem ofertados pelos deuses. Dessa forma, acabavam acumulando uma expressiva quantidade de bens materiais ao longo de sua vida. Muito próximos da condição privilegiada vivida pela classe sacerdotal, os membros da nobreza eram originários da família do Faraó, dos líderes do Exército e dos altos funcionários do governo. Logo em seguida, os escribas formavam um setor intermediário da sociedade egípcia. Em razão de sua formação escolar privilegiada, em que aprendiam a escrita e a leitura dos hieróglifos, eram remunerados para auxiliarem no desenvolvimento de várias atividades comerciais e administrativas. Os comerciantes também tinham grande importância para o desenvolvimento da economia egípcia ao promoverem a circulação de riquezas entre seu povo e as demais civilizações vizinhas. Graças à sua ação, era possível o acesso a uma série de produtos, como a madeira,
  • 6. utilizada na construção de embarcações e sarcófagos; o cobre e o estanho, metais úteis na fabricação de armamentos militares; e ervas, geralmente empregadas na medicina e nos processos de mumificação. Compondo uma parcela menos privilegiada da sociedade egípcia, temos os soldados, camponeses e artesãos. Os soldados viviam dos produtos recebidos em troca dos serviços por eles prestados e, em alguns momentos da história egípcia, eram recrutados entre povos estrangeiros. Os camponeses trabalhavam como servos nas terras do Estado e recebiam pouco pela função que exerciam. Da mesma forma, os artesãos tinham uma vida bastante simples e trabalhavam nas construções e oficinas existentes no país. Não exercendo grande importância, os escravos formavam uma classe reduzida no interior da sociedade egípcia. Em geral, estes escravos eram obtidos por meio das conquistas militares. Curiosamente, esses não viviam uma condição social radicalmente subalterna com relação aos seus donos. Mais tolerantes aos estrangeiros que outros povos, os egípcios tinham o costume de zelar pela condição de vida dos escravos postos sob o seu domínio.