O documento descreve o contexto histórico da Itália na década de 1920 que levou ao surgimento do fascismo, as características e objetivos dessa doutrina desenvolvida por Mussolini, como ele consolidou o poder ditatorial no país e as políticas externas expansionistas do regime fascista até sua queda em 1945.
4. Itália na década de 20
A Itália vivia uma profunda crise. A unificação de seu território
foi tardia, as guerras tinham durado entre 1859 e 1870, mas os
problemas políticos e sociais ainda não tinham terminado: o
papado romano não aceitava se submeter ao rei da Itália; as
várias regiões, historicamente diferentes, se recusavam a falar o
italiano, preferindo os dialetos locais.
Além disso, os problemas econômicos eram sérios: a
industrialização e a modernização da economia aconteciam de
forma lenta; as diferenças entre o Sul do país, agrícola e muito
pobre, e o Norte modernizado eram gritantes.
5. Fascismo
O que é fascismo
Trata-se de uma doutrina
totalitária de extrema-
direita desenvolvida por
Benito Mussolini na
Itália, a partir de 1919,
7. Totalitarismo
Totalitarismo:o sistema fascista era
antidemocrático e concentrava
poderes totais nas mãos do líder
de governo. Este líder podia tomar
qualquer tipo de decisão ou
decretar leis sem consultar
políticos ou representantes da
sociedade.
8. Nacionalismo
Nacionalismo: entre os fascistas
era a ideologia baseada na ideia de
que só o que é do país tem valor.
Valorização extrema da cultura do
próprio país em detrimento das
outras, que são consideradas
inferiores.
9. Militarismo
Militarismo: altos investimentos na
produção de armas e
equipamentos de guerra.
Fortalecimento das forças armadas
como forma de ganhar poder entre
as outras nações. Objetivo de
expansão territorial através de
guerras.
10. Culto ás forças físicas
Culto à força física: Nos países
fascistas, desde jovens os
jovens eram treinados e
preparados fisicamente para
uma possível guerra. O objetivo
do estado fascista era preparar
soldados fortes e saudáveis.
11. Benito Mussolini resumiu a
doutrina fascista numa regra
concisa: "Tudo para o
Estado, nada contra o
Estado, nada fora do
Estado."
12. Ditadura na Itália
A partir de 1925 a economia passou a ser firmemente
controlada pelo Estado, com o apoio dos capitalistas italianos.
Os prefeitos das cidades passaram a ser nomeados pelo rei,
por indicação de Mussolini. A censura foi ampliada: a
educação, as artes, os esportes, as rádios, o cinema e, até
mesmo, o lazer da população seguiam as orientações fascistas.
Foi criado o Tribunal Especial de Defesa do Estado,
responsável pelo julgamento de "crimes" políticos, sendo
juízes os oficiais da MVSN.
13. Tratado de Latrão (1929)
As relações políticas entre a Igreja Romana e o
Estado Italiano não foram fáceis desde o processo de
unificação da Itália no século 19, principalmente por
que o papado não aceitava perder o poder político
sobre os antigos Estados Pontifícios.
Na perspectiva de resolver tal dilema e, ao mesmo
tempo, ganhar o apoio dos católicos, Mussolini
assinou com o papa Pio 11 três acordos, que ficaram
conhecidos como Tratado de Latrão:
14. 1. A Santa Sé teria sua soberania política dentro
do Estado do Vaticano, ao mesmo tempo que
reconheceria o Estado Italiano;
2. A Itália indenizaria o Vaticano pelos danos
causados durante as guerras de unificação;
3. A religião católica seria a religião oficial do Estado
Italiano, sendo ensinada obrigatoriamente em todas
as escolas.
15. Política externa
Em termos de política externa, uma das principais propostas
defendidas pelo fascismo era o direito da Itália ao seu
"espaço vital", ou seja, para Mussolini e seus partidários,
o direito de anexar territórios com o intuito de aumentar o
crescimento econômico. Não era à toa, portanto, o discurso
militarista e nacionalista que acompanhava o Partido Nacional
Fascista (PFN) desde os seus primórdios.
Uma das primeiras atitudes expansionistas do Estado italiano
foi incentivar a fundação de Fascios em países onde
imigrantes italianos tinham se instalado, inclusive no Brasil,
propagando o ideal do partido pelo mundo.
16. O Fim de Mussoline
preso por guerrilheiros da resistência
italiana, que o fuzilaram a 28 de abril de
1945, juntamente com a sua
companheira, Clara Petacci – que embora
pudesse fugir, preferiu permanecer ao
lado do Duce até o fim.
As útimas palavras deste – em óbvia
deferência à sua personalidade
egocêntrica – foram: “Atirem aqui” (disse
ele apontando o peito). “Não me
destruam a figura”.
Os seus corpo e o de Clara ficaram
expostos à execração pública durante
vários dias, numa praça de Milão.