O documento discute conceitos relacionados à crença em Deus, como teísmo, deísmo e panteísmo. Apresenta também argumentos a favor da existência de Deus, como o Argumento do Sentido da Vida, e objeções a esses argumentos.
4. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Monoteísmo
(cristianismo, islamismo e judaísmo)
Deus
4
5. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
TEÍSMO
DEÍSMO
PANTEÍSMO
Criador
(ou
causa)
do
mundo?
Sim
Sim
Não
Uma
pessoa?
Sim
Não
Não
Infinitamente
bom?
Sim
-‐
Sim
Omnipotente?
Sim
-‐
-‐
Omnisciente?
Sim
-‐
-‐
Omnipresente?
Sim
-‐
Sim
Transcendente?
Sim
Sim
Não
Deus
5
6. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Teísmo: Deus existe e é o criador do mundo
(logo, é transcendente), omnipotente (logo, é
omnisciente) e infinitamente bom.
Deus
6
7. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Teísmo: Deus existe e é o criador do mundo,
omnipotente e infinitamente bom.
Ateísmo: Deus (incluindo o Deus teísta) não
existe.
Deus
7
8. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Teísmo: Deus existe e é o criador do mundo,
omnipotente e infinitamente bom.
Ateísmo: Deus (incluindo o Deus teísta) não
existe.
Agnosticismo: Não há razões para dizer que
existe nem que não existe: suspender a
crença quanto à existência de Deus é a
atitude mais razoável.
Deus
8
9. • o
teísta
acredita
que
Deus
existe
• o
ateu
acredita
que
Deus
não
existe
• o
agnósGco
não
acredita
que
Deus
existe
e
também
não
acredita
que
não
existe.
Deus
9
10. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
JUSTIFICAÇÃO
DA
CRENÇA
EM
DEUS
Teísta
Há razões (provas ou argumentos) para acreditar que Deus
existe.
Fideísta
Não é preciso razões para acreditar que Deus existe; trata-se
simplesmente de uma questão de fé (sentimento).
Deus
10
11. Porquê
acreditar
sem
provas?
A
aposta
de
Pascal
Mesmo
sem
provas,
o
mais
razoável
é
acreditar
que
Deus
existe,
pois
é
a
melhor
aposta.
...
e
...
Deus
existe
Deus
não
existe
Acredito
que
existe
Tudo
a
ganhar
Nada
a
perder
Acredito
que
não
existe
Tudo
a
perder
Nada
a
ganhar
Não
se
pretende
mostrar
directamente
que
Deus
existe,
mas
apenas
mostrar
que
é
melhor
acreditar
que
existe
do
que
acreditar
que
não
existe.
Deus
11
12. Objecção
à
aposta
de
Pascal
Apostamos
na
existência
de
Deus
porque
nada
podemos
saber
acerca
dele.
Mas,
em
contradição
com
isso,
pressupomos
que
ele
recompensaria
o
crente
oportunista
e
puniria
o
descrente
honesto.
Deus
12
13. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Argumentos teístas a favor da
existência de Deus
ou
Provas da existência de Deus
Deus
13
14. Argumento do sentido da vida
Tudo
parece
acabar
quando
morremos.
Mas
se
tudo
se
perde
abruptamente
com
a
morte,
nada
do
que
fazemos
em
vida
vale
realmente
a
pena
e,
assim,
nada
faz
senGdo.
Mas
seria
estranho
que
a
nossa
vida
não
Gvesse
qualquer
propósito
(ou
senGdo),
a
não
ser
que
não
seja
verdade
que
tudo
acabe
quando
morremos.
Ora,
ninguém
a
não
ser
Deus
nos
pode
garanGr
que
nem
tudo
acaba
quando
morremos.
Logo,
Deus
existe
e
tem
um
plano
para
cada
um
de
nós,
que
se
prolonga
para
além
da
morte
sica.
Deus
14
15. A
estrutura
lógica
do
Argumento
do
SenTdo
da
Vida
(Tolstoi)
1.
Se
Deus
não
exisGr,
tudo
se
acaba
com
a
nossa
morte.
2.
Se
tudo
se
acabar
com
a
nossa
morte,
a
nossa
vida
não
tem
senGdo.
3.
Mas
a
nossa
vida
tem
de
ter
senGdo.
4.
Logo,
Deus
tem
de
exisGr.
Deus
15
16. O
Argumento
do
SenTdo
da
Vida
simplificado
1.
Se
Deus
não
exisGsse,
a
vida
não
teria
senGdo.
2.
Mas
a
vida
tem
senGdo.
3.
Logo,
Deus
existe.
Deus
16
18. Objecção
1
2.
Se
tudo
se
acabar
com
a
nossa
morte,
a
nossa
vida
não
tem
sen5do.
Mas
algo
que
não
faz
senGdo
por
ser
efémero,
passa
misteriosamente
a
fazer
senGdo
se
permanecer
para
sempre?
Se
uma
coisa
não
Gver
senGdo,
não
passa
a
tê-‐lo
se
a
prolongarmos
indefinidamente
(não
é
por
Sísifo
empurrar
o
seu
pedregulho
para
sempre,
que
isso
passa
a
ter
mais
senGdo).
Assim,
também
uma
vida
sem
senGdo
não
passará
a
tê-‐lo
se
ela
for
prolongada
indefinidamente.
Deus
18
19. Objecção
2
2.
Se
Deus
não
exis5sse,
a
nossa
vida
não
teria
sen5do.
A
nossa
vida
pode
ter
senGdo,
mesmo
que
Deus
não
exista.
Se
nós
exis^ssemos
apenas
para
executar
um
plano
que
Deus
tem
para
nós,
então
aí
é
que
a
nossa
vida
deixaria
de
ter
senGdo,
uma
vez
que
não
estaríamos
realmente
a
viver
a
nossa
própria
vida
mas
a
executar
um
plano
alheio
(aquilo
que
Deus
tem
preparado
para
nós).
Uma
vida
sem
autonomia
é
uma
vida
sem
valor.
Deus
19
20. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Argumento do desígnio
O
mundo
está
cheio
de
coisas
maravilhosas
e
que
descobrimos
serem
incríveis
quando
pensamos
nelas
com
atenção.
Considere-‐se
o
olho
humano,
por
exemplo.
É
feito
de
partes
que
funcionam
conjuntamente
de
formas
intrincadas
e
complexas.
Se
algum
detalhe
for
alterado,
tudo
deixa
de
funcionar
—
tudo
o
resto
seria
inúGl.
Ora
acontece
que
tudo,
incluindo
o
mais
pequeno
detalhe,
parece
ter
um
propósito,
uma
intencionalidade.
Deus
20
21. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
A
estrutura
lógica
do
Argumento
do
Desígnio
(versão
1:
Paley
e
a
eliminação
do
acaso)
1.
Ou
as
maravilhas
da
natureza
são
o
fruto
de
um
espantoso
e
mero
acaso,
ou
são
o
produto
de
um
desígnio
inteligente.
2.
Mas
não
podem
ter
ocorrido
por
acaso.
3.
Logo,
são
o
produto
de
um
desígnio
inteligente
(inteligência
divina).
Deus
21
22. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
A
estrutura
lógica
do
Argumento
do
Desígnio
(versão
2:
Hume/Paley
e
a
igualdade
de
provas)
1.
É
correcto
concluir
que
objectos
como
os
relógios
foram
feitos
por
criadores
inteligentes
porque
têm
partes
que
funcionam
conjuntamente
com
um
propósito.
2.
Temos
as
mesmas
provas
para
pensar
que
o
universo
é
como
os
relógios,
pois
também
é
composto
de
partes
que
funcionam
conjuntamente
ao
serviço
de
um
propósito.
3.
Logo,
podemos
concluir
jusGficadamente
que
o
universo
foi
feito
por
um
criador
inteligente
(Deus).
Deus
22
23. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aula
aberta
de
Filosofia
Objecções
ao
Argumento
do
Desígnio
Deus
23
24. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Objecção
1
1. Ou
as
maravilhas
da
natureza
são
o
fruto
de
um
espantoso
e
mero
acaso,
ou
são
o
produto
de
um
desígnio
inteligente.
Darwin:
Esta
premissa
é
falsa,
pois
há
outra
explicação
(a
verdadeira)
além
da
alternaGva
apresentada
(a
premissa
coloca
um
falso
dilema).
Essa
explicação
é
a
selecção
natural.
Deus
24
25. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Objecção
2
2.
Temos
as
mesmas
provas
para
pensar
que
o
universo
é
como
os
relógios,
pois
também
é
composto
de
partes
que
funcionam
conjuntamente
ao
serviço
de
um
propósito.
Hume:
Esta
premissa
é
falsa,
pois
trata-‐se
de
uma
falsa
analogia.
Estamos
a
inferir
causas
a
parGr
de
efeitos,
mas
no
caso
dos
relógios
baseamo-‐nos
no
facto
de
já
termos
visto
antes
muitos
relógios
(e
até
os
relojoeiros
que
os
fizeram),
o
que
não
acontece
no
caso
do
universo
(quantos
universos
vimos?).
Deus
25
26. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Argumento Cosmológico
(ou argumento da causa primeira: Tomás de Aquino)
Tome-‐se
uma
coisa
qualquer.
Essa
coisa
não
se
criou
a
si
própria.
Mas
tem
de
ter
uma
causa,
pois
não
surge
do
nada
(não
há
efeitos
sem
causas).
Há,
portanto
outra
coisa
que
a
causou.
Por
sua
vez,
esta
outra
coisa
tem
de
ter
também
uma
causa,
e
assim
sucessivamente
(até
ao
Big
Bang,
dizem-‐nos
os
cienGstas).
Mas
o
que
deu
origem
ao
Big
Bang?
Não
podemos
regredir
infinitamente,
pelo
que
tem
de
haver
algo
que
é
causa
de
tudo
sem
ser
causado
por
nada
(causa
primeira).
Essa
causa
primeira
é
Deus.
Deus
26
27. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
A
ideia
básica
do
Argumento
Cosmológico
Pode
ser
expressa
da
seguinte
forma:
1.
Se
as
cadeias
causais
regridem
infinitamente,
não
existe
uma
primeira
causa.
2.
Mas
se
não
existe
uma
primeira
causa,
também
não
existe
qualquer
dos
seus
efeitos.
3.
Se
não
existem
efeitos,
então
nada
existe.
4.
É
óbvio
que
existem
coisas.
4.
Logo,
as
cadeias
causais
não
podem
regredir
infinitamente.
Deus
27
28. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
A
estrutura
lógica
do
Argumento
Cosmológico
1.
Tudo
o
que
existe
tem
de
ter
uma
causa.
2.
A
cadeia
causal
não
pode
recuar
indefinidamente.
Em
algum
ponto,
temos
de
chegar
a
uma
Causa
Primeira.
3.
À
Causa
Primeira
podemos
chamar
Deus.
Deus
28
29. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Objecções
ao
Argumento
Cosmológico
Deus
29
30. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Objecção
1
1.
Tudo
o
que
existe
tem
de
ter
uma
causa.
2.
A
cadeia
causal
não
pode
recuar
indefinidamente.
Em
algum
ponto,
temos
de
chegar
a
uma
Causa
Primeira.
O
problema
principal
é
este
raciocínio
ser
auto-‐contraditório
(as
duas
premissas
anteriores
não
podem
ser
simultaneamente
verdadeiras).
Primeiro
diz-‐se
que
tudo
tem
de
ter
uma
causa,
mas
depois
admite-‐se
a
existência
de
algo
que
não
tem
uma
causa.
Temos
de
escolher:
se
acreditamos
seriamente
que
tudo
tem
de
ter
uma
causa,
temos
de
perguntar
o
que
causou
Deus,
e
assim
por
diante.
Mas
se
acreditamos
que
«a
cadeia
causal
tem
de
parar
em
algum
lado»,
por
que
não
haveremos
de
dizer
que
pára
no
Big
Bang?
Deus
30
31. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Objecção
2
O
argumento
não
prova
a
existência
de
um
Deus
teísta:
Algumas
pessoas
chamam
«Deus»
àquilo
que
causou
o
universo,
seja
isso
o
que
for.
Mas,
isso
não
nos
dá
qualquer
razão
para
pensar
que
«Deus»
é
a
divindade
omnipotente
e
benevolente
do
teísmo
tradicional.
A
palavra
«Deus»
pode
neste
caso
servir
para
nomear,
por
exemplo,
um
ponto
incrivelmente
denso
de
massa
e
de
energia
que
precedeu
o
Big
Bang.
Só
que
assim
torna-‐se
claro
que
não
há
qualquer
razão
para
usar
a
palavra
«Deus»
desta
forma.
Fazê-‐lo
só
cria
confusão.
Deus
31
32. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Argumento Ontológico
(argumento da perfeição: Santo Anselmo)
Todas
as
pessoas,
mesmo
as
descrentes
têm
a
ideia
de
Deus,
isto
é,
têm
a
ideia
de
um
ser
sumamente
perfeito.
Mas
o
que
é
um
ser
sumamente
perfeito?
Não
pode
ser
um
ser
que
existe
apenas
no
pensamento
(faltar-‐lhe-‐ia
algo
para
ser
perfeito:
exisGr
na
realidade).
Portanto,
se
não
exisGr
na
realidade,
não
é
perfeito
e
se
for
perfeito
tem
de
exisGr
na
realidade.
Assim,
é
absurdo
ter
a
ideia
de
um
ser
perfeito
que
não
existe,
ou
seja,
que
não
é
perfeito.
Deus
32
33. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
A
ideia
básica
do
Argumento
Ontológico
A
ideia
de
um
ser
perfeito
implica
a
existência
desse
ser:
a
existência
de
Deus
deriva-‐se
do
próprio
conceito
de
Deus.
Tentar
imaginar
um
ser
perfeito
que
não
exista
é
tão
absurdo
como
tentar
imaginar
um
casado
solteiro.
Deus
33
34. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
A
estrutura
lógica
do
Argumento
Ontológico
(versão
de
Santo
Anselmo
simplificada)
1.
Deus
é
o
ser
maior
do
que
o
qual
nada
pode
ser
pensado.
2.
Se
Deus
exisGsse
apenas
no
pensamento,
então
não
seria
o
ser
maior
do
que
o
qual
nada
pode
ser
pensado
(uma
pessoa
real
seria
maior
do
que
Deus,
pelo
que
seria
possível
conceber
seres
maiores
do
que
Deus).
3.
Logo,
é
falso
que
Deus
exista
apenas
no
pensamento;
ele
existe
também
na
realidade.
Deus
34
36. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Objecção
1
Gaunilo:
1.
Existe
no
meu
pensamento
a
ideia
de
uma
ilha
perfeita.
2.
Essa
ilha
não
seria
perfeita
se
exisGsse
apenas
no
meu
pensamento
e
não
na
realidade.
3.
Logo,
é
falso
que
essa
ilha
existe
apenas
no
meu
pensamento,
ou
seja,
a
ilha
perfeita
existe
na
realidade.
Deus
36
37. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Objecção
1*
Kant
explica
o
que
há
de
errado:
A
perfeição
de
uma
coisa
depende
das
suas
propriedades
—
a
perfeição
de
uma
ilha,
por
exemplo,
depende
do
seu
tamanho,
clima,
beleza
natural
e
assim
por
diante.
Porém,
a
existência
não
é
uma
propriedade
neste
senGdo.
Se
uma
tal
ilha
existe
ou
não
é
a
questão
se
saber
se
há
no
mundo
alguma
coisa
que
tenha
essas
propriedades.
Deste
modo,
não
podemos
provar
que
a
ilha
—
ou
qualquer
outra
coisa
—
existe
se
nos
limitarmos
a
esGpular
que
é
perfeita
«por
definição».
A
definição
de
«ilha
perfeita»
diz-‐nos
apenas
como
seria
essa
ilha
se
exisTsse;
não
pode
dizer-‐nos
se
esta
ilha
existe
realmente.
Do
mesmo
modo,
a
definição
de
«Deus»
diz-‐nos
apenas
que
Gpo
de
ser
seria
Deus,
se
exisGsse.
Saber
se
existe
ou
não
é
outra
questão.
Deus
37
38. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
E
agora?
Dadas
as
objecções
aos
argumentos
teístas,
podemos
concluir
que
Deus
não
existe?
Deus
38
39. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Não!
Se
as
objecções
não
Gverem
resposta,
apenas
podemos
concluir
que
os
argumentos
nada
provam;
mas
não
que
Deus
não
existe.
Deus
39
40. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
Mas
quais
são
os
argumentos
ateístas?
Deus
40
41. Escola
Secundária
Manuel
Teixeira
Gomes
Aires
Almeida
O
ónus
da
prova
Alguns
ateus
defendem
que
não
precisam
de
provar
que
Deus
não
existe,
alegando
que
o
ónus
da
prova
(quem
tem
de
provar
algo)
é
quem
afirma
que
Deus
existe.
Assim,
tudo
o
que
precisam
é
de
mostrar
que
os
argumentos
teístas
são
maus.
Deus
41
42. Mas
não
há
argumentos
contra
a
existência
de
Deus?
Deus
42
43. Mas
não
há
argumentos
contra
a
existência
de
Deus?
Sim,
o
mais
popular
de
todos
é
o...
Deus
43
44. Argumento
do
mal
A
existência
de
Deus
e
do
mal
no
mundo
são
imcompa^veis,
pois
o
mundo
foi
criado
por
Deus
e
se
Deus
fosse
realmente
bom,
ele
teria
criado
um
mundo
onde
o
mal
não
Gvesse
lugar.
Das
duas
uma:
ou
queria
um
mundo
sem
o
mal,
mas
não
pôde
(neste
caso
não
é
omnipotente);
ou
podia
ter
feito
um
mundo
sem
mal,
mas
não
quis
(neste
caso
não
é
infinitamente
bom).
Logo,
o
Deus
teísta
(omnipotente
e
bom)
não
pode
exisGr.
Deus
44
45. A
estrutura
do
Argumento
do
Mal
1.
Se
Deus
exisGsse,
o
mal
não
exisGria
no
mundo.
2.
Mas
é
óbvio
que
o
mal
existe
no
mundo.
3.
Logo,
Deus
não
existe.
Deus
45
47. Objecção
1
(objecção
ao
problema
do
mal
moral)
1.
Se
Deus
exis5sse,
o
mal
(moral)
não
exis5ria
no
mundo.
Santo
AgosTnho:
Mas
o
mal
é
compa^vel
com
a
existência
de
Deus,
pois
o
mal
que
as
pessoas
fazem
é
responsabilidade
destas
e
não
de
Deus,
uma
vez
que
Deus
quis
dar-‐nos
livre-‐arbítrio
(é
melhor
sermos
livres
do
que
sermos
marionetas)
e
não
poderíamos
ter
livre-‐
arbítrio
se
não
pudéssemos
escolher
entre
fazer
o
bem
e
fazer
o
mal.
Deus
47
48. Objecção
2
(objecção
ao
problema
do
mal
natural)
1.
Se
Deus
exis5sse,
o
mal
(natural)
não
exis5ria
no
mundo.
Mas
o
mal
natural
(terramotos,
doenças
congénitas,
catástrofes
naturais)
é
compa^vel
com
a
existência
de
Deus,
pois
se
no
mundo
não
houvesse
algum
mal,
as
pessoas
não
teriam
a
oportunidade
de
se
superarem,
realizando
actos
valiosos
e
heróicos,
revelando
assim
a
sua
grandeza.
Deus
48