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VIEIRA, Alberto (2005)
Canaviais e açúcar
uma Tradição
Multissecular
COMO REFERENCIAR ESTE TEXTO:
VIEIRA, Alberto (2005), Canaviais e açúcar-uma Tradição Multissecular,, Funchal,
CEHA-Biblioteca Digital, disponível em: http://www.madeira-edu.pt/Portals/31/CEHA/bdigital/ensino/2005-
av-tecnologia.pdf, data da visita: / /
RECOMENDAÇÕES
O utilizador pode usar os livros digitais aqui apresentados como fonte das suas próprias obras, usando
a norma de referência acima apresentada, assumindo as responsabilidades inerentes ao rigoroso
respeito pelas normas do Direito de Autor. O utilizador obriga-se, ainda, a cumprir escrupulosamente
a legislação aplicável, nomeadamente, em matéria de criminalidade informática, de direitos de
propriedade intelectual e de direitos de propriedade industrial, sendo exclusivamente responsável pela
infracção aos comandos aplicáveis.
ALBERTO VIEIRA
CANAVIAIS E AÇÚCAR
UMA TRADIÇÃO MULTISECULAR
1. A expansão da cultura e a afirmação do
consumo
2. Tecnologia da moenda e fabrico do
açúcar
3. o mundo do açúcar e a Madeira
ROTAS OCEÂNICAS -plantas
P"todas as sementes e plantas e
outras coisas com quem esperava
de povoar e assentar na terra"
.João de Barros
As ilhas assumiram um papel fundamental como
viveiros de aclimatação das plantas e culturas em
movimento.
Robustum
Officinarum
Edule
Spontaneum
Sinense
Barberi
Açúcar: expansão
Açúcar: expansão
Buda
Maomé
A afirmação da cana-de-açúcar é fruto da
afirmação e expansão do budismo e islamismo
Buda o “rei do Açúcar”
A expansão da cana-de-açúcar no Mediterrâneo
persegue a expansão do Islão-sécs. VI-VIII
A cana-de-açúcar foi um dos primeiros e principais produtos que a
Europa legou e definiu para as novas áreas de ocupação no
Atlântico
A cana-de-açúcar hoje
A Cana-de-açúcar o Homem e meio o ambiente
".... o cultivo da cana-de-açúcar se
processa em regime de autofagia: a
cana devorando tudo em torno de si,
engolindo terras e mais terras,
dissolvendo o húmus do solo,
aniquilando as pequenas culturas
indefesas e o próprio capital humano, do
qual a sua cultura tira toda a vida. ".
(Josué de Castro, Geografia da Fome, R. Janeiro, 1952,
p.73)
A Cana-de-açúcar o Homem e meio o ambiente
1. Desflorestação:
- desbaste floresta para plantar canaviais
- madeiras para a construção do engenho
e caixas de açúcar
- madeiras para a fornalha
Século XVIII no Brasil 1 kg de açúcar equivale
a cerca de 15 kg de lenha
Cada hectare= 200 toneladas de lenha
2. Desgaste dos solos.
Esgotamento do solo ao fim de 40 anos de cultura
intensiva
A Cana-de-açúcar o Homem e meio o ambiente
Áreas: Chipre, Sicilia,
Motril, Madeira,
Canárias, Jamaica,
Barbados, St. Kitts
Beterraba
Sorghum
Cana-de-açúcar
SACHARUM L.
Substitutos do açúcar
Acesulfame L(1967)
Aspartame(1965)
Alitane
Cyclamate(1937)
Neohesperidine DC
Saccharin(1879)
Sucracose
Stevioside
Thaumatin
BETERRABA: a concorrência à cana-de-açúcar
1575 François Olivier de Serres (1539-1619) em
"Theatre dell'Agriculture", refere que se pode extrair
açúcar da beterraba.
1745 Frederico O Grande da Prússia ordena aos
químicos que investiguem a forma de retirar sacarose
de frutos.
1747 O Barão Andraeas Sigismond Marggraf [1709-
1782], da Academia de Ciências de Berlim, confirma
que o açúcar existente na Beterraba é igual ao da cana
sacarina
1786 Carl Franz Achard fez um estudo sistemático
sobre a beterraba e montou a primeira fábrica de
açúcar de beterraba
BETERRABA: a concorrência à cana-de-açúcar
1799 Franz Carl Achard anuncia a obtenção
de açúcar em larga escala, construindo uma
fábrica na Silésia. Presenteou Frederico III da
Prússia com um pão de açúcar de beterraba
1812 Construção da primeira fábrica para
açúcar de beterraba em França
BETERRABA: a concorrência à cana-de-açúcar
1866 Jules Robert
desenvolveu o processo de
difusão para extrair o açúcar da
beterraba.
1880 A beterraba conduz a
inovações na indústria química,
enquanto o seu açúcar,
suplanta o da cana e conduz ao
colapso do mercado.
BETERRABA: a concorrência à cana-de-açúcar
Processo de fabrico do açúcar- até ao século XIX
Moenda
Cozedura
Purga
Encaixar
expedição
Processo de fabrico do açúcar- a partir do século XIX
Extracção
Purificação
Clarificação
Evaporação
Cristalização
Purga
Empacotamento
expedição
ROTAS OCEÂNICAS -Produtos e tecnologia
PAgrícola:
< Sistemas de cultivo
< fabrico vinho e açúcar
PNavegação
A história Tecnológica evidencia que a expansão europeia condicionou
a divulgação de técnicas e permitiu a invenção de novas que
revolucionar a economia mundial.
Os homens que circularam no espaço atlântico foram portadores de
uma cultura tecnológica que divulgaram nos quatro cantos e adaptaram
às condições dos espaços de povoamento agrícola.
MOENDA: Tecnologia
1. Sistemas caseiros
2. Sistemas industrial doméstico-rural
- cilindros a partir do séc. XV
3. Sistema industrial
- máquina a vapor partir do século XIX
MOENDA: Tecnologia
Pilão para esmagar cana. China. séc. XVI
Moenda de açúcar. Filipinas
MOENDA: Tecnologia
almofariz usado na India para esmagar a cana, usado até séc. XIX
MOENDA: Tecnologia
moenda. China. 1637
desenho de Torriani: fins séc. XVI
MOENDA: Tecnologia
Os lugares onde com enorme actividade e habilidade se fabrica o açúcar estäo em grandes herdades, e o
processo é o seguinte: primeiramente, depois que as canas cortadas foram levadas para os lugares acima
referidos,pöem-nas debaixo de uma mó movida a água, a qual, triturando e esmagando as canas, extrai-lhe
todo o suco.
(Giulio Landi,"Descrição da ilha da Madeira", publ. Antonio Aragão, A Madeira vista por estrangeiros, Funchal, 1981, pp.85-86)
engenho na Hispaniola. Theodore de Bry, 1595
MOENDA: Tecnologia
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S 2 cilindros horizontais sec. XV: India para China
1471 na Europa. 3 cilindros verticais na américa.
MOENDA: Tecnologia
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Máquina de descaroçar algodão 1637,
usada na Índia desde séc. XII
Laminadora de metais de Giovanni Agostino
Pantheo, 1530. A primeira foi desenhada por
Leonardo da Vinci
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S
engenho de três cilindros. Japão séc. XVIII. A
tecnologia era usada na China desde o século XVII
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S Trapiche de besta, ainda em funcionamento.
ilha de Santiago. Cabo Verde
Engenho de cilindros verticais. China. 1637.Surgem
na China desde 1590, sendo trazido da Índia.
Trapiche Charles C. de Rochefort. Histoire naturelle et morale des
iles Antilles, 1655
MOENDA: Tecnologia
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S
Jean Baptiste Labat em Nouveau Voyage aus iles de
l'Amerique, [1722],
MOENDA: Tecnologia
Moenda dupla
MOENDA: Tecnologia
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1770-Jamaica-1ª máquina a vapor aplicada ao trapiche
1835-Cuba, maquina vapor de Fawcett
MOENDA: Tecnologia
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MOENDA: Tecnologia
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S
COZEDURA: Tecnologia
1.purificação da guarapa
2.evaporação
3.clarificação e cristalização
Século XIX o processo especializado
COZEDURA: Tecnologia
Aqui há cinco vasos postos
por ordem, para cada um
dos quais o suco saído das
canas passa um certo
tempo em ebuliçäo, depois,
passando para os outros
vasos, com fogo brando,
däo-lhe com habilidade a
cozedura, de modo que
chegue a espessura tal que,
posto depois em formas de
barro, possa endurecer.
"[Giulio Landi,1530]
COZEDURA: Tecnologia
COZEDURA: Tecnologia
Consta um terno ou ordem de
cobres (além do parol do caldo e
do parol da guinda que ficam na
casa da moenda) de duas
caldeiras, a saber, da do meio e da
outra de melar, de um parol da
escuma, de um parol grandes que
chamam parol do melado, e de
outro menor, que se chama parol
de coar; de um terno de tachas,
que são quatro, a saber, a de
receber, a da porta, a de cozer e a
de bater e, finalmente, de uma
bacia que serve para repartir o
açúcar nas formas e, de outros
tantos cobres de igual ou pouco
menor grandeza, consta outro
andar semelhante(...).
(Antonil, Cultura e opulência do
Brasil.1711)
PURIFICAÇÃO: Tecnologia
Carbonatação
CLARIFICAÇÃO: Tecnologia
Sistema Graver
Clarificação: Tecnologia
Evaporação: tecnologia
Evaporador
horizontal
Rillieux
Evaporação: tecnologia
Cristalização: tecnologia
Cristalização
Cristalização e centrifugação
PURGA: tecnologia
Séc. XIX-recurso a novos
sistemas que permitem
acelerar o processo:
-caldeira de vacuo
-centrifugação
Até séc. XIX: sistema de formas
PURGA: tecnologia
PURGA: tecnologia
trapiche. Antilhas francesas. séc. XVII
PURGA: Tecnologia
Aparelho de vácuo para purgar
PURGA: Tecnologia
Turbina para centrifugação. Acelera o
processo purga
PURGA: Tecnologia
Clarificador de vácuo
Filtro -refinação
PURGA: Tecnologia
Decolorização
O engenho-complexo
Plantação idealizada por Avalle(1796)
Plantação segundo LAVAL(1724)
O engenho-complexo espacial
Juan Stradamus. Séc. XVI
-Moinho romano de cereais e
prensa
-divisão do trabalho
ENGENHO: estrutura
João Esmeraldo.lombada compra em 1493. Construção capela em1493
Casa de Colombo. Construída em1495
MEDICINA
ALIMENTAÇÃO: especiaria,
condimento, conservas, bebida,
confeitaria e doçaria
CERIMONIAL: Festas, Rituais
religiosos, magia, oferta a
monarcas e personalidades
O MERCADO- até ao século XV
Farmácia medieval
Europa medieval. Conhecido como o sal
da Índia
O mediterrâneo com centro do comércio
do açúcar a partir do séc. VII
domínio árabes e venezianos
O MERCADO até ao século XVIII
A Madeira conduz à transferência do
mercado do açúcar para o Atlântico,
aumentando a oferta do produto
- o Brasil, com produção em larga
escala, contribui afirmação do
comércio do produto.
-plena afirmação do mercado
americano na oferta do açúcar.
O MERCADO sécs. XIX-XX
- a concorrência da beterraba e as
mudanças do mercado.
1902. Convenção de Bruxelas fim
apoio financeiro do Estado à cana
1914-19/1939-45: aumento preços
1937. Sugar Organization para
estabilizar o mercado com cotas
1974-90- enfrentamento entre
comércio livre e proteccionismo.
A cana-de-açúcar está indissociavelmente ligada à afirmação
do espaço atlântico a partir do século XV
A Madeira manteve uma posição relevante no processo de
expansão da cultura
uma produção em larga escala que viria a provocar algumas
crises de sub-produção e uma quebra generalizada dos preços
pressão da Madeira sobre às áreas produtoras do
Mediterrâneo
Madeira afirmou-se, entre o último quartel do século XV e a
primeira metade da centúria seguinte, como o principal
mercado açucareiro europeu, destronando os mais directos
competidores no Mediterrâneo
Madeira. Plataforma de afirmação do açúcar no mundo atlântico
Comércio do açúcar:
1.propicia elevada riqueza aos intervenientes, que se
repercute no luxo e ostentação,
2. Benefícios elevados ao senhorio e coroa-tributação de
cerca de 25%.
ENGENHOS: MADEIRA
1494: 14 engenhos para 209 proprietáriose 431 canaviais
ENGENHOS: MADEIRA
AÇÚCAR: MADEIRA
Trilogia rural Lombada de J. Esmeraldo. 1474
A cana-de-açúcar é de todas as plantas
domesticadas pelo homem a que mais
implicações teve na História da
Humanidade.
A chegada ao Atlântico no Século XV
provocou:
1- o maior fenomeno migratório que foi a
escravatura de milhões de africanos, com
repercussões evidentes na literatura,
múcsica e actividades ludicas.
2- transformação tecnológica permanente
pela pressão do mercado e concorrência
3- mudança da estrutua mercantil e dos
hábitos de consumo: da farmácia à prateleira
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  • 1. Rua das Mercês, 8 9000-224– Funchal Telef (+351291)214970 Fax (+351291)223002 Email: ceha@madeira-edu.pt alberto.vieira@madeira-edu.pt http://www.madeira-edu.pt/ceha/ VIEIRA, Alberto (2005) Canaviais e açúcar uma Tradição Multissecular COMO REFERENCIAR ESTE TEXTO: VIEIRA, Alberto (2005), Canaviais e açúcar-uma Tradição Multissecular,, Funchal, CEHA-Biblioteca Digital, disponível em: http://www.madeira-edu.pt/Portals/31/CEHA/bdigital/ensino/2005- av-tecnologia.pdf, data da visita: / / RECOMENDAÇÕES O utilizador pode usar os livros digitais aqui apresentados como fonte das suas próprias obras, usando a norma de referência acima apresentada, assumindo as responsabilidades inerentes ao rigoroso respeito pelas normas do Direito de Autor. O utilizador obriga-se, ainda, a cumprir escrupulosamente a legislação aplicável, nomeadamente, em matéria de criminalidade informática, de direitos de propriedade intelectual e de direitos de propriedade industrial, sendo exclusivamente responsável pela infracção aos comandos aplicáveis.
  • 3. CANAVIAIS E AÇÚCAR UMA TRADIÇÃO MULTISECULAR 1. A expansão da cultura e a afirmação do consumo 2. Tecnologia da moenda e fabrico do açúcar 3. o mundo do açúcar e a Madeira
  • 4. ROTAS OCEÂNICAS -plantas P"todas as sementes e plantas e outras coisas com quem esperava de povoar e assentar na terra" .João de Barros As ilhas assumiram um papel fundamental como viveiros de aclimatação das plantas e culturas em movimento.
  • 8. Buda Maomé A afirmação da cana-de-açúcar é fruto da afirmação e expansão do budismo e islamismo
  • 9. Buda o “rei do Açúcar”
  • 10. A expansão da cana-de-açúcar no Mediterrâneo persegue a expansão do Islão-sécs. VI-VIII
  • 11. A cana-de-açúcar foi um dos primeiros e principais produtos que a Europa legou e definiu para as novas áreas de ocupação no Atlântico
  • 13.
  • 14. A Cana-de-açúcar o Homem e meio o ambiente ".... o cultivo da cana-de-açúcar se processa em regime de autofagia: a cana devorando tudo em torno de si, engolindo terras e mais terras, dissolvendo o húmus do solo, aniquilando as pequenas culturas indefesas e o próprio capital humano, do qual a sua cultura tira toda a vida. ". (Josué de Castro, Geografia da Fome, R. Janeiro, 1952, p.73)
  • 15. A Cana-de-açúcar o Homem e meio o ambiente 1. Desflorestação: - desbaste floresta para plantar canaviais - madeiras para a construção do engenho e caixas de açúcar - madeiras para a fornalha Século XVIII no Brasil 1 kg de açúcar equivale a cerca de 15 kg de lenha Cada hectare= 200 toneladas de lenha 2. Desgaste dos solos. Esgotamento do solo ao fim de 40 anos de cultura intensiva
  • 16. A Cana-de-açúcar o Homem e meio o ambiente Áreas: Chipre, Sicilia, Motril, Madeira, Canárias, Jamaica, Barbados, St. Kitts
  • 18. Substitutos do açúcar Acesulfame L(1967) Aspartame(1965) Alitane Cyclamate(1937) Neohesperidine DC Saccharin(1879) Sucracose Stevioside Thaumatin
  • 19. BETERRABA: a concorrência à cana-de-açúcar 1575 François Olivier de Serres (1539-1619) em "Theatre dell'Agriculture", refere que se pode extrair açúcar da beterraba. 1745 Frederico O Grande da Prússia ordena aos químicos que investiguem a forma de retirar sacarose de frutos. 1747 O Barão Andraeas Sigismond Marggraf [1709- 1782], da Academia de Ciências de Berlim, confirma que o açúcar existente na Beterraba é igual ao da cana sacarina 1786 Carl Franz Achard fez um estudo sistemático sobre a beterraba e montou a primeira fábrica de açúcar de beterraba
  • 20. BETERRABA: a concorrência à cana-de-açúcar 1799 Franz Carl Achard anuncia a obtenção de açúcar em larga escala, construindo uma fábrica na Silésia. Presenteou Frederico III da Prússia com um pão de açúcar de beterraba 1812 Construção da primeira fábrica para açúcar de beterraba em França
  • 21. BETERRABA: a concorrência à cana-de-açúcar 1866 Jules Robert desenvolveu o processo de difusão para extrair o açúcar da beterraba. 1880 A beterraba conduz a inovações na indústria química, enquanto o seu açúcar, suplanta o da cana e conduz ao colapso do mercado.
  • 22. BETERRABA: a concorrência à cana-de-açúcar
  • 23. Processo de fabrico do açúcar- até ao século XIX Moenda Cozedura Purga Encaixar expedição
  • 24. Processo de fabrico do açúcar- a partir do século XIX Extracção Purificação Clarificação Evaporação Cristalização Purga Empacotamento expedição
  • 25.
  • 26.
  • 27. ROTAS OCEÂNICAS -Produtos e tecnologia PAgrícola: < Sistemas de cultivo < fabrico vinho e açúcar PNavegação A história Tecnológica evidencia que a expansão europeia condicionou a divulgação de técnicas e permitiu a invenção de novas que revolucionar a economia mundial. Os homens que circularam no espaço atlântico foram portadores de uma cultura tecnológica que divulgaram nos quatro cantos e adaptaram às condições dos espaços de povoamento agrícola.
  • 28. MOENDA: Tecnologia 1. Sistemas caseiros 2. Sistemas industrial doméstico-rural - cilindros a partir do séc. XV 3. Sistema industrial - máquina a vapor partir do século XIX
  • 29. MOENDA: Tecnologia Pilão para esmagar cana. China. séc. XVI Moenda de açúcar. Filipinas
  • 30. MOENDA: Tecnologia almofariz usado na India para esmagar a cana, usado até séc. XIX
  • 31. MOENDA: Tecnologia moenda. China. 1637 desenho de Torriani: fins séc. XVI
  • 32. MOENDA: Tecnologia Os lugares onde com enorme actividade e habilidade se fabrica o açúcar estäo em grandes herdades, e o processo é o seguinte: primeiramente, depois que as canas cortadas foram levadas para os lugares acima referidos,pöem-nas debaixo de uma mó movida a água, a qual, triturando e esmagando as canas, extrai-lhe todo o suco. (Giulio Landi,"Descrição da ilha da Madeira", publ. Antonio Aragão, A Madeira vista por estrangeiros, Funchal, 1981, pp.85-86) engenho na Hispaniola. Theodore de Bry, 1595
  • 33. MOENDA: Tecnologia C I L I N D R O S 2 cilindros horizontais sec. XV: India para China 1471 na Europa. 3 cilindros verticais na américa.
  • 34. MOENDA: Tecnologia C I L I N D R O S Máquina de descaroçar algodão 1637, usada na Índia desde séc. XII Laminadora de metais de Giovanni Agostino Pantheo, 1530. A primeira foi desenhada por Leonardo da Vinci
  • 35. MOENDA: Tecnologia C I L I N D R O S engenho de três cilindros. Japão séc. XVIII. A tecnologia era usada na China desde o século XVII
  • 36. MOENDA: Tecnologia C I L I N D R O S Trapiche de besta, ainda em funcionamento. ilha de Santiago. Cabo Verde Engenho de cilindros verticais. China. 1637.Surgem na China desde 1590, sendo trazido da Índia. Trapiche Charles C. de Rochefort. Histoire naturelle et morale des iles Antilles, 1655
  • 37. MOENDA: Tecnologia C I L I N D R O S Jean Baptiste Labat em Nouveau Voyage aus iles de l'Amerique, [1722],
  • 39. MOENDA: Tecnologia C I L I N D R O S 1770-Jamaica-1ª máquina a vapor aplicada ao trapiche 1835-Cuba, maquina vapor de Fawcett
  • 42. COZEDURA: Tecnologia 1.purificação da guarapa 2.evaporação 3.clarificação e cristalização Século XIX o processo especializado
  • 43. COZEDURA: Tecnologia Aqui há cinco vasos postos por ordem, para cada um dos quais o suco saído das canas passa um certo tempo em ebuliçäo, depois, passando para os outros vasos, com fogo brando, däo-lhe com habilidade a cozedura, de modo que chegue a espessura tal que, posto depois em formas de barro, possa endurecer. "[Giulio Landi,1530]
  • 45. COZEDURA: Tecnologia Consta um terno ou ordem de cobres (além do parol do caldo e do parol da guinda que ficam na casa da moenda) de duas caldeiras, a saber, da do meio e da outra de melar, de um parol da escuma, de um parol grandes que chamam parol do melado, e de outro menor, que se chama parol de coar; de um terno de tachas, que são quatro, a saber, a de receber, a da porta, a de cozer e a de bater e, finalmente, de uma bacia que serve para repartir o açúcar nas formas e, de outros tantos cobres de igual ou pouco menor grandeza, consta outro andar semelhante(...). (Antonil, Cultura e opulência do Brasil.1711)
  • 46.
  • 54. PURGA: tecnologia Séc. XIX-recurso a novos sistemas que permitem acelerar o processo: -caldeira de vacuo -centrifugação Até séc. XIX: sistema de formas
  • 56. PURGA: tecnologia trapiche. Antilhas francesas. séc. XVII
  • 57. PURGA: Tecnologia Aparelho de vácuo para purgar
  • 58. PURGA: Tecnologia Turbina para centrifugação. Acelera o processo purga
  • 59. PURGA: Tecnologia Clarificador de vácuo Filtro -refinação
  • 61. O engenho-complexo Plantação idealizada por Avalle(1796) Plantação segundo LAVAL(1724)
  • 62. O engenho-complexo espacial Juan Stradamus. Séc. XVI -Moinho romano de cereais e prensa -divisão do trabalho
  • 63. ENGENHO: estrutura João Esmeraldo.lombada compra em 1493. Construção capela em1493 Casa de Colombo. Construída em1495
  • 64.
  • 65. MEDICINA ALIMENTAÇÃO: especiaria, condimento, conservas, bebida, confeitaria e doçaria CERIMONIAL: Festas, Rituais religiosos, magia, oferta a monarcas e personalidades
  • 66. O MERCADO- até ao século XV Farmácia medieval Europa medieval. Conhecido como o sal da Índia O mediterrâneo com centro do comércio do açúcar a partir do séc. VII domínio árabes e venezianos
  • 67. O MERCADO até ao século XVIII A Madeira conduz à transferência do mercado do açúcar para o Atlântico, aumentando a oferta do produto - o Brasil, com produção em larga escala, contribui afirmação do comércio do produto. -plena afirmação do mercado americano na oferta do açúcar.
  • 68. O MERCADO sécs. XIX-XX - a concorrência da beterraba e as mudanças do mercado. 1902. Convenção de Bruxelas fim apoio financeiro do Estado à cana 1914-19/1939-45: aumento preços 1937. Sugar Organization para estabilizar o mercado com cotas 1974-90- enfrentamento entre comércio livre e proteccionismo.
  • 69. A cana-de-açúcar está indissociavelmente ligada à afirmação do espaço atlântico a partir do século XV A Madeira manteve uma posição relevante no processo de expansão da cultura uma produção em larga escala que viria a provocar algumas crises de sub-produção e uma quebra generalizada dos preços pressão da Madeira sobre às áreas produtoras do Mediterrâneo Madeira afirmou-se, entre o último quartel do século XV e a primeira metade da centúria seguinte, como o principal mercado açucareiro europeu, destronando os mais directos competidores no Mediterrâneo
  • 70. Madeira. Plataforma de afirmação do açúcar no mundo atlântico Comércio do açúcar: 1.propicia elevada riqueza aos intervenientes, que se repercute no luxo e ostentação, 2. Benefícios elevados ao senhorio e coroa-tributação de cerca de 25%.
  • 71. ENGENHOS: MADEIRA 1494: 14 engenhos para 209 proprietáriose 431 canaviais
  • 74. Trilogia rural Lombada de J. Esmeraldo. 1474
  • 75. A cana-de-açúcar é de todas as plantas domesticadas pelo homem a que mais implicações teve na História da Humanidade. A chegada ao Atlântico no Século XV provocou: 1- o maior fenomeno migratório que foi a escravatura de milhões de africanos, com repercussões evidentes na literatura, múcsica e actividades ludicas. 2- transformação tecnológica permanente pela pressão do mercado e concorrência 3- mudança da estrutua mercantil e dos hábitos de consumo: da farmácia à prateleira do supermercado.