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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Curso: Ambiente Virtual de Aprendizagem
no contexto da aprendizagem e avaliação(AVA)
Mediador pedagógico: Guilherme Ferrari
Cursista: Ana Lucia do Espírito Santo
CAMPO GRANDE – MS - 2013.
―A pesquisa como princípio científico e educativo
faz parte integrante de todo processo
emancipatório, no qual se constrói o sujeito
histórico autossuficiente, crítico e autocrítico,
participante, capaz de reagir contra a situação de
objeto e de não cultivar os outros como objeto.‖
(DEMO,P.42,2006)
Uma coisa é aprender pela imitação, outra pela
pesquisa.
Pesquisar não é somente produzir
conhecimento, é sobretudo
aprender em sentido criativo. É possível
aprender escutando
aulas, tomando nota, mas aprende-se de
verdade quando se
parte para a elaboração própria, motivando o
surgimento do
pesquisador, que aprende construindo.
(Franchi, 1988)
―Nossa atenção estará
voltada para a pesquisa
como princípio
científico, sem
unilateralizar a visão
formal da pesquisa. A
pesquisa como princípio
educativo estará sempre
presente,
mesmo que seja na
contra-luz.‖
(Demo,2006)
II- A PESQUISA COMO
PRINCÍPIO CIENTÍFICO
1.A QUESTÃO CURRICULAR
2. A QUESTÃO DA TEORIA & PRÁTICA
3. ―DAR CONTA DE UM TEMA‖
4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO
1.A QUESTÃO CURRICULAR
Na grade curricular aparecem as matérias
ordenadas dentro de algum princípio didático e
de certa concatenação entre elas. Cumprido esse
trajeto, chega-se ao diploma e considera-se o
aluno detentor de nível superior.
Embora, em última instância, o currículo só
possa ser decidido pelo professor, não cabe
jamais reduzir a cabeça do aluno à pequenez da
cabeça de um instrutor.
Em vez do pacote didático e curricular como
medida do ensino e da aprendizagem, é
preciso criar condições de criatividade, via
pesquisa, para construir soluções,
principalmente diante de problemas novos.
A única coisa que vale a
pena aprender é a criar,o
que já muda a noção de
aprender.
(Demo,2006,p.46)
2. A QUESTÃO DA TEORIA & PRÁTICA
É fundamental defender a necessitação mútua
de teoria & prática, na maior profundidade
possível de ambas, porquanto nada é mais
essencial para uma teoria do que a respectiva
prática e vice-versa.
A prática não se restringe à aplicação concreta
dos conhecimentos teóricos, por mais que isto
seja parte integrante. Prática, como teoria, perfaz
um todo, e como tal está na teoria, antes e depois.
Prática não aparece apenas como
demonstração técnica do domínio
conceitual, mas como modo de vida em
sociedade a partir do cientista.
Toda prática necessita ser
teoricamente elaborada, e isto deve fazer
parte da organização curricular. Prática não
é ir ver, passar perto, mas a união do fazer
com o teorizar o fazer.
3. ―DAR CONTA DE UM TEMA‖
―Dar conta de um tema‖ significa, pois, retomar o
contexto do trabalho científico, geralmente apresentado
como caminho de comprovação de hipóteses.
―Dar conta de um tema‖ não pode induzir a
ingenuidade de que se achou a última palavra, nem que
se inventou originalidade insuperável;
Quer dizer que o tratamento do tema é bem
fundamentado, cercado de todos os lados viáveis,
elaborado com engenho e arte, garantindo que aí
aconteceu algum avanço científico.
4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO
A avaliação pode conter o desafio da própria
pesquisa, como realimentação do processo de
produção científica, como busca de
redirecionamentos, superações, alternativas, como
respeito a compromissos assumidos com a
sociedade em planos e políticas.
A avaliação apenas formal é fuga, porque atesta que
não sabemos avaliar conteúdos, mas, se bem feita,
já representa cuidado providencial, que resgata a
noção de pesquisa como descoberta científica.
1. EDUCAÇÃO, PESQUISA E EMANCIPAÇÃO
2. LIMITAÇÕES DO APENAS ENSINAR
III - A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO
3. LIMITAÇÕES DO APENAS APRENDER
4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL
1. EDUCAÇÃO, PESQUISA E EMANCIPAÇÃO
Emancipação é o processo histórico de conquista e exercício da
qualidade de ator consciente e produtivo. Trata-se da formação do
sujeito capaz de se definir e de ocupar espaço próprio, recusando
ser reduzido a objeto (Demo,1988b e 1988c).
É patente a relevância da educação e da pesquisa para o
processo emancipatório.
A escola é tipicamente reprodutiva, mas não precisa
reduzir-se a isso. Pode ser o signo da imbecilização popular,
mas pode ser instância fundamental de formação da
cidadania de um povo.
O conceito de pesquisa é fundamental, porque está na
raiz da consciência crítica questionadora, desde a recusa
de ser massa de manobra, objeto dos outros, matéria de
espoliação, até a produção de alternativas com vistas à
consecução de sociedade pelo menos mais tolerável.
2. LIMITAÇÕES DO APENAS ENSINAR
No “ensinar” cabe menos o desafio da emancipação com base em
pesquisa do que a imposição domesticadora que leva a reproduzir
discípulos.
Dada a “aprendizagem” acadêmica a que é submetido o professor,
na qual o elemento da pesquisa é inexistente, quando não
abafado, encontra aí limitação clara para elaboração da própria
cidadania.
Na prática, se formos coerentes com qualquer proposta educativo
emancipatória, é preciso reconhecer que a dignidade do professor
só pode ser elaboração própria, conquista própria.
A crítica aqui formulada volta-se contra o “mero ensinar”, não
contra “ensinar”, que, no devido lugar, é instrumento necessário.
Instruir bem é arte, mesmo menor. Mas é diferente o instruído
domesticado, de quem se instrui para se construir e reconstruir.
3. LIMITAÇÕES DO APENAS APRENDER
Decorar, apenas, é fatal, porque destrói o desafio essencial de
criar soluções. Para quem só decora (cola), na prova — se der ―um
branco‖ — o único recurso é colar. Não se sabe deduzir, induzir,
inferir, estabelecer relações, reconstruir contextos. Resta copiar. A
cópia perfeita é a cola, como Xerox. Tal condição reduz o aluno ao
―mero aprender‖, obstruindo passos da criatividade própria.
O ―mero aprender‖ estiola o desafio técnico e político da
educação, matando a expectativa preventiva, emancipatória,
redistributiva e equalizadora, cabível em sujeitos sociais que
aprendem a aprender.
4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL
A influência da escola sobre a criança é cada vez mais “formal” e,
neste sentido, vazia, pela artificialidade da sua organização
distanciada da sociedade diária ou pela concorrência avassaladora
com os meios de comunicação.
Colabora na decadência da escola pública sem dúvida a atuação
estatal, que tende a retratar nela a própria pobreza de um Estado
afastado dos compromissos para com a sociedade e de uma
sociedade subjugada como massa de manobra.
Parte do desinteresse no alunado ou do
comportamento corporativista no professorado, bem
como da imagem de “treco” do governo, provém do
seu vazio formal, distanciado do compromisso original
de motivar processos educativo-emancipatório.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DEMO, Pedro. Pesquisa – Princípio Educativo e
Científico. 12.ed. São Paulo: Cortez,2006.

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  • 1. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL Curso: Ambiente Virtual de Aprendizagem no contexto da aprendizagem e avaliação(AVA) Mediador pedagógico: Guilherme Ferrari Cursista: Ana Lucia do Espírito Santo CAMPO GRANDE – MS - 2013.
  • 2. ―A pesquisa como princípio científico e educativo faz parte integrante de todo processo emancipatório, no qual se constrói o sujeito histórico autossuficiente, crítico e autocrítico, participante, capaz de reagir contra a situação de objeto e de não cultivar os outros como objeto.‖ (DEMO,P.42,2006)
  • 3. Uma coisa é aprender pela imitação, outra pela pesquisa. Pesquisar não é somente produzir conhecimento, é sobretudo aprender em sentido criativo. É possível aprender escutando aulas, tomando nota, mas aprende-se de verdade quando se parte para a elaboração própria, motivando o surgimento do pesquisador, que aprende construindo. (Franchi, 1988)
  • 4. ―Nossa atenção estará voltada para a pesquisa como princípio científico, sem unilateralizar a visão formal da pesquisa. A pesquisa como princípio educativo estará sempre presente, mesmo que seja na contra-luz.‖ (Demo,2006)
  • 5. II- A PESQUISA COMO PRINCÍPIO CIENTÍFICO 1.A QUESTÃO CURRICULAR 2. A QUESTÃO DA TEORIA & PRÁTICA 3. ―DAR CONTA DE UM TEMA‖ 4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO
  • 6. 1.A QUESTÃO CURRICULAR Na grade curricular aparecem as matérias ordenadas dentro de algum princípio didático e de certa concatenação entre elas. Cumprido esse trajeto, chega-se ao diploma e considera-se o aluno detentor de nível superior. Embora, em última instância, o currículo só possa ser decidido pelo professor, não cabe jamais reduzir a cabeça do aluno à pequenez da cabeça de um instrutor.
  • 7. Em vez do pacote didático e curricular como medida do ensino e da aprendizagem, é preciso criar condições de criatividade, via pesquisa, para construir soluções, principalmente diante de problemas novos. A única coisa que vale a pena aprender é a criar,o que já muda a noção de aprender. (Demo,2006,p.46)
  • 8. 2. A QUESTÃO DA TEORIA & PRÁTICA É fundamental defender a necessitação mútua de teoria & prática, na maior profundidade possível de ambas, porquanto nada é mais essencial para uma teoria do que a respectiva prática e vice-versa. A prática não se restringe à aplicação concreta dos conhecimentos teóricos, por mais que isto seja parte integrante. Prática, como teoria, perfaz um todo, e como tal está na teoria, antes e depois.
  • 9. Prática não aparece apenas como demonstração técnica do domínio conceitual, mas como modo de vida em sociedade a partir do cientista. Toda prática necessita ser teoricamente elaborada, e isto deve fazer parte da organização curricular. Prática não é ir ver, passar perto, mas a união do fazer com o teorizar o fazer.
  • 10. 3. ―DAR CONTA DE UM TEMA‖ ―Dar conta de um tema‖ significa, pois, retomar o contexto do trabalho científico, geralmente apresentado como caminho de comprovação de hipóteses. ―Dar conta de um tema‖ não pode induzir a ingenuidade de que se achou a última palavra, nem que se inventou originalidade insuperável; Quer dizer que o tratamento do tema é bem fundamentado, cercado de todos os lados viáveis, elaborado com engenho e arte, garantindo que aí aconteceu algum avanço científico.
  • 11. 4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO A avaliação pode conter o desafio da própria pesquisa, como realimentação do processo de produção científica, como busca de redirecionamentos, superações, alternativas, como respeito a compromissos assumidos com a sociedade em planos e políticas. A avaliação apenas formal é fuga, porque atesta que não sabemos avaliar conteúdos, mas, se bem feita, já representa cuidado providencial, que resgata a noção de pesquisa como descoberta científica.
  • 12. 1. EDUCAÇÃO, PESQUISA E EMANCIPAÇÃO 2. LIMITAÇÕES DO APENAS ENSINAR III - A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO 3. LIMITAÇÕES DO APENAS APRENDER 4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL
  • 13. 1. EDUCAÇÃO, PESQUISA E EMANCIPAÇÃO Emancipação é o processo histórico de conquista e exercício da qualidade de ator consciente e produtivo. Trata-se da formação do sujeito capaz de se definir e de ocupar espaço próprio, recusando ser reduzido a objeto (Demo,1988b e 1988c). É patente a relevância da educação e da pesquisa para o processo emancipatório. A escola é tipicamente reprodutiva, mas não precisa reduzir-se a isso. Pode ser o signo da imbecilização popular, mas pode ser instância fundamental de formação da cidadania de um povo. O conceito de pesquisa é fundamental, porque está na raiz da consciência crítica questionadora, desde a recusa de ser massa de manobra, objeto dos outros, matéria de espoliação, até a produção de alternativas com vistas à consecução de sociedade pelo menos mais tolerável.
  • 14. 2. LIMITAÇÕES DO APENAS ENSINAR No “ensinar” cabe menos o desafio da emancipação com base em pesquisa do que a imposição domesticadora que leva a reproduzir discípulos. Dada a “aprendizagem” acadêmica a que é submetido o professor, na qual o elemento da pesquisa é inexistente, quando não abafado, encontra aí limitação clara para elaboração da própria cidadania. Na prática, se formos coerentes com qualquer proposta educativo emancipatória, é preciso reconhecer que a dignidade do professor só pode ser elaboração própria, conquista própria. A crítica aqui formulada volta-se contra o “mero ensinar”, não contra “ensinar”, que, no devido lugar, é instrumento necessário. Instruir bem é arte, mesmo menor. Mas é diferente o instruído domesticado, de quem se instrui para se construir e reconstruir.
  • 15. 3. LIMITAÇÕES DO APENAS APRENDER Decorar, apenas, é fatal, porque destrói o desafio essencial de criar soluções. Para quem só decora (cola), na prova — se der ―um branco‖ — o único recurso é colar. Não se sabe deduzir, induzir, inferir, estabelecer relações, reconstruir contextos. Resta copiar. A cópia perfeita é a cola, como Xerox. Tal condição reduz o aluno ao ―mero aprender‖, obstruindo passos da criatividade própria. O ―mero aprender‖ estiola o desafio técnico e político da educação, matando a expectativa preventiva, emancipatória, redistributiva e equalizadora, cabível em sujeitos sociais que aprendem a aprender.
  • 16. 4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL A influência da escola sobre a criança é cada vez mais “formal” e, neste sentido, vazia, pela artificialidade da sua organização distanciada da sociedade diária ou pela concorrência avassaladora com os meios de comunicação. Colabora na decadência da escola pública sem dúvida a atuação estatal, que tende a retratar nela a própria pobreza de um Estado afastado dos compromissos para com a sociedade e de uma sociedade subjugada como massa de manobra. Parte do desinteresse no alunado ou do comportamento corporativista no professorado, bem como da imagem de “treco” do governo, provém do seu vazio formal, distanciado do compromisso original de motivar processos educativo-emancipatório.
  • 17. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DEMO, Pedro. Pesquisa – Princípio Educativo e Científico. 12.ed. São Paulo: Cortez,2006.