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Perturbação Obsessivo-
                  Compulsiva
Ana Sofia Costa 21001430
Anabela Pereira 20094184
Gina Santos 20090046

Universidade Lusófona

Unidade Curricular: Psicopatologia
Mestre: João Taborda
Psicopatologia
• A designação psicopatologia tem a sua origem na
  medicina psiquiátrica e adquire o seu atual significado, na
  primeira metade do séc. XX, sob o impulso de Karl Jaspers,
  desde então, uma ciência auxiliar da medicina.

• A psicopatologia, também designada por Psicologia da
  Anormalidade, é definida como a ciência que estuda os
  diversos estados mentais patológicos, com pouco em
  comum, exceto o sofrimento, cujas manifestações de
  comportamentos e práticas indiciam estados mentais
  anormais, que perturbam os outros e que implicam um
  afastamento, mais ou menos persistente, do
  funcionamento psicológico normal (Abreu, 2008).
Psicopatologia
• Fatores         genéticos,           situações
  traumáticas,    doenças     infeciosas,    má
  nutrição, doenças degenerativas do foro
  psicológico, bem como de influências sociais
  e culturais, poderão propiciar este diverso
  conjunto de situações comportamentais
  anormais que, regra geral, causam estados de
  angústia     e    incapacitam      grave     e
  recorrentemente o funcionamento do
  indivíduo.
POC – DSM IV-TR
• O DSM IV-TR define a POC da seguinte forma:
  “As características essenciais da Perturbação
  Obsessiva Compulsiva são obsessões ou
  compulsões recorrentes, suficientemente graves
  para acarretar perda de tempo (mais de uma
  hora por dia) ou um sentimento marcado pelo
  sofrimento ou uma deficiência importante. A um
  certo nível da evolução da perturbação a pessoa
  reconhece que as obsessões ou as compulsões
  são excessivas ou não razoáveis…”
Perturbação ansiosa
• Pertence à categoria das perturbações da
  ansiedade
• Como, por exemplo:
  – Perturbação de Pânico e Agorafobia
  – Ansiedade Generalizada
  – Fobia Social
  – Pós-estresse traumático
  – Fobias específicas
Origem
• Pânico (crises) acompanhado ou não de
  agorafobia
• Ansiedade generalizada
• Fobia social
• Fobia específica, uma situação ou algo em
  particular
• Perturbação do pós-estresse traumático
• Perturbação ansiosa devido à toxicomania
POC
• Presença de obsessões e/ou compulsões

• Obsessão: pensamento, impulso ou imagem
  mental, recorrente e persistente, intrusivo e
  inapropriado, causando ansiedade ou mal-
  estar intenso

• Compulsão: comportamento ou acto mental
  repetitivo a que a pessoa se sente compelida
As Obsessões/Compulsões/rituais
• São a componente visível da POC… ou não:
  – Rituais comportamentais
  – Rituais mentais
• São sempre comportamentos protectores –
  destinam-se a evitar uma tragédia e/ou a
  ansiedade derivada dos pensamentos
  obsessivos
Obsessões
•   A contaminação,
•   A dúvida constante
•   Ordem
•   Obsessões religiosas
•   Agressividade
•   Obsessões sexuais
Compulsões
•   Limpeza/lavagem
•   Verificações
•   Ordem / Arrumação
•   Acumulação
•   Associam-se os tipos de comportamentos
    compulsivos que se podem retratar por:
    –   Jogo (patológico)
    –   Atividade Física (Vigorexia)
    –   Compras (Shopholic)
    –   Trabalho (Workaholic)
    –   Comer (transtorno Alimentar)
Comportamento
• O comportamento destes indivíduos é
  rígido, inflexível, têm falta de flexibilização
  adaptativa, híper conscientes, amantes da
  ordem e disciplina, perseverantes face ao
  imprevisto, mas, perante uma situação de
  estresse ou solicitação excessiva facilmente
  se transformam em comportamentos rituais
Comportamento
• Surgem pensamentos assustadores e
  repetitivos a propósito de um tema
• Geram uma ansiedade muito elevada
• Executam comportamentos que, de alguma
  forma, acalmam
• Não existe controlo nem sobre os
  pensamentos que o/a invadem, nem sobre os
  comportamentos
Evolução
• Não há uma causa única mas pesquisas sugerem uma
  implicação de problemas de comunicação entre a
  parte frontal do cérebro (córtex orbital) e as estruturas
  profundas dos gânglios basais.
• Acredita-se que um nível insuficiente da serotonina
  predomine na POC.
• Por volta dos 3 anos de idade surgem rituais que ainda
  não anunciam nevrose obsessiva. As primeiras
  manifestações da perturbação são diversas e pouco
  características, aparecem geralmente cerca de seis ou
  sete anos mais tarde. Por essa altura destacam-se dos
  rituais como o deitar, alimentação, defecação,
  algumas ideias obsessivas, como por exemplo a
  morte.
Prognóstico
• Os pacientes passíveis de um prognóstico
  favorável são indivíduos nos quais se detetam os
  três elementos seguintes:
  – Intervalo de tempo relativamente curto entre o
    aparecimento dos sintomas e o início do tratamento;
  – Personalidade pré mórbida adequada, ou seja, não
    apresentando perturbações importantes da
    personalidade;
  – Quadro sintomático ligeiro, ou seja, sintomas mais
    fóbicos e de “ruminação” com ausência de
    compulsões .
Etiologia ou Padrão Familiar
• A questão da predisposição genética ainda não está
  devidamente esclarecida. certos estudos tendem a
  demonstrar que este poderia ter um papel tendo em
  conta que “… a taxa de concordância para a POC é
  mais elevada nos gémeos monozigotos que nos
  gémeos dizigotos” (DSM-IV-TR, 2002).
• Quanto aos fatores constitucionais estudados a partir
  de ligações familiares, parece que “…a taxa da POC
  nos familiares biológicos de primeiro grau com POC é
  mais elevada que na população em geral” (DSM-IV-
  TR, 2002).
• Segundo o DSM-IV-TR a manifestação da POC em
  familiares biológicos e em primeiro grau é mais
  provável do que na população em geral.
Critérios de Diagnóstico – DSM IV-TR
• A. Obsessões ou compulsões:
• Obsessões, definidas por (1), (2), (3) e (4):
• 1) pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e
  persistentes, que são experimentados, durante algum período
  da perturbação, como intrusivos e inapropriados e que
  provocam ansiedade ou mal-estar intensos;
• 2) pensamentos, impulsos ou imagens que não são
  simplesmente preocupações excessivas com problemas acerca
  de problemas reais de vida;
• 3) a pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos,
  impulsos ou imagens, ou neutralizá-los com algum outro
  pensamento ou ação;
• 4) a pessoa reconhece que os pensamentos obsessivos,
  impulsos ou imagens obsessivas são produto da sua mente (não
  impostos do exterior, como na inserção de pensamentos);
Critérios de Diagnóstico DSM IV-TR
• Compulsões, definidas por (1) e (2):
• 1) comportamentos repetitivos (por exemplo, lavagem
  das mãos, ordenações, verificações) ou atos mentais
  (por exemplo, rezar, contar, repetir palavras
  mentalmente) que as pessoas se sentem compelidas a
  executar em resposta a uma obsessão, ou de acordo
  com regras que devem ser aplicadas de modo rígido;
• 2) os comportamentos ou atos mentais têm como
  objetivo evitar ou reduzir o mal-estar ou prevenir
  algum acontecimento ou situação temidos;
  contudo, estes comportamentos ou atos mentais ou
  não estão ligados de um modo realista com o que
  pretendem neutralizar ou evitar, ou são claramente
  excessivos;
Intervenção
• Terapia Cognitivo-comportamental
  – Entrevista semi-estruturada
  – Aplicação de escalas: Y-BOCS – Escala de
    sintomas obsessivo-compulsivos de Yale-Brown;
    IOC-R – inventário obsessivo-compulsivo revisto;
    WBSI - White Bear Suppression Inventory para
    verificar a supressão de pensamentos;
  – QAPAD – Questionário de Autoavaliação das
    Perturbações da Ansiedade
Intervenção – continuação TCC
– Psico-educação
– Terapia familiar
– Técnica EPR (exposição e prevenção de rituais)
– Exercícios diários
– Técnicas cognitivas

– Terapia em grupo
Farmacologia
• Os tratamentos farmacológicos de primeira linha
  são os inibidores de recaptação de serotonina
  (IRS), classe de medicamentos antidepressivos
  que inclui os inibidores seletivos de recaptação
  de serotonina (ISRS) e a clomipramina (tricíclico).
  A eficácia dos medicamentos contribui para uma
  redução de 35% na escalaY-BOCS
• Recomendada por um psiquiatra ou médico de
  família / clínica geral
Acompanhamento e Recidivas
• À medida que o paciente vai melhorando deve propor-se
  um espaçamento maior entre as consultas.

• Uma vez que a POC é uma perturbação com grande
  probabilidade de recidivas, é necessário desenvolver com o
  paciente técnicas para prevenir uma nova crise.

• É normal a existência de episódios isolados de curta
  duração, que poderão ocorrer por distração ou falha na
  estratégia de autocontrolo.

• É necessário explicar ao paciente a possibilidade destes
  acontecimentos e orientá-lo no treino de estratégias de
  prevenção de recidivas e acompanha-lo se possível em
  sessões esporádicas após o final da terapia
Estratégias de Prevenção de Recidivas
 – Identificar as situações internas (psicológicas) ou externas
   (ambiente, objetos) de risco para a realização de rituais;
 – Preparar estratégias para lidar adequadamente com as
   situações de risco e evitar as recaídas;
 – Identificar os pensamentos automáticos ativados nas
   situações de risco e questionar se são válidos;
 – Prevenção das consequências de ter cometido um lapso;
 – Fazer revisões periódicas dos sintomas com o terapeuta e
   avisar o terapeuta caso tenham surgido recidivas;
 – Se o paciente utilizar medicamentos só os deve suspender
   mediante informação médica;
 – Estar sempre atualizado sobre a sua doença.
Conclusões Principais
• A POC é um fenómeno complexo que se pode manifestar de
  diversas maneiras.

• Deve-se modificar o sentimento de vergonha ligado à tomada de
  consciência

• Verifica-se um maior sucesso na complementaridade de ambas as
  terapias, psicoterapia e farmacologia para o sucesso do paciente;

• Os obsessivo-compulsivos por norma têm noção de que os seus
  comportamentos não são normais, possibilitando a aceitação da
  doença e possibilitarem assim o seu tratamento;

• Deve-se partir do princípio que o apoio familiar é deveras
  importante, quer para o doente, quer para o ambiente familiar.
Referencias Bibliográficas
•   Abreu, José Luis Piu. In Introdução à Psicopatologia Compreensiva. Fundação Calouste Gulbenkian. 6ª Edição. Lisboa, 2011.
•   American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-IV-TR. 4.ed. rev.. Climepsi Editores, 2002.
•   Baptista , A. (1999) . Eficácia e disseminação dos programas psicológicos de tratamento. O desafio actual. Revista de Humanidades e Tecnologias, 1, 52 - 61
•   BAPTISTA, Américo, CARVALHO, Marina e LORY, Fátima. O medo, a ansiedade e as suas perturbações. Psicologia, 2005, vol.19, no.1-2, p.267-277. ISSN 0874-2049.
•   Baumgart, A. Lecciones Introductorias de Psicopatologia. 2ª edição. Buenos Aires: Eudeba, 2006.
•   Blanc, N, Le concept de Représentation en Psychologie. In Press, 2006.
•   Bloch, S. Uma Introdução às Psicoterapias. Manuais Universitários. Climepsi Editores, 1999.
•   Cordioli, A. TOC – Manual da terapia cognitivo-comportamental para o transtorno obsessivo-compulsivo. Porto Alegre: Artmed, 2007.
•   Cordioli, A. A terapia cognitivo-comportamental no transtorno obsessivo-compulsivo. Revista Brasileira de Psiquiatria 2008; 30 (Supl II):S65-72
•   Cordioli, A.; Kipper, L. & Sousa, M. Neurobiologia do Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Rev Bras Psiquiatria, 2002
•   Debray, Q., Nollet, D., Les Personnalités Pathologiques. Approche Cognitive et Thérapeutique. Masson. 1998.
•   Ferrão, Y., Chacon, P., Fontenelle, L., Gonzáles, C., Hoexter, M., Petribu, K., Prado, H., et al. (2009). Autoria: Associação Brasileira de Psiquiatria. projetodiretrizes.org.br, 1-23. Retrieved
    from http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/diretrizes/75.pdf
•   Fish, F. Psicopatologia Clínica – Sinais e Sintomas em Psiquiatria. 3ªedição
•   Frances, A., Ross, R., DSM-IV Casos Clínicos – Guia para o Diagnóstico diferencial. Climepsi Editores, 1999.
•   Freud, S., La prédisposition à la Névrose Obsessionnelle (1913). PUF – Paris, 1973
•   Gleitman, H., Fridlund, A. J., & Reisberg, D. (2009). Psicologia (8th ed.). Fundação Calouste Gulbenkian.
•   Janet, P., Les Névroses (1909). Ernest Flammarion Editeur (1919)
•   Houzel, D., Dictionnaire de Psychopatologie de l’enfant et de l’Adolescent. PUF, 2000.
•   Leigton, A. Caring for Mentally Ill People – Psychological and Social Barriers in Historical Context. Cambridge University Press, 1982
•   Lyoo, I.K.,Lee, D. W., Kim, Y. S., Patterns of Temperament and Character In subjects with obsessive-Compulsive disorder. Journal of Clinical Psychiatry. 2001.
•   Maia, D. Psicopatologia das perturbações obsessivo-compulsivas. Hospital de Magalhães Lemos. Porto, 2007
•   Mannoni, P., La Psychopatologie Collective. PUF. 1997.
•   Mataix-Cols, D., Campos, M., Leckman, J.F., A Multidimensional Modelo of Obsessive-Compulsive disorder. American Journal of Psychiatry. 2005.
•   NIEDERAUER, Kátia Gomes et al. Qualidade de vida em indivíduos com transtorno obsessivo-compulsivo: revisão da literatura. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2007, vol.29, n.3
    [cited 2011-10-23], pp. 271-278 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462007000300015&lng=en&nrm=iso>. Epub June 27, 2007. ISSN
    1516-4446. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462006005000050.
•   Petot, D., L’évaluation Clinique en Psychopatologie de l’enfant. Dunod. 2003.
•   Pewzner, E., Introduction à la Psychopatologie de L’adulte. PUF. 1995.
•   Postel, J., Dictionnaire de Psychiatrie et de la Psychopatologie Clinique. Larousse. 2003.
•   Rosario-Campos, M. C., Miguel, E. C., Quatrano, S., Chacon, P., Ferrao, Y., Findley, D., Katsovich, L., et al. (2006). The Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (DY-BOCS):
    an instrument for assessing obsessive-compulsive symptom dimensions. Molecular Psychiatry, 11(5), 495-504. Retrieved from http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16432526
•   Ruiloba, V. Estados Obsessivos. 2ª ed. Masson: Barcelona, 1995
•   Sauteraud, A., Comprendre et soigner les Troubles Obsessionels Compulsifs. Odile Jacob, 2005.
•   Scharfetter, C. Introdução à Psicopatologia Geral. 3ª Edição. Manuais Universitários 1. Climepsi Editores, 2005.
•   Teixeira, J. M. (2010). Existe um modelo neurobiológico da Perturbação. Saúde Mental, XII(6), 7-11. Retrieved from http://www.saude-mental.net/pdf/vol12_rev6_editorial.pdf
•   Torres, A., Shavitt, R., Miguel, E., Fontenelle, L., Diniz, JD, Belotto, C., Braga, D., et al. (2009). Transtorno Obsessivo Compulsivo: Tratamento. Directrizes Clínicas na Saúde
    Complementar, Directrize, 1-23. Retrieved from http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/diretrizes/75.pdf
•   Treichler, M., Psychopatologie et vie Quotidienne: Crises et maladies du corps et de l’âme. Aethera, 2005.
Obrigada
   Ana Sofia Costa 21001430
   Anabela Pereira 20094184
      Gina Santos 20090046

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POC - Perturbação Obsessivo-Compulsiva

  • 1. Perturbação Obsessivo- Compulsiva Ana Sofia Costa 21001430 Anabela Pereira 20094184 Gina Santos 20090046 Universidade Lusófona Unidade Curricular: Psicopatologia Mestre: João Taborda
  • 2. Psicopatologia • A designação psicopatologia tem a sua origem na medicina psiquiátrica e adquire o seu atual significado, na primeira metade do séc. XX, sob o impulso de Karl Jaspers, desde então, uma ciência auxiliar da medicina. • A psicopatologia, também designada por Psicologia da Anormalidade, é definida como a ciência que estuda os diversos estados mentais patológicos, com pouco em comum, exceto o sofrimento, cujas manifestações de comportamentos e práticas indiciam estados mentais anormais, que perturbam os outros e que implicam um afastamento, mais ou menos persistente, do funcionamento psicológico normal (Abreu, 2008).
  • 3. Psicopatologia • Fatores genéticos, situações traumáticas, doenças infeciosas, má nutrição, doenças degenerativas do foro psicológico, bem como de influências sociais e culturais, poderão propiciar este diverso conjunto de situações comportamentais anormais que, regra geral, causam estados de angústia e incapacitam grave e recorrentemente o funcionamento do indivíduo.
  • 4. POC – DSM IV-TR • O DSM IV-TR define a POC da seguinte forma: “As características essenciais da Perturbação Obsessiva Compulsiva são obsessões ou compulsões recorrentes, suficientemente graves para acarretar perda de tempo (mais de uma hora por dia) ou um sentimento marcado pelo sofrimento ou uma deficiência importante. A um certo nível da evolução da perturbação a pessoa reconhece que as obsessões ou as compulsões são excessivas ou não razoáveis…”
  • 5. Perturbação ansiosa • Pertence à categoria das perturbações da ansiedade • Como, por exemplo: – Perturbação de Pânico e Agorafobia – Ansiedade Generalizada – Fobia Social – Pós-estresse traumático – Fobias específicas
  • 6. Origem • Pânico (crises) acompanhado ou não de agorafobia • Ansiedade generalizada • Fobia social • Fobia específica, uma situação ou algo em particular • Perturbação do pós-estresse traumático • Perturbação ansiosa devido à toxicomania
  • 7. POC • Presença de obsessões e/ou compulsões • Obsessão: pensamento, impulso ou imagem mental, recorrente e persistente, intrusivo e inapropriado, causando ansiedade ou mal- estar intenso • Compulsão: comportamento ou acto mental repetitivo a que a pessoa se sente compelida
  • 8. As Obsessões/Compulsões/rituais • São a componente visível da POC… ou não: – Rituais comportamentais – Rituais mentais • São sempre comportamentos protectores – destinam-se a evitar uma tragédia e/ou a ansiedade derivada dos pensamentos obsessivos
  • 9. Obsessões • A contaminação, • A dúvida constante • Ordem • Obsessões religiosas • Agressividade • Obsessões sexuais
  • 10. Compulsões • Limpeza/lavagem • Verificações • Ordem / Arrumação • Acumulação • Associam-se os tipos de comportamentos compulsivos que se podem retratar por: – Jogo (patológico) – Atividade Física (Vigorexia) – Compras (Shopholic) – Trabalho (Workaholic) – Comer (transtorno Alimentar)
  • 11. Comportamento • O comportamento destes indivíduos é rígido, inflexível, têm falta de flexibilização adaptativa, híper conscientes, amantes da ordem e disciplina, perseverantes face ao imprevisto, mas, perante uma situação de estresse ou solicitação excessiva facilmente se transformam em comportamentos rituais
  • 12. Comportamento • Surgem pensamentos assustadores e repetitivos a propósito de um tema • Geram uma ansiedade muito elevada • Executam comportamentos que, de alguma forma, acalmam • Não existe controlo nem sobre os pensamentos que o/a invadem, nem sobre os comportamentos
  • 13. Evolução • Não há uma causa única mas pesquisas sugerem uma implicação de problemas de comunicação entre a parte frontal do cérebro (córtex orbital) e as estruturas profundas dos gânglios basais. • Acredita-se que um nível insuficiente da serotonina predomine na POC. • Por volta dos 3 anos de idade surgem rituais que ainda não anunciam nevrose obsessiva. As primeiras manifestações da perturbação são diversas e pouco características, aparecem geralmente cerca de seis ou sete anos mais tarde. Por essa altura destacam-se dos rituais como o deitar, alimentação, defecação, algumas ideias obsessivas, como por exemplo a morte.
  • 14. Prognóstico • Os pacientes passíveis de um prognóstico favorável são indivíduos nos quais se detetam os três elementos seguintes: – Intervalo de tempo relativamente curto entre o aparecimento dos sintomas e o início do tratamento; – Personalidade pré mórbida adequada, ou seja, não apresentando perturbações importantes da personalidade; – Quadro sintomático ligeiro, ou seja, sintomas mais fóbicos e de “ruminação” com ausência de compulsões .
  • 15. Etiologia ou Padrão Familiar • A questão da predisposição genética ainda não está devidamente esclarecida. certos estudos tendem a demonstrar que este poderia ter um papel tendo em conta que “… a taxa de concordância para a POC é mais elevada nos gémeos monozigotos que nos gémeos dizigotos” (DSM-IV-TR, 2002). • Quanto aos fatores constitucionais estudados a partir de ligações familiares, parece que “…a taxa da POC nos familiares biológicos de primeiro grau com POC é mais elevada que na população em geral” (DSM-IV- TR, 2002). • Segundo o DSM-IV-TR a manifestação da POC em familiares biológicos e em primeiro grau é mais provável do que na população em geral.
  • 16. Critérios de Diagnóstico – DSM IV-TR • A. Obsessões ou compulsões: • Obsessões, definidas por (1), (2), (3) e (4): • 1) pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes, que são experimentados, durante algum período da perturbação, como intrusivos e inapropriados e que provocam ansiedade ou mal-estar intensos; • 2) pensamentos, impulsos ou imagens que não são simplesmente preocupações excessivas com problemas acerca de problemas reais de vida; • 3) a pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens, ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação; • 4) a pessoa reconhece que os pensamentos obsessivos, impulsos ou imagens obsessivas são produto da sua mente (não impostos do exterior, como na inserção de pensamentos);
  • 17. Critérios de Diagnóstico DSM IV-TR • Compulsões, definidas por (1) e (2): • 1) comportamentos repetitivos (por exemplo, lavagem das mãos, ordenações, verificações) ou atos mentais (por exemplo, rezar, contar, repetir palavras mentalmente) que as pessoas se sentem compelidas a executar em resposta a uma obsessão, ou de acordo com regras que devem ser aplicadas de modo rígido; • 2) os comportamentos ou atos mentais têm como objetivo evitar ou reduzir o mal-estar ou prevenir algum acontecimento ou situação temidos; contudo, estes comportamentos ou atos mentais ou não estão ligados de um modo realista com o que pretendem neutralizar ou evitar, ou são claramente excessivos;
  • 18. Intervenção • Terapia Cognitivo-comportamental – Entrevista semi-estruturada – Aplicação de escalas: Y-BOCS – Escala de sintomas obsessivo-compulsivos de Yale-Brown; IOC-R – inventário obsessivo-compulsivo revisto; WBSI - White Bear Suppression Inventory para verificar a supressão de pensamentos; – QAPAD – Questionário de Autoavaliação das Perturbações da Ansiedade
  • 19. Intervenção – continuação TCC – Psico-educação – Terapia familiar – Técnica EPR (exposição e prevenção de rituais) – Exercícios diários – Técnicas cognitivas – Terapia em grupo
  • 20. Farmacologia • Os tratamentos farmacológicos de primeira linha são os inibidores de recaptação de serotonina (IRS), classe de medicamentos antidepressivos que inclui os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) e a clomipramina (tricíclico). A eficácia dos medicamentos contribui para uma redução de 35% na escalaY-BOCS • Recomendada por um psiquiatra ou médico de família / clínica geral
  • 21. Acompanhamento e Recidivas • À medida que o paciente vai melhorando deve propor-se um espaçamento maior entre as consultas. • Uma vez que a POC é uma perturbação com grande probabilidade de recidivas, é necessário desenvolver com o paciente técnicas para prevenir uma nova crise. • É normal a existência de episódios isolados de curta duração, que poderão ocorrer por distração ou falha na estratégia de autocontrolo. • É necessário explicar ao paciente a possibilidade destes acontecimentos e orientá-lo no treino de estratégias de prevenção de recidivas e acompanha-lo se possível em sessões esporádicas após o final da terapia
  • 22. Estratégias de Prevenção de Recidivas – Identificar as situações internas (psicológicas) ou externas (ambiente, objetos) de risco para a realização de rituais; – Preparar estratégias para lidar adequadamente com as situações de risco e evitar as recaídas; – Identificar os pensamentos automáticos ativados nas situações de risco e questionar se são válidos; – Prevenção das consequências de ter cometido um lapso; – Fazer revisões periódicas dos sintomas com o terapeuta e avisar o terapeuta caso tenham surgido recidivas; – Se o paciente utilizar medicamentos só os deve suspender mediante informação médica; – Estar sempre atualizado sobre a sua doença.
  • 23. Conclusões Principais • A POC é um fenómeno complexo que se pode manifestar de diversas maneiras. • Deve-se modificar o sentimento de vergonha ligado à tomada de consciência • Verifica-se um maior sucesso na complementaridade de ambas as terapias, psicoterapia e farmacologia para o sucesso do paciente; • Os obsessivo-compulsivos por norma têm noção de que os seus comportamentos não são normais, possibilitando a aceitação da doença e possibilitarem assim o seu tratamento; • Deve-se partir do princípio que o apoio familiar é deveras importante, quer para o doente, quer para o ambiente familiar.
  • 24. Referencias Bibliográficas • Abreu, José Luis Piu. In Introdução à Psicopatologia Compreensiva. Fundação Calouste Gulbenkian. 6ª Edição. Lisboa, 2011. • American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-IV-TR. 4.ed. rev.. Climepsi Editores, 2002. • Baptista , A. (1999) . Eficácia e disseminação dos programas psicológicos de tratamento. O desafio actual. Revista de Humanidades e Tecnologias, 1, 52 - 61 • BAPTISTA, Américo, CARVALHO, Marina e LORY, Fátima. O medo, a ansiedade e as suas perturbações. Psicologia, 2005, vol.19, no.1-2, p.267-277. ISSN 0874-2049. • Baumgart, A. Lecciones Introductorias de Psicopatologia. 2ª edição. Buenos Aires: Eudeba, 2006. • Blanc, N, Le concept de Représentation en Psychologie. In Press, 2006. • Bloch, S. Uma Introdução às Psicoterapias. Manuais Universitários. Climepsi Editores, 1999. • Cordioli, A. TOC – Manual da terapia cognitivo-comportamental para o transtorno obsessivo-compulsivo. Porto Alegre: Artmed, 2007. • Cordioli, A. A terapia cognitivo-comportamental no transtorno obsessivo-compulsivo. Revista Brasileira de Psiquiatria 2008; 30 (Supl II):S65-72 • Cordioli, A.; Kipper, L. & Sousa, M. Neurobiologia do Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Rev Bras Psiquiatria, 2002 • Debray, Q., Nollet, D., Les Personnalités Pathologiques. Approche Cognitive et Thérapeutique. Masson. 1998. • Ferrão, Y., Chacon, P., Fontenelle, L., Gonzáles, C., Hoexter, M., Petribu, K., Prado, H., et al. (2009). Autoria: Associação Brasileira de Psiquiatria. projetodiretrizes.org.br, 1-23. Retrieved from http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/diretrizes/75.pdf • Fish, F. Psicopatologia Clínica – Sinais e Sintomas em Psiquiatria. 3ªedição • Frances, A., Ross, R., DSM-IV Casos Clínicos – Guia para o Diagnóstico diferencial. Climepsi Editores, 1999. • Freud, S., La prédisposition à la Névrose Obsessionnelle (1913). PUF – Paris, 1973 • Gleitman, H., Fridlund, A. J., & Reisberg, D. (2009). Psicologia (8th ed.). Fundação Calouste Gulbenkian. • Janet, P., Les Névroses (1909). Ernest Flammarion Editeur (1919) • Houzel, D., Dictionnaire de Psychopatologie de l’enfant et de l’Adolescent. PUF, 2000. • Leigton, A. Caring for Mentally Ill People – Psychological and Social Barriers in Historical Context. Cambridge University Press, 1982 • Lyoo, I.K.,Lee, D. W., Kim, Y. S., Patterns of Temperament and Character In subjects with obsessive-Compulsive disorder. Journal of Clinical Psychiatry. 2001. • Maia, D. Psicopatologia das perturbações obsessivo-compulsivas. Hospital de Magalhães Lemos. Porto, 2007 • Mannoni, P., La Psychopatologie Collective. PUF. 1997. • Mataix-Cols, D., Campos, M., Leckman, J.F., A Multidimensional Modelo of Obsessive-Compulsive disorder. American Journal of Psychiatry. 2005. • NIEDERAUER, Kátia Gomes et al. Qualidade de vida em indivíduos com transtorno obsessivo-compulsivo: revisão da literatura. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2007, vol.29, n.3 [cited 2011-10-23], pp. 271-278 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462007000300015&lng=en&nrm=iso>. Epub June 27, 2007. ISSN 1516-4446. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462006005000050. • Petot, D., L’évaluation Clinique en Psychopatologie de l’enfant. Dunod. 2003. • Pewzner, E., Introduction à la Psychopatologie de L’adulte. PUF. 1995. • Postel, J., Dictionnaire de Psychiatrie et de la Psychopatologie Clinique. Larousse. 2003. • Rosario-Campos, M. C., Miguel, E. C., Quatrano, S., Chacon, P., Ferrao, Y., Findley, D., Katsovich, L., et al. (2006). The Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (DY-BOCS): an instrument for assessing obsessive-compulsive symptom dimensions. Molecular Psychiatry, 11(5), 495-504. Retrieved from http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16432526 • Ruiloba, V. Estados Obsessivos. 2ª ed. Masson: Barcelona, 1995 • Sauteraud, A., Comprendre et soigner les Troubles Obsessionels Compulsifs. Odile Jacob, 2005. • Scharfetter, C. Introdução à Psicopatologia Geral. 3ª Edição. Manuais Universitários 1. Climepsi Editores, 2005. • Teixeira, J. M. (2010). Existe um modelo neurobiológico da Perturbação. Saúde Mental, XII(6), 7-11. Retrieved from http://www.saude-mental.net/pdf/vol12_rev6_editorial.pdf • Torres, A., Shavitt, R., Miguel, E., Fontenelle, L., Diniz, JD, Belotto, C., Braga, D., et al. (2009). Transtorno Obsessivo Compulsivo: Tratamento. Directrizes Clínicas na Saúde Complementar, Directrize, 1-23. Retrieved from http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/diretrizes/75.pdf • Treichler, M., Psychopatologie et vie Quotidienne: Crises et maladies du corps et de l’âme. Aethera, 2005.
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