SlideShare a Scribd company logo
1 of 39
ROMANTISMO 
(1836-1881)
• O romantismo é todo um período cultural, 
artístico e literário que se inicia na Europa no 
final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo 
até o final do século XIX. 
• O berço do romantismo pode ser considerado 
três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, 
na França, o romantismo ganha força como 
em nenhum outro país e, através dos artistas 
franceses, os ideais românticos espalham-se 
pela Europa e pela América.
Antecedentes Históricos 
• O Romantismo foi o primeiro movimento literário da era 
denominada romântica ou moderna. 
• Surgiu na Inglaterra e na Alemanha, na primeira metade 
do século XVIII. 
• As ideias românticas ganharam maior impulso a partir do 
advento da Revolução Francesa (1789) e se difundiram 
pela Europa e pelas Américas. 
• As transformações revolucionárias atingiram todos os 
segmentos: social, econômicos, político, filosófico e 
artístico-cultural. A humanidade acompanhava mudanças 
profundas e fundamentais para a formação de uma nova 
identidade mais idealista, o que possibilitou o 
desenvolvimento da estética romântica.
Fatores históricos decisivos para as 
transformações dos séculos XVIII e XIX 
• A queda dos sistemas de governo tirânicos. 
• Os ideais de liberdade e igualdade. 
• Formação de uma mentalidade nacionalista. 
• A consolidação do pensamento liberal. 
• A revolução Francesa. 
• A Revolução Industrial Inglesa. 
• A Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Romantismo: A Arte Burguesa
• A burguesia, vitoriosa na Revolução Francesa, 
experimentou franca ascensão e, afrontando os 
poderes da Monarquia, exigiram seu espaço na 
estrutura sociopolítica, bem como o cumprimento 
dos ideais de sua bandeira revolucionária, a utopia: 
Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Valorizaram o 
trabalho, o comércio, a indústria e todos os meios 
capazes de gerar lucro. 
• Os burgueses, ansiosos por adquirir cultura, passaram 
a ser mecenas, ou seja, patrocinaram a arte que 
correspondia aos seus interesses. Foi criado o drama 
para o público burguês, inventou-se a narrativa em 
forma de romance, para os leitores ansiosos por 
consumir cultura e arte burguesistas.
Características Românticas 
• Valorização de elementos populares - Surgiu de 
relação entre a burguesia e o Romantismo e 
objetivava retirar o privilégio da elite aristocrática. 
Intensificaram-se os temas ligados á vida urbana; 
incentivou-se público a participar de manifestações 
culturais. 
• Imaginação Criadora - Libertação da arte agora 
afastada das rígidas regras clássicas. Liberdade para 
a forma e para o conteúdo. Criação de mundos 
imaginários nos quais o romântico acreditava.
• Nacionalismo - louvor e exaltação de pátria, 
resgatava as origens de cada nação, valorizações 
dos elementos da terra natal, dos bens e das 
riquezas nacionais, das paisagens naturais. 
Exaltavam-se as personalidades e os heróis da 
história, os valores gloriosos da pátria. No Brasil, 
houve a valorização do passado colonial: o índio 
foi tomado como herói nacional repleto de glórias 
que só existiram nos ideários românticos. Outra 
forma de nacionalismo brasileiro foi conhecida na 
terceira fase do Romantismo, quando o escravo e 
os ideais de liberdade ocuparam os versos 
condoreiros.
• Subjetivismo - atitude individual e única. A poesia 
não assume mais os moldes clássicos e, sim, a 
vontade do Eu criador. 
• Egocentrismo - Houve o triunfo absoluto do EU; o 
reinado da poesia confessional na qual o sujeito 
lírico declarava seus sentimentos. 
• Sentimentalismo - analisa e expressa a realidade 
por meio de sentimentos; a emoção foi valorizada 
em detrimento do racionalismo.
• Supervalorização do amor - O amor foi 
considerado um valor supremo na vida. 
Entretanto, a conquista amorosa era difícil: 
havia o mito do amor impossível, o estigma da 
paixão desesperadora. A perda ou não 
realização amorosa levava o romântico ao 
desespero, à loucura ou à morte. 
• Idealização da Mulher - Mulher convertida em 
anjo, musa, deusa, criatura pura, poderosa, 
perfeita, inatingível, capaz de maravilhar a vida 
do homem se lhe correspondesse. A mulher, 
porém, tornava-se perversa, maligna, 
impiedosa, quando pela recusa arruinava a 
vida do galante que a cortejava.
• Byronismo (mal do século) - Na ânsia de plenitude 
impossível, o artista sentia-se desajustado e 
insatisfeito, além de decepcionado, devido á 
falência da utopia revolucionária: liberdade, 
igualdade, fraternidade. Assim, o romântico passou 
a ver o homem da época como um ser 
fragmentado, peça da engrenagem social, sem 
individualidade ou liberdade. Os desajustes e as 
insatisfações conduziram ao mal do século, 
definido como a aflição e a dor dos descontentes 
com o mundo. Era a influência do modo de vida 
byroniano do poeta inglês Lord George Byron, 
protótipo do herói romântico, sombrio, elegante e 
desajustado.
Aspecto Estilístico 
• Os românticos abandonam a forma fixa (raros os 
sonetos, odes, oitavas e etc.), abandonam o uso 
obrigatório da rima e acabam valorizando o verso 
branco, negam os gêneros literários em que 
abandonam o tradicional, fazendo com que 
alguns gêneros não fizessem mais parte como: a 
tragédia e a comédia, onde foram surgindo 
outros como: o drama, o romance de costumes 
entre outros.
Contribuições Culturais 
• O romantismo promoveu uma ruptura com as 
concepções clássicas da arte e permitiu uma 
revolução cultural. 
• Enriqueceu a Língua Portuguesa, com a 
incorporação de neologismos e a aproximação 
entre a Língua Literária e a Língua oral e coloquial.
Romantismo no Brasil 
(1836-1881) 
• Marco inicial: Publicação de "Suspiros Poéticos e 
Saudades", de Gonçalves de Magalhães , em 1836. 
• Marco final: Publicação de "Memórias Póstumas de 
Brás Cubas", de Machado de Assis , em 1881, que 
inaugura o realismo.
Contexto Histórico-cultural 
• A Independência é o principal fato político do 
século 19 e vai determinar os rumos políticos, 
econômicos e sociais do Brasil até a Proclamação 
da República (1889). Merece destaque também o 
Segundo reinado, em que o país conheceu um 
período de grande desenvolvimento em relação 
aos três séculos anteriores. Apesar disso tudo, o 
Brasil continuou um país fundamentalmente 
agrário, cuja economia se baseava no latifúndio, 
na monocultura e na mão de obra escrava .
• Recém independente, o país procura afirmar sua 
identidade, tentando desenvolver uma cultura 
própria, baseada em suas raízes indígenas ou 
sertanejas. No entanto, isso se faz a partir da 
reprodução dos modelos do romantismo europeu, 
o que reflete o caráter intrinsecamente 
contraditório do Romantismo brasileiro.
As gerações românticas 
Primeira geração romântica - primeiro 
grupo (1836-1840)- nacionalismo 
• O início do romantismo brasileiro caracterizou-se 
por religiosidade, misticismo, antilusitanismo, 
nacionalismo.
• O espírito nacionalista levou ao culto da natureza 
profundamente elogiada dentro do caráter 
ufanista, com elevação máxima das belezas 
naturais do paraíso tropical. A natureza surgiu 
estilizada para expressar intenções ideológicas de 
base nacionalista. 
• O gênero lírico era amplamente cultivado ao lado 
da ficção e do teatro, de influência inglesa e 
francesa. Os autores que se destacaram foram: 
Manuel de Araújo Porto Alegre, Antônio Teixeira e 
Souza e Domingos Gonçalves Magalhães.
Primeira geração romântica – segundo 
grupo (1840-1850)- indianismo 
• Surgiu o índio, um herói visto com espírito da 
civilização nacional e da luta contra a tradição 
lusitana. Contudo, o indígena que se pintou à 
moda romântica tinha seu próprio modelo 
importado da França. Os franceses Cooper e 
Chateaubriand, entusiasmados com o selvagem 
da América, levaram-no para a sua literatura e 
pintaram os aborígenes com as tintas heroicas, 
inspirados nos heróis de cavalaria medieval.
• Antônio Gonçalves Dias e José de Alencar, 
principalmente, escreveram dentro desse modelo 
de índio idealizado como bravo, gentil, valente, 
nobre, corajoso, puro, belo, bom por natureza e 
capaz de todas as proezas em nome da honra e 
da glória. Foi o herói improvisado para configurar 
ideologicamente o que deveria ter sido o primeiro 
habitante do Brasil. 
• Assim, o indígena passou a ser a mais autêntica 
ilustração para o Mito do Bom Selvagem, do 
filósofo francês Rosseau : O homem nasce puro, 
belo, bom e assim permanece enquanto estiver em 
contato com a natureza. 
• Os autores principais dessa fase foram Gonçalves 
Dias, José de Alencar, Joaquim Manoel de 
Macedo e Bernardo Guimarães.
Segunda geração romântica – byronismo ou 
ultrarromantismo (1850-1860) 
• A geração contaminada pelo “mal do século”: 
individualismo, negativismo, pessimismo, 
insatisfação com o mundo, angústia, desespero, 
crise existencial (herança do Barroco). Nessa fase, 
o sentimentalismo e a emoção romântica 
atingiram o auge absoluto. A influência satânica 
do poeta inglês Lord Byron tem seu maior exemplar 
brasileiro no poeta Álvares de Azevedo em sua 
obra.
• Enquanto a poesia segue a linha byroniana, a 
ficção consolida-se sobre a forma sertanista, 
urbana, indianista. Surge a narrativa histórica para 
delinear as origens do Brasil e o seu 
desenvolvimento. A utopia das idéias continuava a 
influenciar as visões românticas. 
• Os autores principais são: na poesia- Gonçalves 
Dias; Álvares de Azevedo; Casimiro de Abreu; 
Junqueira Freire; Fagundes Varela; Laurindo 
Rabelo; na prosa- José de Alencar, fiel 
representante da ideologia romântica; Manuel 
Antônio de Almeida, que se rebelou contra o 
romantismo burguês, escrevendo a obra Memórias 
de um Sargento de Milícias, que focaliza a 
sociedade suburbana e desmoraliza a corte 
amorosa.
Terceira geração romântica – condoreirismo 
(1860-1880) 
• Os condoreiros praticaram um nacionalismo de 
ordem diversa, pois não exaltavam as maravilhas 
da pátria, mas reivindicavam liberdade, igualdade 
das condições sociais e independência política; 
defendiam, enfim, a formação de uma 
consciência nacional. O tom lírico não se limitava a 
cantar amores impossíveis ou desgraças amorosas, 
porque se expandia para versejar sobre o erotismo 
do amor ou se coletivizava para expressar as 
paixões pelas causas sociopolíticas.
• Os assuntos centrais ligam-se à Guerra do 
Paraguai, à Abolição da Escravatura, à luta pela 
Proclamação da República. O homem negro 
transformou-se em personagem real e sofrida no 
canto eloquente dos condoreiros (condor é uma 
ave altaneira). 
• O grande condoreiro do Brasil chamava-se Antônio 
Frederico de Castro Alves, dono de uma poesia 
vibrante que evocava o liberalismo idealizado e 
repelia a vergonhosa escravidão, denunciando as 
condições desumanas em que os escravos viviam.
• A terceira fase do Romantismo foi uma transição 
para o Realismo, pois os condoreiros apoiavam-se 
numa filosofia de caráter humano-realístico. A 
influência de Vitor Hugo, as preocupações com a 
forma, o erotismo no lirismo amoroso demarcaram 
novos caminhos para a literatura porvindoura. 
• Os autores da terceira geração foram Joaquim de 
Sousa Andrade (Sousândrade), Tobias Barreto, 
Franklin Távora, Visconde de Taunay e Castro Alves.
Prosa no Romantismo 
• Antes do período artístico romântico, as 
composições em prosa eram menos frequentes. 
• A prosa literária desenvolveu-se no Romantismo. 
• A espécie preferida pelo público era o romance de 
temática sentimental. 
• Cultivava-se o gosto pelos folhetins, histórias de 
amor editadas em jornais com capítulos publicados 
em série.
• O primeiro romance romântico brasileiro, datado 
em 1843, é O Filho de Pescador, de Teixeira e 
Souza. 
• O romance que impulsionava o apego sentimental 
do publico foi A Moreninha, de Joaquim Manuel de 
Macedo, uma historia de amor convencional, 
publicada em 1844, que fixa os costumes da 
sociedade carioca da época, contaminada por 
francesismos.
Tipos de Romance 
• Romance Histórico-indianista 
• Romance regionalista 
• Romance urbano 
• Romance analítico
Principais autores e obras em prosa 
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães (1825-1884) 
• Obras principais: Lendas e Romances (histórico); Lendas e 
Tradições da Província de Minas Gerais; O Ermitão da Glória 
(regionalista); O Garimpeiro; O Seminarista; A Escrava Isaura. 
• O Seminarista é sua obra mais notável na qual se critica o 
celibato clerical e apresenta o apelo ao sexo, contrário à 
corte amorosa de Romantismo. 
• Temas característicos 
a) Romances basicamente regionalistas, com uma intriga 
amorosa indispensável, desenvolvida entre personagens 
boas ou más ao extremo. 
b) Paisagens minuciosamente descritas e hábitos regionais 
do povo mineiro.
Alfredo D'Escragnolle Taunay (1843-1899) 
• Visconde de Taunay é o autor de um dos melhores romances 
regionalistas do Romantismo. 
• Obras principais: Inocência; A Retirada de Laguna; O 
Encilhamento; Manuscritos de uma Mulher; Mocidade de 
Trajano. 
• Temas característicos: 
a) Em Inocência, uma das obras mais importantes de 
Visconde de Taumay, utilizou-se uma linguagem adequada 
para descrever a paisagem do sertão (sudeste do Mato Grosso) 
e ainda ficou a fala popular. 
b) A fim de envolver o leitor e de acordo com a mentalidade 
romântica, inventou em sentimento de amor impossível entre a 
bela Inocência e Cirilo. O caso amoroso tem um final trágico, 
pois o rapaz é assassinado, e a moça morre consumida pelo 
desespero da paixão.
José Martiniano de Alencar (1820-1877) 
• Foi o ficcionista que mais agradou o gosto do publico 
burguês, consolidando o romance nacional brasileiro 
• Retratou posturas políticas e burguesas em sintonia com a 
mentalidade de homem conservador em todos os parâmetros: 
monarquista, escravocrata, político (senador do império de 
Pedro II), proprietário de terras. 
• Era um nacionalista fiel que atacava as formas literárias 
importadas e a timidez verbal dos poetas que se propunham a 
cantar o Brasil, como escreveu a Carta sobre a Confederação 
dos Tamoios, em que criticou a obra épica de Gonçalves de 
Magalhães por sua falta de energia e de brasilidade. 
• Sempre com linguagem requintada, Alencar inventou um 
passado glorioso para o Brasil, com um índio herói fantástico. 
Retratou a vida urbana em meio às intrigas amorosas mais 
instigantes: conflitos sentimentais marcados por um final feliz 
(Senhora - Diva) ou interrompidos com uma morte trágica 
(Lucíola).
Manuel Antônio de Almeida (1830-1861) 
• Obra principal: Memórias de um Sargento de 
Milícias. 
• Temas característicos: O romance apresenta 
elementos que contradizem as convenções 
literárias da época; tem como cenário as ruas e os 
casebres do Rio de Janeiro. A linguagem revela 
absoluta “molecagem” (desmoraliza a corte 
amorosa, tratando satiricamente a intriga 
sentimental). Descreve cenas populares, com um 
toque de realismo. È um documentário mais real da 
sociedade do século XIX, aproxima-se do que 
seriam as narrativas do realistas / naturalistas.
Bernardo 
Guimarães 
Alfredo 
Taunay 
José de 
Alencar 
Manuel 
Antônio 
de 
Almeida
Poesia no Romantismo 
• A característica principal da Poesia Romântica é a 
expressão plena dos sentimentos pessoais, com 
os autores voltados para o seu mundo interior e 
fazendo da literatura um meio de desabafo e 
confissão. A vida passa a ser encarada de um 
ângulo pessoal, em que se sobressai um intenso 
desejo de liberdade. 
• O estilo romântico revela-se inicialmente idealista e 
sonhador, depois, crítico e retórico, mas sempre 
sentimental e nacionalista.
Antônio Gonçalves Dias 
• Foi ele quem consolidou o 
Romantismo brasileiro, com 
sua poesia de alta qualidade. 
• Obras principais: Primeiros 
Cantos; Segundos Cantos, 
Sextilhas do Frei Antão – Último 
Cantos. 
• Temas característicos: 
a) Lirismo Amoroso 
b) Indianismo 
c) Exílio
Manuel Antônio Álvares de 
Azevedo 
• É o poeta brasileiro que mais 
autenticamente representou 
o byronismo, sendo o mais 
individualista, subjetivo e 
sofrido poeta do Romantismo. 
Autor de uma poesia 
confessional que exprime 
sentimentos, dores e emoções 
do eu lírico ultrarromântico. 
Morreu aos 21 anos. 
• Obras principais: Pedro Ivo, 
Lira dos Vinte Anos, Conde 
Lopo.
Joaquim de Sousa Andrade 
• Obras principais: Guesa 
Errante; Obras Poéticas 
• Temas característicos: 
Sousândrade era adepto 
das causas republicanas e 
abolicionistas. Sua poesia é 
marcada por originalidade, 
inovadora e revolucionária, 
afastadas dos modelos 
românticos. A linguagem 
ousada aproxima da 
realidade. O vocabulário é 
diversificado com 
neologismos, palavras em 
inglês, expressões indígenas.
Antônio Frederico de Castro 
Alves 
• Nutria um grande amor patriótico, 
acreditava representar o espírito 
nacionalista do povo brasileiro, tendo 
escrito poemas de louvor para exaltar 
os feitos populares. É um dos mais 
expressivos talentos da poesia 
brasileira, apesar de ter morrido aos 24 
anos de tuberculose. Encarou a morte 
com realismo e amargura. 
• Obras principais: Espumas Flutuantes. 
Poemas mais famosos: Vozes d’África e Navio Negreiro. 
• Temas característicos: 
a) Poesia da Natureza: personificou a natureza que aparece em 
todos os enfoques 
b) Lirismo Amoroso 
c) Poesia Social Condoreira.

More Related Content

What's hot (20)

Parnasianismo brasileiro
Parnasianismo brasileiroParnasianismo brasileiro
Parnasianismo brasileiro
 
3ª geração do romantismo no brasil
3ª geração do romantismo no brasil3ª geração do romantismo no brasil
3ª geração do romantismo no brasil
 
Romantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasilRomantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasil
 
Romantismo brasileiro
Romantismo brasileiroRomantismo brasileiro
Romantismo brasileiro
 
1ª fase do modernismo
1ª fase do modernismo1ª fase do modernismo
1ª fase do modernismo
 
Romantismo em Portugal
Romantismo em PortugalRomantismo em Portugal
Romantismo em Portugal
 
AULA 07 - CARTA ARGUMENTATIVA - PPT - ATUALÍSSIMA
AULA 07 - CARTA ARGUMENTATIVA - PPT - ATUALÍSSIMAAULA 07 - CARTA ARGUMENTATIVA - PPT - ATUALÍSSIMA
AULA 07 - CARTA ARGUMENTATIVA - PPT - ATUALÍSSIMA
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
O Realismo
O RealismoO Realismo
O Realismo
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Romantismo em Portugal
Romantismo em PortugalRomantismo em Portugal
Romantismo em Portugal
 
Arcadismo no Brasil
Arcadismo no BrasilArcadismo no Brasil
Arcadismo no Brasil
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
Romantismo contexto historico caracteristicas
Romantismo contexto historico caracteristicasRomantismo contexto historico caracteristicas
Romantismo contexto historico caracteristicas
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMO
 
Romantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo CompletoRomantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
 
Dom quixote
Dom quixoteDom quixote
Dom quixote
 
Pré modernismo-slides
Pré modernismo-slidesPré modernismo-slides
Pré modernismo-slides
 
Realismo no ENEM
Realismo no ENEMRealismo no ENEM
Realismo no ENEM
 
Arcadismo no Brasil
Arcadismo no BrasilArcadismo no Brasil
Arcadismo no Brasil
 

Viewers also liked

Slides Romantismo
Slides RomantismoSlides Romantismo
Slides Romantismomix1981
 
Planejamento língua portuguesa 3º bim (2015)
Planejamento língua portuguesa 3º bim (2015)Planejamento língua portuguesa 3º bim (2015)
Planejamento língua portuguesa 3º bim (2015)Ernane Nunes
 
Morfossintaxe - substantivos
Morfossintaxe - substantivosMorfossintaxe - substantivos
Morfossintaxe - substantivosJéssica Uliana
 
Exercicio para construção de frases a partir de imagens
Exercicio para construção de  frases  a partir de imagensExercicio para construção de  frases  a partir de imagens
Exercicio para construção de frases a partir de imagensNatalia Pina
 
Romantismo brasileiro 2_gera_o
Romantismo brasileiro 2_gera_oRomantismo brasileiro 2_gera_o
Romantismo brasileiro 2_gera_ocaioalbarello
 
Romantismo brasileiro 1_gera_o
Romantismo brasileiro 1_gera_oRomantismo brasileiro 1_gera_o
Romantismo brasileiro 1_gera_ocaioalbarello
 
Romantismo brasileiro 3a_geracao
Romantismo brasileiro 3a_geracaoRomantismo brasileiro 3a_geracao
Romantismo brasileiro 3a_geracaocaioalbarello
 
A construção da frase em língua portuguesa
A construção da frase em língua portuguesaA construção da frase em língua portuguesa
A construção da frase em língua portuguesama.no.el.ne.ves
 
Processos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasProcessos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasJoaquim Safara
 
Romantismo primeira & segunda geração e romantismo na europa
Romantismo primeira & segunda geração e romantismo na europaRomantismo primeira & segunda geração e romantismo na europa
Romantismo primeira & segunda geração e romantismo na europaIgor Moura
 
Morfossintaxe
MorfossintaxeMorfossintaxe
MorfossintaxeSEDF
 
Como problematizar uma aula
Como problematizar uma aulaComo problematizar uma aula
Como problematizar uma aulaFabio Santos
 
Romantismo Brasileiro - poesia e prosa
Romantismo Brasileiro - poesia e prosaRomantismo Brasileiro - poesia e prosa
Romantismo Brasileiro - poesia e prosaTim Bagatelas
 
Como fazer análise morfossintática
Como fazer análise morfossintáticaComo fazer análise morfossintática
Como fazer análise morfossintáticaSeduc/AM
 

Viewers also liked (18)

Slides Romantismo
Slides RomantismoSlides Romantismo
Slides Romantismo
 
Planejamento língua portuguesa 3º bim (2015)
Planejamento língua portuguesa 3º bim (2015)Planejamento língua portuguesa 3º bim (2015)
Planejamento língua portuguesa 3º bim (2015)
 
Morfossintaxe - substantivos
Morfossintaxe - substantivosMorfossintaxe - substantivos
Morfossintaxe - substantivos
 
Exercicio para construção de frases a partir de imagens
Exercicio para construção de  frases  a partir de imagensExercicio para construção de  frases  a partir de imagens
Exercicio para construção de frases a partir de imagens
 
Romantismo brasileiro 2_gera_o
Romantismo brasileiro 2_gera_oRomantismo brasileiro 2_gera_o
Romantismo brasileiro 2_gera_o
 
Romantismo brasileiro 1_gera_o
Romantismo brasileiro 1_gera_oRomantismo brasileiro 1_gera_o
Romantismo brasileiro 1_gera_o
 
Romantismo brasileiro 3a_geracao
Romantismo brasileiro 3a_geracaoRomantismo brasileiro 3a_geracao
Romantismo brasileiro 3a_geracao
 
Morfossintaxe
MorfossintaxeMorfossintaxe
Morfossintaxe
 
Estudo morfossintático
Estudo morfossintáticoEstudo morfossintático
Estudo morfossintático
 
A construção da frase em língua portuguesa
A construção da frase em língua portuguesaA construção da frase em língua portuguesa
A construção da frase em língua portuguesa
 
Processos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasProcessos de formação de palavras
Processos de formação de palavras
 
Morfossintaxe
MorfossintaxeMorfossintaxe
Morfossintaxe
 
Romantismo primeira & segunda geração e romantismo na europa
Romantismo primeira & segunda geração e romantismo na europaRomantismo primeira & segunda geração e romantismo na europa
Romantismo primeira & segunda geração e romantismo na europa
 
Morfossintaxe
MorfossintaxeMorfossintaxe
Morfossintaxe
 
Como problematizar uma aula
Como problematizar uma aulaComo problematizar uma aula
Como problematizar uma aula
 
Romantismo Brasileiro - poesia e prosa
Romantismo Brasileiro - poesia e prosaRomantismo Brasileiro - poesia e prosa
Romantismo Brasileiro - poesia e prosa
 
Literatura romantismo
Literatura romantismoLiteratura romantismo
Literatura romantismo
 
Como fazer análise morfossintática
Como fazer análise morfossintáticaComo fazer análise morfossintática
Como fazer análise morfossintática
 

Similar to Romantismo1836 1881-121031124003-phpapp02

Similar to Romantismo1836 1881-121031124003-phpapp02 (20)

Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
romantismo1836-1881-121031124003-phpapp02.pdf
romantismo1836-1881-121031124003-phpapp02.pdfromantismo1836-1881-121031124003-phpapp02.pdf
romantismo1836-1881-121031124003-phpapp02.pdf
 
03a37350dc3539a02f66d544e6326e74.pdf
03a37350dc3539a02f66d544e6326e74.pdf03a37350dc3539a02f66d544e6326e74.pdf
03a37350dc3539a02f66d544e6326e74.pdf
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo i
Romantismo iRomantismo i
Romantismo i
 
ROMANTISMO- CARACTERÍSTICAS E CONTEXTO HISTÓRICO.doc
ROMANTISMO- CARACTERÍSTICAS E CONTEXTO HISTÓRICO.docROMANTISMO- CARACTERÍSTICAS E CONTEXTO HISTÓRICO.doc
ROMANTISMO- CARACTERÍSTICAS E CONTEXTO HISTÓRICO.doc
 
romantismorevisao.pdf
romantismorevisao.pdfromantismorevisao.pdf
romantismorevisao.pdf
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo revisão
Romantismo revisãoRomantismo revisão
Romantismo revisão
 
História da arte romantismo
História da arte   romantismoHistória da arte   romantismo
História da arte romantismo
 
Romantismo - Toda Matéria.PDF
Romantismo - Toda Matéria.PDFRomantismo - Toda Matéria.PDF
Romantismo - Toda Matéria.PDF
 
Romantismo - introdução e 1ª geração
Romantismo - introdução e 1ª geraçãoRomantismo - introdução e 1ª geração
Romantismo - introdução e 1ª geração
 
Romantismo-pptx.pptx
Romantismo-pptx.pptxRomantismo-pptx.pptx
Romantismo-pptx.pptx
 
Romantismo No Brasil
Romantismo No BrasilRomantismo No Brasil
Romantismo No Brasil
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
2011 2 – língua portuguesa roamantismo_história
2011 2 – língua portuguesa roamantismo_história2011 2 – língua portuguesa roamantismo_história
2011 2 – língua portuguesa roamantismo_história
 
Romantismo I
Romantismo IRomantismo I
Romantismo I
 
Romantismo português
Romantismo portuguêsRomantismo português
Romantismo português
 

Romantismo1836 1881-121031124003-phpapp02

  • 2. • O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX. • O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.
  • 3. Antecedentes Históricos • O Romantismo foi o primeiro movimento literário da era denominada romântica ou moderna. • Surgiu na Inglaterra e na Alemanha, na primeira metade do século XVIII. • As ideias românticas ganharam maior impulso a partir do advento da Revolução Francesa (1789) e se difundiram pela Europa e pelas Américas. • As transformações revolucionárias atingiram todos os segmentos: social, econômicos, político, filosófico e artístico-cultural. A humanidade acompanhava mudanças profundas e fundamentais para a formação de uma nova identidade mais idealista, o que possibilitou o desenvolvimento da estética romântica.
  • 4. Fatores históricos decisivos para as transformações dos séculos XVIII e XIX • A queda dos sistemas de governo tirânicos. • Os ideais de liberdade e igualdade. • Formação de uma mentalidade nacionalista. • A consolidação do pensamento liberal. • A revolução Francesa. • A Revolução Industrial Inglesa. • A Declaração Universal dos Direitos Humanos.
  • 6. • A burguesia, vitoriosa na Revolução Francesa, experimentou franca ascensão e, afrontando os poderes da Monarquia, exigiram seu espaço na estrutura sociopolítica, bem como o cumprimento dos ideais de sua bandeira revolucionária, a utopia: Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Valorizaram o trabalho, o comércio, a indústria e todos os meios capazes de gerar lucro. • Os burgueses, ansiosos por adquirir cultura, passaram a ser mecenas, ou seja, patrocinaram a arte que correspondia aos seus interesses. Foi criado o drama para o público burguês, inventou-se a narrativa em forma de romance, para os leitores ansiosos por consumir cultura e arte burguesistas.
  • 7. Características Românticas • Valorização de elementos populares - Surgiu de relação entre a burguesia e o Romantismo e objetivava retirar o privilégio da elite aristocrática. Intensificaram-se os temas ligados á vida urbana; incentivou-se público a participar de manifestações culturais. • Imaginação Criadora - Libertação da arte agora afastada das rígidas regras clássicas. Liberdade para a forma e para o conteúdo. Criação de mundos imaginários nos quais o romântico acreditava.
  • 8. • Nacionalismo - louvor e exaltação de pátria, resgatava as origens de cada nação, valorizações dos elementos da terra natal, dos bens e das riquezas nacionais, das paisagens naturais. Exaltavam-se as personalidades e os heróis da história, os valores gloriosos da pátria. No Brasil, houve a valorização do passado colonial: o índio foi tomado como herói nacional repleto de glórias que só existiram nos ideários românticos. Outra forma de nacionalismo brasileiro foi conhecida na terceira fase do Romantismo, quando o escravo e os ideais de liberdade ocuparam os versos condoreiros.
  • 9. • Subjetivismo - atitude individual e única. A poesia não assume mais os moldes clássicos e, sim, a vontade do Eu criador. • Egocentrismo - Houve o triunfo absoluto do EU; o reinado da poesia confessional na qual o sujeito lírico declarava seus sentimentos. • Sentimentalismo - analisa e expressa a realidade por meio de sentimentos; a emoção foi valorizada em detrimento do racionalismo.
  • 10. • Supervalorização do amor - O amor foi considerado um valor supremo na vida. Entretanto, a conquista amorosa era difícil: havia o mito do amor impossível, o estigma da paixão desesperadora. A perda ou não realização amorosa levava o romântico ao desespero, à loucura ou à morte. • Idealização da Mulher - Mulher convertida em anjo, musa, deusa, criatura pura, poderosa, perfeita, inatingível, capaz de maravilhar a vida do homem se lhe correspondesse. A mulher, porém, tornava-se perversa, maligna, impiedosa, quando pela recusa arruinava a vida do galante que a cortejava.
  • 11. • Byronismo (mal do século) - Na ânsia de plenitude impossível, o artista sentia-se desajustado e insatisfeito, além de decepcionado, devido á falência da utopia revolucionária: liberdade, igualdade, fraternidade. Assim, o romântico passou a ver o homem da época como um ser fragmentado, peça da engrenagem social, sem individualidade ou liberdade. Os desajustes e as insatisfações conduziram ao mal do século, definido como a aflição e a dor dos descontentes com o mundo. Era a influência do modo de vida byroniano do poeta inglês Lord George Byron, protótipo do herói romântico, sombrio, elegante e desajustado.
  • 12. Aspecto Estilístico • Os românticos abandonam a forma fixa (raros os sonetos, odes, oitavas e etc.), abandonam o uso obrigatório da rima e acabam valorizando o verso branco, negam os gêneros literários em que abandonam o tradicional, fazendo com que alguns gêneros não fizessem mais parte como: a tragédia e a comédia, onde foram surgindo outros como: o drama, o romance de costumes entre outros.
  • 13. Contribuições Culturais • O romantismo promoveu uma ruptura com as concepções clássicas da arte e permitiu uma revolução cultural. • Enriqueceu a Língua Portuguesa, com a incorporação de neologismos e a aproximação entre a Língua Literária e a Língua oral e coloquial.
  • 14. Romantismo no Brasil (1836-1881) • Marco inicial: Publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves de Magalhães , em 1836. • Marco final: Publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis , em 1881, que inaugura o realismo.
  • 15. Contexto Histórico-cultural • A Independência é o principal fato político do século 19 e vai determinar os rumos políticos, econômicos e sociais do Brasil até a Proclamação da República (1889). Merece destaque também o Segundo reinado, em que o país conheceu um período de grande desenvolvimento em relação aos três séculos anteriores. Apesar disso tudo, o Brasil continuou um país fundamentalmente agrário, cuja economia se baseava no latifúndio, na monocultura e na mão de obra escrava .
  • 16. • Recém independente, o país procura afirmar sua identidade, tentando desenvolver uma cultura própria, baseada em suas raízes indígenas ou sertanejas. No entanto, isso se faz a partir da reprodução dos modelos do romantismo europeu, o que reflete o caráter intrinsecamente contraditório do Romantismo brasileiro.
  • 17. As gerações românticas Primeira geração romântica - primeiro grupo (1836-1840)- nacionalismo • O início do romantismo brasileiro caracterizou-se por religiosidade, misticismo, antilusitanismo, nacionalismo.
  • 18. • O espírito nacionalista levou ao culto da natureza profundamente elogiada dentro do caráter ufanista, com elevação máxima das belezas naturais do paraíso tropical. A natureza surgiu estilizada para expressar intenções ideológicas de base nacionalista. • O gênero lírico era amplamente cultivado ao lado da ficção e do teatro, de influência inglesa e francesa. Os autores que se destacaram foram: Manuel de Araújo Porto Alegre, Antônio Teixeira e Souza e Domingos Gonçalves Magalhães.
  • 19. Primeira geração romântica – segundo grupo (1840-1850)- indianismo • Surgiu o índio, um herói visto com espírito da civilização nacional e da luta contra a tradição lusitana. Contudo, o indígena que se pintou à moda romântica tinha seu próprio modelo importado da França. Os franceses Cooper e Chateaubriand, entusiasmados com o selvagem da América, levaram-no para a sua literatura e pintaram os aborígenes com as tintas heroicas, inspirados nos heróis de cavalaria medieval.
  • 20. • Antônio Gonçalves Dias e José de Alencar, principalmente, escreveram dentro desse modelo de índio idealizado como bravo, gentil, valente, nobre, corajoso, puro, belo, bom por natureza e capaz de todas as proezas em nome da honra e da glória. Foi o herói improvisado para configurar ideologicamente o que deveria ter sido o primeiro habitante do Brasil. • Assim, o indígena passou a ser a mais autêntica ilustração para o Mito do Bom Selvagem, do filósofo francês Rosseau : O homem nasce puro, belo, bom e assim permanece enquanto estiver em contato com a natureza. • Os autores principais dessa fase foram Gonçalves Dias, José de Alencar, Joaquim Manoel de Macedo e Bernardo Guimarães.
  • 21. Segunda geração romântica – byronismo ou ultrarromantismo (1850-1860) • A geração contaminada pelo “mal do século”: individualismo, negativismo, pessimismo, insatisfação com o mundo, angústia, desespero, crise existencial (herança do Barroco). Nessa fase, o sentimentalismo e a emoção romântica atingiram o auge absoluto. A influência satânica do poeta inglês Lord Byron tem seu maior exemplar brasileiro no poeta Álvares de Azevedo em sua obra.
  • 22. • Enquanto a poesia segue a linha byroniana, a ficção consolida-se sobre a forma sertanista, urbana, indianista. Surge a narrativa histórica para delinear as origens do Brasil e o seu desenvolvimento. A utopia das idéias continuava a influenciar as visões românticas. • Os autores principais são: na poesia- Gonçalves Dias; Álvares de Azevedo; Casimiro de Abreu; Junqueira Freire; Fagundes Varela; Laurindo Rabelo; na prosa- José de Alencar, fiel representante da ideologia romântica; Manuel Antônio de Almeida, que se rebelou contra o romantismo burguês, escrevendo a obra Memórias de um Sargento de Milícias, que focaliza a sociedade suburbana e desmoraliza a corte amorosa.
  • 23. Terceira geração romântica – condoreirismo (1860-1880) • Os condoreiros praticaram um nacionalismo de ordem diversa, pois não exaltavam as maravilhas da pátria, mas reivindicavam liberdade, igualdade das condições sociais e independência política; defendiam, enfim, a formação de uma consciência nacional. O tom lírico não se limitava a cantar amores impossíveis ou desgraças amorosas, porque se expandia para versejar sobre o erotismo do amor ou se coletivizava para expressar as paixões pelas causas sociopolíticas.
  • 24. • Os assuntos centrais ligam-se à Guerra do Paraguai, à Abolição da Escravatura, à luta pela Proclamação da República. O homem negro transformou-se em personagem real e sofrida no canto eloquente dos condoreiros (condor é uma ave altaneira). • O grande condoreiro do Brasil chamava-se Antônio Frederico de Castro Alves, dono de uma poesia vibrante que evocava o liberalismo idealizado e repelia a vergonhosa escravidão, denunciando as condições desumanas em que os escravos viviam.
  • 25. • A terceira fase do Romantismo foi uma transição para o Realismo, pois os condoreiros apoiavam-se numa filosofia de caráter humano-realístico. A influência de Vitor Hugo, as preocupações com a forma, o erotismo no lirismo amoroso demarcaram novos caminhos para a literatura porvindoura. • Os autores da terceira geração foram Joaquim de Sousa Andrade (Sousândrade), Tobias Barreto, Franklin Távora, Visconde de Taunay e Castro Alves.
  • 26. Prosa no Romantismo • Antes do período artístico romântico, as composições em prosa eram menos frequentes. • A prosa literária desenvolveu-se no Romantismo. • A espécie preferida pelo público era o romance de temática sentimental. • Cultivava-se o gosto pelos folhetins, histórias de amor editadas em jornais com capítulos publicados em série.
  • 27. • O primeiro romance romântico brasileiro, datado em 1843, é O Filho de Pescador, de Teixeira e Souza. • O romance que impulsionava o apego sentimental do publico foi A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, uma historia de amor convencional, publicada em 1844, que fixa os costumes da sociedade carioca da época, contaminada por francesismos.
  • 28. Tipos de Romance • Romance Histórico-indianista • Romance regionalista • Romance urbano • Romance analítico
  • 29. Principais autores e obras em prosa Bernardo Joaquim da Silva Guimarães (1825-1884) • Obras principais: Lendas e Romances (histórico); Lendas e Tradições da Província de Minas Gerais; O Ermitão da Glória (regionalista); O Garimpeiro; O Seminarista; A Escrava Isaura. • O Seminarista é sua obra mais notável na qual se critica o celibato clerical e apresenta o apelo ao sexo, contrário à corte amorosa de Romantismo. • Temas característicos a) Romances basicamente regionalistas, com uma intriga amorosa indispensável, desenvolvida entre personagens boas ou más ao extremo. b) Paisagens minuciosamente descritas e hábitos regionais do povo mineiro.
  • 30. Alfredo D'Escragnolle Taunay (1843-1899) • Visconde de Taunay é o autor de um dos melhores romances regionalistas do Romantismo. • Obras principais: Inocência; A Retirada de Laguna; O Encilhamento; Manuscritos de uma Mulher; Mocidade de Trajano. • Temas característicos: a) Em Inocência, uma das obras mais importantes de Visconde de Taumay, utilizou-se uma linguagem adequada para descrever a paisagem do sertão (sudeste do Mato Grosso) e ainda ficou a fala popular. b) A fim de envolver o leitor e de acordo com a mentalidade romântica, inventou em sentimento de amor impossível entre a bela Inocência e Cirilo. O caso amoroso tem um final trágico, pois o rapaz é assassinado, e a moça morre consumida pelo desespero da paixão.
  • 31. José Martiniano de Alencar (1820-1877) • Foi o ficcionista que mais agradou o gosto do publico burguês, consolidando o romance nacional brasileiro • Retratou posturas políticas e burguesas em sintonia com a mentalidade de homem conservador em todos os parâmetros: monarquista, escravocrata, político (senador do império de Pedro II), proprietário de terras. • Era um nacionalista fiel que atacava as formas literárias importadas e a timidez verbal dos poetas que se propunham a cantar o Brasil, como escreveu a Carta sobre a Confederação dos Tamoios, em que criticou a obra épica de Gonçalves de Magalhães por sua falta de energia e de brasilidade. • Sempre com linguagem requintada, Alencar inventou um passado glorioso para o Brasil, com um índio herói fantástico. Retratou a vida urbana em meio às intrigas amorosas mais instigantes: conflitos sentimentais marcados por um final feliz (Senhora - Diva) ou interrompidos com uma morte trágica (Lucíola).
  • 32. Manuel Antônio de Almeida (1830-1861) • Obra principal: Memórias de um Sargento de Milícias. • Temas característicos: O romance apresenta elementos que contradizem as convenções literárias da época; tem como cenário as ruas e os casebres do Rio de Janeiro. A linguagem revela absoluta “molecagem” (desmoraliza a corte amorosa, tratando satiricamente a intriga sentimental). Descreve cenas populares, com um toque de realismo. È um documentário mais real da sociedade do século XIX, aproxima-se do que seriam as narrativas do realistas / naturalistas.
  • 33. Bernardo Guimarães Alfredo Taunay José de Alencar Manuel Antônio de Almeida
  • 34. Poesia no Romantismo • A característica principal da Poesia Romântica é a expressão plena dos sentimentos pessoais, com os autores voltados para o seu mundo interior e fazendo da literatura um meio de desabafo e confissão. A vida passa a ser encarada de um ângulo pessoal, em que se sobressai um intenso desejo de liberdade. • O estilo romântico revela-se inicialmente idealista e sonhador, depois, crítico e retórico, mas sempre sentimental e nacionalista.
  • 35. Antônio Gonçalves Dias • Foi ele quem consolidou o Romantismo brasileiro, com sua poesia de alta qualidade. • Obras principais: Primeiros Cantos; Segundos Cantos, Sextilhas do Frei Antão – Último Cantos. • Temas característicos: a) Lirismo Amoroso b) Indianismo c) Exílio
  • 36.
  • 37. Manuel Antônio Álvares de Azevedo • É o poeta brasileiro que mais autenticamente representou o byronismo, sendo o mais individualista, subjetivo e sofrido poeta do Romantismo. Autor de uma poesia confessional que exprime sentimentos, dores e emoções do eu lírico ultrarromântico. Morreu aos 21 anos. • Obras principais: Pedro Ivo, Lira dos Vinte Anos, Conde Lopo.
  • 38. Joaquim de Sousa Andrade • Obras principais: Guesa Errante; Obras Poéticas • Temas característicos: Sousândrade era adepto das causas republicanas e abolicionistas. Sua poesia é marcada por originalidade, inovadora e revolucionária, afastadas dos modelos românticos. A linguagem ousada aproxima da realidade. O vocabulário é diversificado com neologismos, palavras em inglês, expressões indígenas.
  • 39. Antônio Frederico de Castro Alves • Nutria um grande amor patriótico, acreditava representar o espírito nacionalista do povo brasileiro, tendo escrito poemas de louvor para exaltar os feitos populares. É um dos mais expressivos talentos da poesia brasileira, apesar de ter morrido aos 24 anos de tuberculose. Encarou a morte com realismo e amargura. • Obras principais: Espumas Flutuantes. Poemas mais famosos: Vozes d’África e Navio Negreiro. • Temas característicos: a) Poesia da Natureza: personificou a natureza que aparece em todos os enfoques b) Lirismo Amoroso c) Poesia Social Condoreira.