SlideShare a Scribd company logo
1 of 28
Caderneta de
   Saúde

      da
Pessoa Idosa
Introdução

        O envelhecimento é um processo universal, marcado por
mudanças biopsicossociais específicas e associado à passagem do
tempo. É um fenômeno inerente ao processo da vida, que varia de
indivíduo para indivíduo, de acordo com sua genética, seus hábitos de
vida e seu meio ambiente.

        Envelhecer não significa necessariamente adoecer. Um indivíduo
pode envelhecer de forma natural, convivendo bem com as limitações
imposta pelo passar dos anos e mantendo-se ativo até as fases mais
tardias da vida.
1ª Parte: Apresentação

• Por que uma caderneta de saúde para a pessoa idosa?

        O número de idosos vem aumentando cada vez mais no Brasil,
paralelo à uma transformação no perfil das doenças na população, com
aumento de doenças próprias do envelhecimento, que costumam ser
crônicas e múltiplas.

-Quando a caderneta deve ser preenchida e por quem?

        A caderneta deve ser preenchida no momento da realização da
visita domiciliar, onde haja um morador com 60 anos ou mais de idade,
pelos Agentes Comunitários de Saúde, ou na unidade de saúde quando a
pessoa for se consultar, por qualquer profissional da Equipe.
Função da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa:

         Propiciar um levantamento periódico de determinadas condições
do indivíduo idoso e de outros aspectos que possam interferir no seu bem
estar.

         Antes do adoecimento orgânico, a pessoa idosa apresenta alguns
sinais de risco e é função do profissional de saúde, por meio do registro na
caderneta, identificar esses sinais para que as ações possam ser
assumidas de maneira precoce, contribuindo não apenas para a melhoria
da qualidade de vida individual, mas também para uma saúde pública mais
consciente e eficaz.
•Idosos independentes:

         Pessoas idosas que mesmo sendo portadoras de alguma doença ( as
mais comuns são hipertensão arterial e diabetes) se mantêm ativas no ambiente
familiar e no meio social.



•Idosos frágeis ou em processo de fragilização:

         São aquelas pessoas que, por qualquer razão, apresentam determinadas
condições que podem ser identificadas pelos profissionais de saúde.



•OBS: o objetivo da caderneta é justamente identificar esse último grupo para
que sejam priorizadas as ações de recuperação, de promoção e de atenção,
evitando, com isso, a piora do quadro apresentado.
O preenchimento da caderneta deve ser realizado a partir da própria
fala do indivíduo.

        Todo profissional de saúde deve resguardar a privacidade do
idoso, deixando-o à vontade para responder o que lhe for conveniente.
Isso porque a caderneta é um documento que a pessoa deve sempre
carregar consigo e que pode, eventualmente, ser acessado por outras
pessoas.
2ª Parte: Minha Identificação

•Busca identificar o portador da caderneta;

•Alerta ao prejuízo emocional e outros transtornos familiares perante a
perda do cônjuge;

•No preenchimento da escolaridade , caso o idoso não saiba exatamente
quantos anos tem o estudo, o profissional deverá auxiliá-lo, tendo como
referência:

        -até 4 anos refere-se ao período do antigo primário,

        -de 4 a 8 anos atual ensino fundamental (antigo ginásio);

        -mais de 8 anos atual ensino médio (antigo clássico, científico ou
normal);

        -faculdade e pós-graduação
A ocupação antes de aposentar, a aposentadoria e a ocupação
após a aposentadoria     são tópicos importantes, pois quando ocorre
defasagem entre a ocupação anterior e a atual, principalmente financeira,
desencadeia-se um processo de insatisfação e inconformismo que
repercute negativamente no indivíduo. Além disso a aposentadoria pode
trazer algumas características marcantes nos idosos em nosso País
como, por exemplo, a inatividade.

       Hábitos prejudiciais à saúde, como o fumo, o álcool e o
sedentarismo, são alguns dos responsáveis por sintomas e doenças
surgidos na idade avançada. Por isso devem ser investigados para serem
orientados e incentivo a adoção de modos saudáveis de vida.

       Indivíduo com mais de 75 anos já é considerado idoso frágil.
Comentários aos itens 3, 4, e 5:

Busca-se nestes itens, auxiliar a existência de uma rede de apoio, seja
intrafamiliar seja na comunidade onde vive.
Diversos pesquisadores notaram que portadores de enfermidades
tão diversas como hipertensão arterial, depressão e tuberculose, e ainda
vítimas de acidentes relatavam    com maior frequência o fato de não
estarem (ou não se sentirem) inseridos em uma rede de apoio mútuo, ou
ainda terem experimentado em maior grau de perdas importantes de laços
sociais (CHOR et al. 2001).

        No espaço da observação, deverá ser registrado se existe alguma
limitação para locomoção, assim como o tipo de auxílio que o idoso
necessita. Essas informações são elementos essenciais para compor um
diagnóstico de seu risco social e conhecer seu grau de independência
para as atividades diárias (AVDs). Se o idoso mora sozinho ou se já
recebe algum tipo de cuidador deve ser considerado frágil ou em processo
de fragilização.
Comentário ao item 6:




A autopercepção da saúde por parte das pessoas idosas é um importante
indicador de risco.
•Este item deve ser preenchido a cada 6 (seis) meses, possibilitando então,
o acompanhamento da percepção do idoso diante de sua saúde.
•Aquela pessoa que considera seu estado como sendo ruim ou muito ruim
tem, efetivamente, maior risco de agravos sérios em saúde e é considerada
pessoa idosa frágil ou pessoa em processo de fragilização.
Comentário ao item 7:




         O idoso deve preencher, com suas próprias palavras,
aquilo que idoso julgar ser um “problema de saúde” entrará nesse
item, independente de ser um sinal, sintoma(ex:. Dor nas costas)
ou uma doença, propriamente dita.
       Toda pessoa que relatar cinco ou mais “doenças” será
considerada frágil ou em processo de fragilização.
Comentário ao item 8:




• A utilização de medicamentos em pessoas com mais de 60 anos ou
mais deve ser sempre uma preocupação do profissional de saúde.
• A própria fisiologia da pessoa idosa faz com     que o uso de
medicamentos seja fator de risco.
• O profissional deve observar a cada consulta os medicamentos que
o idoso está usando para evitar a iatrogenia medicamentosa.


         O indivíduo que referir o uso de cinco ou mais
medicamentos será considerado frágil ou em processo de
fragilização.
9 Mais informações importante
        9.1 Internações




DÚVIDA: PREENCHER NO QUADRADINHO O NÚMERO DE INTERNAÇÕES
OU O MÊS?
• Nos espaços das observações devem ser anotados relatos de internações
(inclusive aquelas ocorridas antes de 2004), identificando o mês e o motivo da
internação.
• O conhecimento destes dados permite planejar estratégias de saúde para
prevenir novas internações.
•A internação hospitalar por qualquer motivo é um indicador de risco.
•Internação hospitalar: aquela que a pessoa fica no hospital por um período de 72
horas (três dias) ou mais.
        O indivíduo que referir uma ou mais internação no período de um
ano será considerado frágil ou em processo de fragilização.
9.2 Ocorrência de quedas




MESMA DÚVIDA DO ITEM ANTERIOR?
• No espaço das observações devem ser anotados relatos de
quedas ocorridas (inclusive antes de 2004) e se a queda referida
teve alguma repercussão na saúde da pessoa, como por exemplo,
se ela deixou de fazer alguma atividade após o episódio da queda.
Causas de quedas:
•   Fatores intrínsecos:
1. Perda da acuidade visual – catarata, glaucoma, degeneração de mácula, uso de
   lentes multifocais, etc.;
2. Uso de medicamentos – psicoativos e cardiológicos;
3. Pessoas em uso de quatro ou mais medicamentos;
4. Condições médicas específicas – doença cardiovascular, demências, déficit
   cognitvos, problemas de labirinto, etc.;
5. Osteoporose, principalmente em mulheres pós-menopausa;
6. Atrofia muscular e osteoartrose;
7. Perda de acuidade auditiva;
8. Sedentarismo;
9. Deficiências nutricionais;
10. Condições psicológicas – depressão, medo de cair (mais de 50% das pessoas que
    relatam medo de cair restringem ou eliminam por completo o contato social e a
    atividade física);
11. Diabetes;
•   Fatores extrínsecos:
1. Riscos ambientais – má iluminação, chão escorregadio, uso de tapetes não
   aderentes, animais domésticos, etc;
2. Uso inadequado de sapatos e de roupas;
3. Uso inadequado de aparelhos de auxílio à locomoção ( bengala, andadores,
   etc).
    Conhecendo os fatores que podem causar uma queda, o profissional de saúde
    poderá planejar estratégias para prevenir que esta aconteça.
    Independente da causa da queda, aquele indivíduo que referir ter caído
    duas ou mais vezes no mesmo ano será considerado frágil ou em
    processo de fragilização.
Comentário ao item 9.3:




          Este item não define propriamente a pessoa idosa frágil ou em processo
de fragilização. No entanto, é importante constar na caderneta, pois é uma
informação útil principalmente quando a pessoa idosa necessita de um
atendimento de urgência e não se encontra em condições de consciência para
responder a essa pergunta.
Comentário ao item 10:
Neste item, alguns lembretes importantes são ressaltados para que o (a) idoso
(a) não os esqueça, com:
• benefícios do envelhecimento ativo e bem sucedido;
• com hábitos saudáveis de vida;
• manutenção de uma atividade social e sexual ativa, sempre que possível,
• tendo como parceiros desse envelhecimento bem sucedido os profissionais de saúde.
______________________________________________________________________


•O profissional deve ressaltar a importância da Caderneta de Saúde ser apresentada
sempre no momento da consulta ou em casos de emergência/urgência.
•O ideal é que a pessoa seja estimulada a portar sempre a caderneta de saúde, na (o)
bolsa (o).
• O profissional deve verificar em toda consulta se as vacinas estão em dia e orientar o
idoso sobre a importância da vacinação enquanto prevenção.
Comentário ao item 11:




        Nesse item cabe ao profissional chamar atenção para as informações que
podem ser úteis tanto para a pessoa idosa como para seus familiares.
Comentário ao item 12:




          Este espaço da Caderneta de Saúde é útil para lembrar ao idoso as consultas
marcadas. Para o profissional de saúde, este item apresenta importantes dados, como a
frequência de atendimentos de saúde, as clínicas onde o idoso está sendo assistido, assim
como os profissionais envolvidos na assistência desse idoso, facilitando inclusive a interação
entre os diversos profissionais (interdisciplinaridade).
           O preenchimento do Tipo de Atendimento se refere à clínica (exemplo:
cardiologia, Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Geriatria, Neurologia, Nutrição,
Serviço Social, etc). O Nome do Profissional se refere ao profissional que prestou ou
prestará assistência ao idoso.
Comentário aos itens 13, 14 e 15:




 O acompanhamento e o controle da hipertensão arterial e do diabetes mellitus no
âmbito da atenção básica poderá evitar o surgimento e a progressão das
complicações, reduzindo o número de internações hospitalares, bem como a
mortalidade devido a esses agravos.
• O controle de peso merece uma atenção especial, uma vez que o sobrepeso é um
importante fator de risco para uma série de doenças, em especial as do aparelho
circulatório e osteoarticular do idoso. Já a perda ponderal é muito comum na doença
neoplásica, que atualmente apresenta números crescentes na população idosa.
•A aferição da pressão arterial, do peso e da glicemia deverá ser realizada em toda
consulta, quando possível, e registrada na caderneta. Estes dados podem ser
importantes indicadores do início de alguma alteração, possibilitando então uma
atuação precoce.
Comentário ao item 16:




        Este espaço é para o preenchimento de outras informações
que o idoso julgar importantes
Comentário ao item 17:
         Identificando a pessoa idosa frágil ou em processo de fragilização


          Ao final do preenchimento da Caderneta de Saúde será possível
identificar aquele indivíduo idoso que já se encontra fragilizado ou que está em
processo de fragilização.
 - Idoso frágil: aquele que apresenta algum tipo de debilidade ou alguma
condição que lhe afeta o vigor físico e/ou mental.
• Os profissionais de saúde devem organizar ações específicas que tenham
como objetivo final reverter parcial ou totalmente o quadro de debilidade e
possibilitar a essa pessoa um maior grau de independência e autonomia ou, em
casos mais severos, dar condições dignas para que elas continuem vivendo.
• Uma vez identificados, esses indivíduos devem ser referenciados à Unidade de
Saúde, de preferência por agendamento, para que sejam submetidos a uma
avaliação mais detalhada sobre seu estado de saúde e por conseguinte, a uma
organização de ações específicas de recuperação, promoção e atenção.
Cabe ressaltar que uma maior atenção e prioridade de agendamento devem ser
dadas para os (as) idosos (as) que apresentarem os seguintes dados:
• queda ou internação nos últimos seis meses;
• Diabético e/ou hipertenso sem acompanhamento;
• paciente que não faz acompanhamento regular de saúde;
• idoso que fica sozinho e que tem várias doenças crônicas, referindo-se ao seu
estado de saúde como ruim ou muito ruim.
          Estes casos devem ser priorizados pelo fato de implicarem um maior
risco de incapacidades e mortalidade.

More Related Content

What's hot

Conceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatriaConceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatria
Madaisa Sousa
 
Aula 2 cuidados de saúde do idoso (2)
Aula 2   cuidados de saúde do idoso (2)Aula 2   cuidados de saúde do idoso (2)
Aula 2 cuidados de saúde do idoso (2)
Tania Jesus
 
Apresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaApresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletiva
Carla Couto
 
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociaisO papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
Alinebrauna Brauna
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
Stefane Rayane
 

What's hot (20)

Enfermagem em Geriatria Saúde do Idoso
Enfermagem em Geriatria   Saúde do IdosoEnfermagem em Geriatria   Saúde do Idoso
Enfermagem em Geriatria Saúde do Idoso
 
Conceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatriaConceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatria
 
Paisc
PaiscPaisc
Paisc
 
Enfermagem atencao saude idoso
Enfermagem atencao saude idosoEnfermagem atencao saude idoso
Enfermagem atencao saude idoso
 
Saúde do Idoso
Saúde do IdosoSaúde do Idoso
Saúde do Idoso
 
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptxSAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
 
Saúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A QuedaSaúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A Queda
 
Aula 2 cuidados de saúde do idoso (2)
Aula 2   cuidados de saúde do idoso (2)Aula 2   cuidados de saúde do idoso (2)
Aula 2 cuidados de saúde do idoso (2)
 
Apresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaApresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletiva
 
SAÚDE DA CRIANÇA: ENFERMAGEM
SAÚDE DA CRIANÇA: ENFERMAGEMSAÚDE DA CRIANÇA: ENFERMAGEM
SAÚDE DA CRIANÇA: ENFERMAGEM
 
Promoção a-saúde-do-idoso
Promoção a-saúde-do-idosoPromoção a-saúde-do-idoso
Promoção a-saúde-do-idoso
 
O Idoso, Suas Teorias e as Principais Modificações da Terceira Idade
O Idoso, Suas Teorias e as Principais Modificações da Terceira IdadeO Idoso, Suas Teorias e as Principais Modificações da Terceira Idade
O Idoso, Suas Teorias e as Principais Modificações da Terceira Idade
 
Saúde do adulto e do idoso.pdf
Saúde do adulto e do idoso.pdfSaúde do adulto e do idoso.pdf
Saúde do adulto e do idoso.pdf
 
PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER
PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER
PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER
 
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociaisO papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
 
Enfermagem psiquiatrica
Enfermagem psiquiatricaEnfermagem psiquiatrica
Enfermagem psiquiatrica
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
 
Cuidador de Idoso
Cuidador de Idoso Cuidador de Idoso
Cuidador de Idoso
 
Aula sobre segurança do paciente no cuidado da pessoa idosa
Aula sobre segurança do paciente no cuidado da pessoa idosaAula sobre segurança do paciente no cuidado da pessoa idosa
Aula sobre segurança do paciente no cuidado da pessoa idosa
 

Viewers also liked

Apresentação caderneta 2009.1
Apresentação caderneta 2009.1Apresentação caderneta 2009.1
Apresentação caderneta 2009.1
Anna Paula Tenorio
 
Apresentação censo2010 sinopse e resultados preliminares do universo - 29 a...
Apresentação censo2010   sinopse e resultados preliminares do universo - 29 a...Apresentação censo2010   sinopse e resultados preliminares do universo - 29 a...
Apresentação censo2010 sinopse e resultados preliminares do universo - 29 a...
Jose Aldemir Freire
 
Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento
Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimentoAtenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento
Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento
jardelf
 

Viewers also liked (20)

Apresentação caderneta 2009.1
Apresentação caderneta 2009.1Apresentação caderneta 2009.1
Apresentação caderneta 2009.1
 
Vacina No Idoso
Vacina No IdosoVacina No Idoso
Vacina No Idoso
 
Bem estar subjetivo de idosos de ILPI
Bem estar subjetivo de idosos de ILPIBem estar subjetivo de idosos de ILPI
Bem estar subjetivo de idosos de ILPI
 
Projeto +60: Pesquisa SABE
Projeto +60: Pesquisa SABEProjeto +60: Pesquisa SABE
Projeto +60: Pesquisa SABE
 
Relatório atividades-2007-SERTE
Relatório atividades-2007-SERTERelatório atividades-2007-SERTE
Relatório atividades-2007-SERTE
 
Apresentação censo2010 sinopse e resultados preliminares do universo - 29 a...
Apresentação censo2010   sinopse e resultados preliminares do universo - 29 a...Apresentação censo2010   sinopse e resultados preliminares do universo - 29 a...
Apresentação censo2010 sinopse e resultados preliminares do universo - 29 a...
 
Caderneta Idoso
Caderneta Idoso Caderneta Idoso
Caderneta Idoso
 
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS - EAE 2 - OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS - EAE 2 - OS 7 DIAS DA CRIAÇÃOREFERENCIA PARA OS ALUNDOS - EAE 2 - OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS - EAE 2 - OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
 
O Idoso Na Sociedade Atual
O Idoso Na Sociedade AtualO Idoso Na Sociedade Atual
O Idoso Na Sociedade Atual
 
Eae 94 - estrutura da aliança
Eae   94 - estrutura da aliançaEae   94 - estrutura da aliança
Eae 94 - estrutura da aliança
 
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aulaEae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
 
Estudo junho reforma íntima www forumespirita net
Estudo junho  reforma íntima www forumespirita netEstudo junho  reforma íntima www forumespirita net
Estudo junho reforma íntima www forumespirita net
 
Relatório das Atividades PSF Emaús
Relatório das Atividades PSF EmaúsRelatório das Atividades PSF Emaús
Relatório das Atividades PSF Emaús
 
AULA 008 EAE DM - INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE REFORMA ÍNTIMA
AULA 008 EAE DM - INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE REFORMA ÍNTIMAAULA 008 EAE DM - INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE REFORMA ÍNTIMA
AULA 008 EAE DM - INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE REFORMA ÍNTIMA
 
Encaminhamento
EncaminhamentoEncaminhamento
Encaminhamento
 
Exemplo - Caderneta Pessoal - Escola de Aprendizes do Evangelho
Exemplo - Caderneta Pessoal - Escola de Aprendizes do EvangelhoExemplo - Caderneta Pessoal - Escola de Aprendizes do Evangelho
Exemplo - Caderneta Pessoal - Escola de Aprendizes do Evangelho
 
Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento
Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimentoAtenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento
Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento
 
Palestra para Agentes Comunitários de Saúde e Cuidadores de Idosos
Palestra para Agentes Comunitários de Saúde e Cuidadores de IdososPalestra para Agentes Comunitários de Saúde e Cuidadores de Idosos
Palestra para Agentes Comunitários de Saúde e Cuidadores de Idosos
 
Programa Academia da Saúde - Informações Básicas
Programa Academia da Saúde - Informações BásicasPrograma Academia da Saúde - Informações Básicas
Programa Academia da Saúde - Informações Básicas
 
Pacto pela saúde sus
Pacto pela saúde   susPacto pela saúde   sus
Pacto pela saúde sus
 

Similar to Apresentando a caderneta do Idoso

Caderneta saude idosa da pessoa idosa - manual de preenchimento
Caderneta saude idosa da pessoa idosa - manual de preenchimentoCaderneta saude idosa da pessoa idosa - manual de preenchimento
Caderneta saude idosa da pessoa idosa - manual de preenchimento
ivone guedes borges
 
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdfCapítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
ssuser1c7b51
 
Um olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhiceUm olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhice
Mónica
 
Um olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhiceUm olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhice
Mónica
 
Desenvolvimento do ciclo de vida - Idosos: perdas de ganhos
Desenvolvimento do ciclo de vida - Idosos: perdas de ganhosDesenvolvimento do ciclo de vida - Idosos: perdas de ganhos
Desenvolvimento do ciclo de vida - Idosos: perdas de ganhos
Jessica Monteiro
 
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIASTest Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
Cuidar de Idosos
 
Outubro_2022 - Envelhecimento saudável e principais direitos do idoso.pptx.pdf
Outubro_2022 - Envelhecimento saudável e principais direitos do idoso.pptx.pdfOutubro_2022 - Envelhecimento saudável e principais direitos do idoso.pptx.pdf
Outubro_2022 - Envelhecimento saudável e principais direitos do idoso.pptx.pdf
FelipeWnsch
 

Similar to Apresentando a caderneta do Idoso (20)

Caderneta saude idosa da pessoa idosa - manual de preenchimento
Caderneta saude idosa da pessoa idosa - manual de preenchimentoCaderneta saude idosa da pessoa idosa - manual de preenchimento
Caderneta saude idosa da pessoa idosa - manual de preenchimento
 
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdfCapítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
 
Envelhecimento
EnvelhecimentoEnvelhecimento
Envelhecimento
 
"Atenção à Saúde do Idoso: Exame Físico"
"Atenção à Saúde do Idoso: Exame Físico""Atenção à Saúde do Idoso: Exame Físico"
"Atenção à Saúde do Idoso: Exame Físico"
 
SLIDE - CUIDADOR DE IDOSO -[4892].pptx
SLIDE - CUIDADOR DE IDOSO -[4892].pptxSLIDE - CUIDADOR DE IDOSO -[4892].pptx
SLIDE - CUIDADOR DE IDOSO -[4892].pptx
 
Projeto +60: Informações da Fiocruz sobre o idoso no Brasil
Projeto +60: Informações da Fiocruz sobre o idoso no BrasilProjeto +60: Informações da Fiocruz sobre o idoso no Brasil
Projeto +60: Informações da Fiocruz sobre o idoso no Brasil
 
Saúde do Idoso.pptx
Saúde do Idoso.pptxSaúde do Idoso.pptx
Saúde do Idoso.pptx
 
Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.
Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.
Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.
 
Saúde na terceira idade, conceitos e fatores.
Saúde na terceira idade, conceitos e fatores.Saúde na terceira idade, conceitos e fatores.
Saúde na terceira idade, conceitos e fatores.
 
Um olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhiceUm olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhice
 
Um olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhiceUm olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhice
 
visão geral- visão geral- V- visão geral
visão geral- visão geral- V- visão geralvisão geral- visão geral- V- visão geral
visão geral- visão geral- V- visão geral
 
5 Essenciais Métodos para Crescimento do Pênis de Forma Natural
5 Essenciais Métodos para Crescimento do Pênis de Forma Natural5 Essenciais Métodos para Crescimento do Pênis de Forma Natural
5 Essenciais Métodos para Crescimento do Pênis de Forma Natural
 
Capa1
Capa1Capa1
Capa1
 
Envelhecimento, saúde e qualidade de vida blumenau
Envelhecimento, saúde e qualidade de vida blumenauEnvelhecimento, saúde e qualidade de vida blumenau
Envelhecimento, saúde e qualidade de vida blumenau
 
Desenvolvimento do ciclo de vida - Idosos: perdas de ganhos
Desenvolvimento do ciclo de vida - Idosos: perdas de ganhosDesenvolvimento do ciclo de vida - Idosos: perdas de ganhos
Desenvolvimento do ciclo de vida - Idosos: perdas de ganhos
 
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIASTest Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
 
Outubro_2022 - Envelhecimento saudável e principais direitos do idoso.pptx.pdf
Outubro_2022 - Envelhecimento saudável e principais direitos do idoso.pptx.pdfOutubro_2022 - Envelhecimento saudável e principais direitos do idoso.pptx.pdf
Outubro_2022 - Envelhecimento saudável e principais direitos do idoso.pptx.pdf
 
AULAS 1,2 E 3 - ALUNOS.pptx
AULAS 1,2 E 3 - ALUNOS.pptxAULAS 1,2 E 3 - ALUNOS.pptx
AULAS 1,2 E 3 - ALUNOS.pptx
 
Introdução à gerontologia.pptx
Introdução à gerontologia.pptxIntrodução à gerontologia.pptx
Introdução à gerontologia.pptx
 

More from Ana Hollanders (7)

Cuidador Infantil
Cuidador Infantil Cuidador Infantil
Cuidador Infantil
 
Farmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagemFarmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagem
 
Envelhecimento
EnvelhecimentoEnvelhecimento
Envelhecimento
 
Ler dort
Ler dort Ler dort
Ler dort
 
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaDPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
 
DST
DSTDST
DST
 
Palestra Primeiros Socorros Básicos
Palestra Primeiros Socorros BásicosPalestra Primeiros Socorros Básicos
Palestra Primeiros Socorros Básicos
 

Recently uploaded

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
Leila Fortes
 

Recently uploaded (10)

aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 

Apresentando a caderneta do Idoso

  • 1. Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa
  • 2. Introdução O envelhecimento é um processo universal, marcado por mudanças biopsicossociais específicas e associado à passagem do tempo. É um fenômeno inerente ao processo da vida, que varia de indivíduo para indivíduo, de acordo com sua genética, seus hábitos de vida e seu meio ambiente. Envelhecer não significa necessariamente adoecer. Um indivíduo pode envelhecer de forma natural, convivendo bem com as limitações imposta pelo passar dos anos e mantendo-se ativo até as fases mais tardias da vida.
  • 3. 1ª Parte: Apresentação • Por que uma caderneta de saúde para a pessoa idosa? O número de idosos vem aumentando cada vez mais no Brasil, paralelo à uma transformação no perfil das doenças na população, com aumento de doenças próprias do envelhecimento, que costumam ser crônicas e múltiplas. -Quando a caderneta deve ser preenchida e por quem? A caderneta deve ser preenchida no momento da realização da visita domiciliar, onde haja um morador com 60 anos ou mais de idade, pelos Agentes Comunitários de Saúde, ou na unidade de saúde quando a pessoa for se consultar, por qualquer profissional da Equipe.
  • 4. Função da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa: Propiciar um levantamento periódico de determinadas condições do indivíduo idoso e de outros aspectos que possam interferir no seu bem estar. Antes do adoecimento orgânico, a pessoa idosa apresenta alguns sinais de risco e é função do profissional de saúde, por meio do registro na caderneta, identificar esses sinais para que as ações possam ser assumidas de maneira precoce, contribuindo não apenas para a melhoria da qualidade de vida individual, mas também para uma saúde pública mais consciente e eficaz.
  • 5. •Idosos independentes: Pessoas idosas que mesmo sendo portadoras de alguma doença ( as mais comuns são hipertensão arterial e diabetes) se mantêm ativas no ambiente familiar e no meio social. •Idosos frágeis ou em processo de fragilização: São aquelas pessoas que, por qualquer razão, apresentam determinadas condições que podem ser identificadas pelos profissionais de saúde. •OBS: o objetivo da caderneta é justamente identificar esse último grupo para que sejam priorizadas as ações de recuperação, de promoção e de atenção, evitando, com isso, a piora do quadro apresentado.
  • 6. O preenchimento da caderneta deve ser realizado a partir da própria fala do indivíduo. Todo profissional de saúde deve resguardar a privacidade do idoso, deixando-o à vontade para responder o que lhe for conveniente. Isso porque a caderneta é um documento que a pessoa deve sempre carregar consigo e que pode, eventualmente, ser acessado por outras pessoas.
  • 7. 2ª Parte: Minha Identificação •Busca identificar o portador da caderneta; •Alerta ao prejuízo emocional e outros transtornos familiares perante a perda do cônjuge; •No preenchimento da escolaridade , caso o idoso não saiba exatamente quantos anos tem o estudo, o profissional deverá auxiliá-lo, tendo como referência: -até 4 anos refere-se ao período do antigo primário, -de 4 a 8 anos atual ensino fundamental (antigo ginásio); -mais de 8 anos atual ensino médio (antigo clássico, científico ou normal); -faculdade e pós-graduação
  • 8.
  • 9. A ocupação antes de aposentar, a aposentadoria e a ocupação após a aposentadoria são tópicos importantes, pois quando ocorre defasagem entre a ocupação anterior e a atual, principalmente financeira, desencadeia-se um processo de insatisfação e inconformismo que repercute negativamente no indivíduo. Além disso a aposentadoria pode trazer algumas características marcantes nos idosos em nosso País como, por exemplo, a inatividade. Hábitos prejudiciais à saúde, como o fumo, o álcool e o sedentarismo, são alguns dos responsáveis por sintomas e doenças surgidos na idade avançada. Por isso devem ser investigados para serem orientados e incentivo a adoção de modos saudáveis de vida. Indivíduo com mais de 75 anos já é considerado idoso frágil.
  • 10. Comentários aos itens 3, 4, e 5: Busca-se nestes itens, auxiliar a existência de uma rede de apoio, seja intrafamiliar seja na comunidade onde vive.
  • 11. Diversos pesquisadores notaram que portadores de enfermidades tão diversas como hipertensão arterial, depressão e tuberculose, e ainda vítimas de acidentes relatavam com maior frequência o fato de não estarem (ou não se sentirem) inseridos em uma rede de apoio mútuo, ou ainda terem experimentado em maior grau de perdas importantes de laços sociais (CHOR et al. 2001). No espaço da observação, deverá ser registrado se existe alguma limitação para locomoção, assim como o tipo de auxílio que o idoso necessita. Essas informações são elementos essenciais para compor um diagnóstico de seu risco social e conhecer seu grau de independência para as atividades diárias (AVDs). Se o idoso mora sozinho ou se já recebe algum tipo de cuidador deve ser considerado frágil ou em processo de fragilização.
  • 12. Comentário ao item 6: A autopercepção da saúde por parte das pessoas idosas é um importante indicador de risco. •Este item deve ser preenchido a cada 6 (seis) meses, possibilitando então, o acompanhamento da percepção do idoso diante de sua saúde. •Aquela pessoa que considera seu estado como sendo ruim ou muito ruim tem, efetivamente, maior risco de agravos sérios em saúde e é considerada pessoa idosa frágil ou pessoa em processo de fragilização.
  • 13. Comentário ao item 7: O idoso deve preencher, com suas próprias palavras, aquilo que idoso julgar ser um “problema de saúde” entrará nesse item, independente de ser um sinal, sintoma(ex:. Dor nas costas) ou uma doença, propriamente dita. Toda pessoa que relatar cinco ou mais “doenças” será considerada frágil ou em processo de fragilização.
  • 14. Comentário ao item 8: • A utilização de medicamentos em pessoas com mais de 60 anos ou mais deve ser sempre uma preocupação do profissional de saúde. • A própria fisiologia da pessoa idosa faz com que o uso de medicamentos seja fator de risco. • O profissional deve observar a cada consulta os medicamentos que o idoso está usando para evitar a iatrogenia medicamentosa. O indivíduo que referir o uso de cinco ou mais medicamentos será considerado frágil ou em processo de fragilização.
  • 15. 9 Mais informações importante 9.1 Internações DÚVIDA: PREENCHER NO QUADRADINHO O NÚMERO DE INTERNAÇÕES OU O MÊS? • Nos espaços das observações devem ser anotados relatos de internações (inclusive aquelas ocorridas antes de 2004), identificando o mês e o motivo da internação. • O conhecimento destes dados permite planejar estratégias de saúde para prevenir novas internações. •A internação hospitalar por qualquer motivo é um indicador de risco. •Internação hospitalar: aquela que a pessoa fica no hospital por um período de 72 horas (três dias) ou mais. O indivíduo que referir uma ou mais internação no período de um ano será considerado frágil ou em processo de fragilização.
  • 16. 9.2 Ocorrência de quedas MESMA DÚVIDA DO ITEM ANTERIOR? • No espaço das observações devem ser anotados relatos de quedas ocorridas (inclusive antes de 2004) e se a queda referida teve alguma repercussão na saúde da pessoa, como por exemplo, se ela deixou de fazer alguma atividade após o episódio da queda.
  • 17. Causas de quedas: • Fatores intrínsecos: 1. Perda da acuidade visual – catarata, glaucoma, degeneração de mácula, uso de lentes multifocais, etc.; 2. Uso de medicamentos – psicoativos e cardiológicos; 3. Pessoas em uso de quatro ou mais medicamentos; 4. Condições médicas específicas – doença cardiovascular, demências, déficit cognitvos, problemas de labirinto, etc.; 5. Osteoporose, principalmente em mulheres pós-menopausa; 6. Atrofia muscular e osteoartrose; 7. Perda de acuidade auditiva; 8. Sedentarismo; 9. Deficiências nutricionais; 10. Condições psicológicas – depressão, medo de cair (mais de 50% das pessoas que relatam medo de cair restringem ou eliminam por completo o contato social e a atividade física); 11. Diabetes;
  • 18. Fatores extrínsecos: 1. Riscos ambientais – má iluminação, chão escorregadio, uso de tapetes não aderentes, animais domésticos, etc; 2. Uso inadequado de sapatos e de roupas; 3. Uso inadequado de aparelhos de auxílio à locomoção ( bengala, andadores, etc). Conhecendo os fatores que podem causar uma queda, o profissional de saúde poderá planejar estratégias para prevenir que esta aconteça. Independente da causa da queda, aquele indivíduo que referir ter caído duas ou mais vezes no mesmo ano será considerado frágil ou em processo de fragilização.
  • 19. Comentário ao item 9.3: Este item não define propriamente a pessoa idosa frágil ou em processo de fragilização. No entanto, é importante constar na caderneta, pois é uma informação útil principalmente quando a pessoa idosa necessita de um atendimento de urgência e não se encontra em condições de consciência para responder a essa pergunta.
  • 21.
  • 22. Neste item, alguns lembretes importantes são ressaltados para que o (a) idoso (a) não os esqueça, com: • benefícios do envelhecimento ativo e bem sucedido; • com hábitos saudáveis de vida; • manutenção de uma atividade social e sexual ativa, sempre que possível, • tendo como parceiros desse envelhecimento bem sucedido os profissionais de saúde. ______________________________________________________________________ •O profissional deve ressaltar a importância da Caderneta de Saúde ser apresentada sempre no momento da consulta ou em casos de emergência/urgência. •O ideal é que a pessoa seja estimulada a portar sempre a caderneta de saúde, na (o) bolsa (o). • O profissional deve verificar em toda consulta se as vacinas estão em dia e orientar o idoso sobre a importância da vacinação enquanto prevenção.
  • 23. Comentário ao item 11: Nesse item cabe ao profissional chamar atenção para as informações que podem ser úteis tanto para a pessoa idosa como para seus familiares.
  • 24. Comentário ao item 12: Este espaço da Caderneta de Saúde é útil para lembrar ao idoso as consultas marcadas. Para o profissional de saúde, este item apresenta importantes dados, como a frequência de atendimentos de saúde, as clínicas onde o idoso está sendo assistido, assim como os profissionais envolvidos na assistência desse idoso, facilitando inclusive a interação entre os diversos profissionais (interdisciplinaridade). O preenchimento do Tipo de Atendimento se refere à clínica (exemplo: cardiologia, Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Geriatria, Neurologia, Nutrição, Serviço Social, etc). O Nome do Profissional se refere ao profissional que prestou ou prestará assistência ao idoso.
  • 25. Comentário aos itens 13, 14 e 15: O acompanhamento e o controle da hipertensão arterial e do diabetes mellitus no âmbito da atenção básica poderá evitar o surgimento e a progressão das complicações, reduzindo o número de internações hospitalares, bem como a mortalidade devido a esses agravos. • O controle de peso merece uma atenção especial, uma vez que o sobrepeso é um importante fator de risco para uma série de doenças, em especial as do aparelho circulatório e osteoarticular do idoso. Já a perda ponderal é muito comum na doença neoplásica, que atualmente apresenta números crescentes na população idosa. •A aferição da pressão arterial, do peso e da glicemia deverá ser realizada em toda consulta, quando possível, e registrada na caderneta. Estes dados podem ser importantes indicadores do início de alguma alteração, possibilitando então uma atuação precoce.
  • 26. Comentário ao item 16: Este espaço é para o preenchimento de outras informações que o idoso julgar importantes
  • 27. Comentário ao item 17: Identificando a pessoa idosa frágil ou em processo de fragilização Ao final do preenchimento da Caderneta de Saúde será possível identificar aquele indivíduo idoso que já se encontra fragilizado ou que está em processo de fragilização. - Idoso frágil: aquele que apresenta algum tipo de debilidade ou alguma condição que lhe afeta o vigor físico e/ou mental. • Os profissionais de saúde devem organizar ações específicas que tenham como objetivo final reverter parcial ou totalmente o quadro de debilidade e possibilitar a essa pessoa um maior grau de independência e autonomia ou, em casos mais severos, dar condições dignas para que elas continuem vivendo. • Uma vez identificados, esses indivíduos devem ser referenciados à Unidade de Saúde, de preferência por agendamento, para que sejam submetidos a uma avaliação mais detalhada sobre seu estado de saúde e por conseguinte, a uma organização de ações específicas de recuperação, promoção e atenção.
  • 28. Cabe ressaltar que uma maior atenção e prioridade de agendamento devem ser dadas para os (as) idosos (as) que apresentarem os seguintes dados: • queda ou internação nos últimos seis meses; • Diabético e/ou hipertenso sem acompanhamento; • paciente que não faz acompanhamento regular de saúde; • idoso que fica sozinho e que tem várias doenças crônicas, referindo-se ao seu estado de saúde como ruim ou muito ruim. Estes casos devem ser priorizados pelo fato de implicarem um maior risco de incapacidades e mortalidade.