1. CONEXÃO
AMACLERJ
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Academia Maçônica de Artes, Ciências e Letras
do Estado do Rio de Janeiro - AMACLERJ
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ANO III Nº 5 NOVEMBRO 2010
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2. EXPEDIENTE
REDATOR: Elvandro de Azevedo Burity
SECRETÁRIO: Alceu de Almeida Reis
REVISÃO: Ademilton Madureira Lima
Redação e Administração:
Av. Marechal Floriano, 199 - 13 and. - Rio de Janeiro - RJ
CEP 20080-050
Esta publicação, patrocinada pela AMACLERJ, uma Academia
vinculada ao Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro, publicará artigos e
informará assuntos relacionados com a cultura em geral e os que em geral
puderem interessar.
A publicação de artigos/informações é livre, sujeita, porém, ao critério
do EXPEDIENTE do CONEXÃO AMACLERJ. Tendo em vista o espaço
disponível, solicita-se a quem nos honrar com sua colaboração que o artigo
tenham no máximo uma folha de papel A4, que seja entregue em disquete ou
outra mídia digital, no word, espaço simples. Figuras em jpg resolução mínima
200 dpi. Poderá, também, como anexo, ser enviado por mensagem eletrônica.
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não se admitindo pseudônimo ou anonimato.
CONEXÃO AMACLERJ não tem fins lucrativos. Os conceitos emitidos
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3. CONEXÃO
AMACLERJ
Órgão de divulgação e informação da Academia Maçônica de Artes, Ciências e
Letras do Estado do Rio de Janeiro
Aprovado na plenária de 16 de junho de 2008
Fundado em 13 de Junho de 2008.
Idealizador: ELVANDRO BURITY
ANO III - Nº 5 - NOVEMBRO - 2010
Editorial
CONEXÃO AMACLERJ completou, em 16 de junho de 2010, mais um
ano de atividades. Período em que constatamos a existência de quatro exemplares
que a qualquer momento podem ser consultados no Blog da AMACLERJ.
Verificamos ainda que rompendo barreiras crescemos... Além disso, mantivemos
o Norte Verdadeiro do incentivo e apoio aos diversos seguimentos literários. É
chegada a hora de elaborar um pequeno balancete. É o momento de fazer uma
análise fria, apurada e cuidadosa. Será que os resultados foram realmente bons?
Será que vale rever objetivos? Por esse motivo não poderemos dar espaço ao
comodismo e esperar que o bom desempenho em 2008/2009/2010 seja a certeza
de tranquilidade em 2011.
Uma vez perguntaram ao Thomas Edson, inventor da lâmpada elétrica,
se ele não se considerava um fracasso por ter feito 1.000 tentativas para chegar
à lâmpada elétrica, ele respondeu: “Aprendi 1.000 maneiras de como não se
deve fazer uma lâmpada”. Portanto, para nós, então é necessário prosseguir
refazendo a estratégia e ampliando iniciativas, revendo o enfoque do
CONEXÃO AMACLERJ e, principalmente, fazendo a autocrítica.
A você, Irmão leitor. A você Acadêmico (a) amigo (a) da AMACLERJ
o nosso muito obrigado por nos acompanhar. Obrigado pela colaboração e
incentivo. Que fique a certeza de que a sua participação fez a diferença e foi
fator preponderante para que o nosso balancete apontasse o superávit de
realizações.
Elvandro Burity
Acad. Cad. 19 - Patronímica de Joaquim Nabuco
Redator
4. Para meditar...
O egoísmo, muitas vezes, nos turva a visão e
nos faz ver as coisas de forma distorcida.
Faz-nos esquecer os verdadeiros valores da vida
e buscar coisas que têm valor relativo e passageiro.
Importante que, no dia-a-dia, façamos uma
análise e coloquemos na balança os nossos bens
mais preciosos e passemos a dar-lhes o devido
valor.
(Baseado na história “O bem mais precioso”, do Livro das Virtudes II)
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5. Biografia do Patrono
Cad. 04 Américo de Campos
Cadeira ocupada pelo Acadêmico
Ariovaldo Santana da Rocha
Dos arquivos da AMACLERJ
Jornalista, diplomata e político brasileiro. Nasceu
a 12/08/1939 em Bragança, Estado de São Paulo
e faleceu a 20/01/1900 em Nápoles, Itália. Fundou
com Luis Gama e outros a Loja “América”. Foi
iniciado maçom em 15/07/1870 na Loja América,
São Paulo, quando estudante de Direito.
Aos 7 anos de idade iniciou os seus estudos primários
em Campinas, concluindo o curso preparatório
na capital do Estado, e bacharelando-se na
Faculdade Direito dessa cidade, recebia em 1860 o grau de Bacharel de Ciências
Jurídicas e Sociais. Nomeado Promotor Publico da Comarca de Itu em princípios
do ano seguinte, permaneceu, neste posto ate 1864, quando, com o assassinato
de seu pai, Dr. Bernardino José de Campos, ocorrido nessa época em Campinas,
resolveu transferir-se para a capital do Estado, a fim de acompanhar e auxiliar
o processo criminal contra os indigitados autores desse bárbaro homicídio.
Fracassando sistematicamente os seus inauditos esforços na legitima punição
dos assassinos, Américo de Campos estabelece-se então, nessa cidade, com
um escritório de advocacia. Em 1866, indicado por Jose Maria Lisboa, ingressa
na redação do “Correio Paulistano” até 1874, ocasião em que, por circunstâncias
de caráter particular ou político, é forçado a solicitar demissão deste jornal.
Em fins desse mesmo ano surgia a “Província de São Paulo”, atualmente “O
Estado de S. Paulo”, figurando como componentes do corpo redatorial os nomes
de Américo de Campos, e Francisco Rangel Pestana. Dispensados em 09 de
outubro de 1884 dos seus serviços nesse jornal, na gerência do Dr. Alberto
Sales, então proprietário dessa folha, Jose Maria Lisboa e Américo de Campos
fundam e lançam à publicidade em 08/11/1884 o primeiro numero do “Correio
Popular”. Cônsul do Brasil em Nápoles, logo após a proclamação da Republica,
exerceu essas funções até o seu falecimento. É Patrono da Cadeira nº. 16 da
Academia Paulista de Letras, fundada por Carlos de Campos, tendo como
sucessor e titular Artur Mota e Francisco Pati. Américo de Campos destacou-
se como um dos maiores valores do jornalismo nacional. Conta-se que, quando
escrevia suas crônicas e artigos, não admitia interrupção de espécie alguma,
pois escrevia de improviso, embora a erudição que demonstravam os
seustrabalhos parecessem peças de profunda pesquisa.
Bibliografia:
“Vultos do Brasil” de Elias Behar;
“Os Maçons e a Abolição da Escravatura”, de J. Castellani;
“Maçons e Maçonaria – Uma Análise” de Frederico G. Costa.
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6. Palco da Vida
Fernando Pessoa
Foi um poeta e escritor português
“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...”
Por Fernando Pessoa
Você pode ter defeitos,viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas
não se esqueça de que sua vidaé a maior empresa do mundo.Só você pode
evitar que ela vá a falência.Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem
por você. Gostaria que você sempre se lembrassede que ser feliz não é ter
um céu sem tempestade,caminhos sem acidentes, trabalhos sem
fadigas,relacionamentos sem desilusões. Ser feliz é encontrar força no perdão,
esperança nas batalhas, segurança no palco dos medos, amor nos
desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso,mas refletir sobre a
tristeza,aprender lições nos fracassos ,encontrar alegria no anonimato. Ser
feliz é deixar de ser vítima dos problemase se tornar um autor da própria
história. É atravessar desertos fora de si,mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhãpelo milagre da
vida. Ser feliz é não ter medo dos própriossentimentos. É saber falar de si
mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter maturidade para falar “eu
errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para
expressar”eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter
humildade da receptividade.Desejo que a vida se torne um canteirode
oportunidades para você ser feliz... E, quando você errar o caminho, recomece!
Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar
as lágrimas para irrigar atolerância. Usar as perdas para refinar a
paciência.Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir
as janelasda inteligência. Jamais desista de si mesmo.Jamais desista das
pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz,pois a vida é um obstáculo
imperdível,ainda que se apresentem dezenas de fatoresa demonstrarem o
contrário. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um
castelo...
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7. O Sudão
Andrei Claus.·.
Diretamento do Sudão
Certos acontecimentos em nossas vidas são
curiosos, ou, pelo menos, despertam-nos a curiosidade. Receber um convite
para integrar a Missão das Nações Unidas no Sudão foi um desses eventos
ímpares em minha carreira – de início, aguçou-me novos estudos de História
e de Geografia.
Alguma vez, o leitor já se perguntou onde fica o Sudão?
Pois é, estamos falando do maior país da África!
Conhecido na Antiguidade como Núbia, o Sudão foi incorporado ao
mundo árabe quando da expansão islâmica durante o século VII.
Posteriormente, foi conquistado pelo Egito e depois colonizado pelo Reino
Unido. Como toda dominação gera conflitos, eclodiu no país uma revolta
liderada por um líder chamado Mahdi, que, temporariamente, expulsou os
ingleses em 1885. Porém, o país só se tornou efetivamente independente em
1956. E, desde então, caro leitor, só vive em sangrenta guerra civil. E por
quê?
Bem, os motivos costumam ser sempre os mesmos, não é mesmo?
Quem optar por apontar razões religiosas e econômicas, adivinhe.... acertou!
O confronto entre o governo muçulmano, estabelecido no norte, e
cristãos e animistas (pagãos) – estes baseados no sul do território – revela
duas realidades culturais antagônicas do que se pode chamar de nação
sudanesa. Agravando essas discordâncias religiosas, a descoberta de petróleo
em diversas partes do país tem levado o povo às armas, aos paus, às foices
e a tudo mais que possa servir de ferramenta de ataque.
Bem, meu amigo, até a Geografia tem colaborado para dividir o povo
sudanês.
Os desertos da Núbia e da Líbia predominam no norte, deixando o
clima árido, desértico, enquanto o sul está coberto por savanas e florestas
tropicais, com temperaturas um pouco mais amenas. A bacia do rio Nilo, que
atravessa todo o território, é fonte de energia elétrica e de irrigação para as
plantações de algodão – principal produto de exportação, ao lado da goma-
arábica. A maioria da população vive da agricultura de subsistência e da
pecuária rudimentar. Aliás, convém lembrar que os quadrúpedes são animais
quase que sagrados no país. Ai de quem atropele um desses animais que
andam livremente pelas ruas e estradas de chão batido, sem asfalto.
Prezado leitor, coroando as diferenças marcantes entre a população
do norte, de maioria muçulmana, e a do sul, predominantemente cristã, a
introdução da Sharia – a lei islâmica – tem causado a fuga de milhares de
sudaneses para países vizinhos, como Quênia, Uganda e Etiópia. Entre outras
medidas, a lei determina a proibição de bebidas alcoólicas e punições por
enforcamento ou mutilação, especialmente no norte e nos arredores da capital
Cartoum. Se essa moda pega, hein...
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8. A Vida em Cenas
Carlos Alberto de Assis Cavalcanti *
Amigo da AMACLERJ
No circo, o homem pinta a cara
e faz piruetas para o povo sorrir;
no palco, o homem, num ato cênico,
teatraliza o real para o povo se divertir;
no palanque, o homem, num ato cínico,
realiza, teatral, o seu projeto pessoal,
com a cara lisa e o bolso cheio
do real alheio;
e ao povo enganado, nem pão nem circo.
* O autor é professor do Centro de Ensino Superior de
Arcoverde – PE, mestre em Teoria da Literatura pela UFPE,
tem vários prêmios literários e um livro: Itinerário Poético; é
membro correspondente da Academia Rio – Cidade
Maravilhosa - RJ; da Academia de Letras e Artes de
Cachoeiro do Itapemirim – ES; e da Academia de Letras e
Artes de Ponta Grossa – PR.
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9. Divulgando um Talento
Ana Luiza Machado*
Amiga da AMACLERJ
Um brinde ao Amor
Aos amores que se foram e aos que ainda virão
Aos que renasceram das cinzas e do perdão
Aos que fraquejaram e sucumbiram em solidão
Aos beijos, aos abraços, aos carinhos aos amassos
Fragmentos de alegria, daquela que a alma inebria
Um coração que palpita, estonteante vive a sonhar
Amores que estão presentes fazendo-se protelar
Amores que nos deixaram inundados em dores
E que de tanta esperança nos causa dissabores
Coração cheio de doações são apenas amores
Amores imperfeitos, impossíveis e corriqueiros
Completos, sombrios, apaixonantes e vazios
Amores que duvidam do nosso próprio amor
Amores que realmente são o verdadeiro amor.
* Blog em http://analuizammachado.blogspot.com/
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10. Teu nome
Quando silencio a minha voz surge um brado
Que retrocede todo o silencio.
Seu nome se ausenta do interior da minha alma,
Como renascido das cinzas impetuosas
Brota na minha garganta e ganha asas
Pronuncio-o numa sonoridade disforme
Ele ainda soa de forma aprazível aos sentidos
Como se ainda fosse familiar ao meu ouvido
Um habitante firme e leal do meu coração
Quão grande e memorável é te pronunciar!
* Advogada, poetisa natural de João Pessoa - Paraíba.
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11. Troféu do Fracasso
Alessandra Leles Rocha
Amiga da AMACLERJ
Desde que mundo é mundo e lá está ela a aprontar das suas: INVEJA,
a pior de todas as chagas que um ser humano pode cultivar ao longo da vida.
Germe diminuto que age sorrateiramente, em surdina, e quando se vê já lastrou
como fogo na palha.
Geralmente acometendo as pobres almas desavisadas, suas vítimas
sempre demonstram certa fragilidade de princípios e uma tendência absurda
ao desperdício de tempo. Sim! O invejoso se distrai no ato da cobiça e nem
se dá conta que o tempo se esvai, o mundo gira, e da contemplação delirante
e obsessiva nenhuma ação contundente se efetivou.
Pobres criaturas! A inveja é o troféu do fracasso. Enquanto o corpo
e a mente se contorcem desordenadamente em meio aos piores e mais
pavorosos sentimentos, o indivíduo bloqueia toda e qualquer oportunidade
reativa. Ele é o telespectador imóvel do avanço progressivo e vitorioso de
seus oponentes.
É! Sucesso, seja ele de que natureza for, demanda sacrifícios e trabalho
inimagináveis. Mas, é imperioso ressaltar que por trás dos bem-sucedidos a
vitória quase sempre não se desenvolve na mais plena perfeição, temos
problemas, altos e baixos na jornada, obstáculos constantes a vencer. Só o
invejoso consegue sublimar esses detalhes e crer convicto num estereotipo
idealizado de perfeição, que nada condiz com a realidade de seu alvo.
E assim, centenas de milhares de indivíduos deixam de viver seus
sonhos, de elaborar planos, de concretizar seus dias, mirando-se na sombra
de outros que às vezes soam como simples miragens, para no fundo deixar
de enfrentar seu próprio destino. Nem sempre a vida é uma festa, cheia de
luxo e brilho, sob o tilintar de taças em brindes com espumante; mas,
precisamos ser realistas, colocar os pés em algo que nos pertença, que tenha
a nossa identidade.
No velho e bom mineirês “essa tal de inveja num serve pra nada!” Ela
é atraso, espelho de uma inferioridade enrustida, comodismo de quem queria
ser carregado no colo pela vida. Cada qual tem seu valor, seu mérito, seu
quinhão a mexer no caldeirão da Terra para transformar os dias e invejar o
outro não muda o escrito de sua própria história. Caim pode até ter matado
Abel; mas, antes disso ele conseguiu matar a si mesmo por não ter se aceitado
e nas páginas dos livros ficou o registro do pior de sua imagem.
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12. Seres Eternos
Ermitão de Picinguaba -
www.ermitaopicinguaba.com
Somos seres vindos de plagas quentes como a energia que passa por
nós, nos invade e nos faz crescer, e neste crescendo , a vida se eterniza,
como seres de outros planos astrais, pois é isto que somos, eternos seres
astrais, que se cruzam em órbitas muito especiais, aquelas órbitas que os
cometas praticam como LOUCOS ESPACIAIS, diferente da maioria
Somos assim, seres que caminham sem uma rotina cósmica, terrena
e humana e , se calhar, por isto mesmo, somos quem somos e como somos,
aos outros, pouco ou nada interessa saber afinal !
E a nós, atando, nó a nó o que somos, delineamos a grande REDE
QUE NOS UNE, no invisível do ser.....
Enquanto tantos quiseram o ter, buscamos o SER e, claro o
encontramos no SER QUE HABITA O NOSSO SER, tem algo mais
substancial e mais saudável do que esta descoberta?
Se seguíssemos a órbita da grande maioria, claro, nunca sentiríamos
o que hoje sentimos, até mesmo por INSTINTO nos preservamos , sem
querer ser melhor que ninguém, mas até seguindo os preceitos do CAMINHO
DO MEIO.
Há sempre um MEIO ,ah se há!, de nos encontrarmos conosco
mesmo e claro, depois, com NÓS, DESATADOS, aqueles nós que perfazem
a REDE ETERNA E ..TERNA REDE DE AMOR CÓSMICO, TERRENO
E HUMANO que , nada, mas nada mesmo, tem a ver com o que foi feito no
plano terra pela grande maioria.
E por isto , há quem venha ao PLANETA E NÃO SEGUE MESMO
A MAIORIA, por mais que por ela seja julgado(a), segue o seu rumo, dando
até as costas ao que de melhor aparentemente lhe oferecem, e, como os
antigos yoguins, senta-se em suas palhas e delas retira o mais belo e encantador
momento da existência, qual seja:
A ETERNIDADE.
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13. Sonetalho de um Respiro
Mhário Lincoln - Jornalista
http://museu.mhariolincoln.com/
(versão sonética de 22 versos)
Sinto teu cheiro, como terra batida
Após chuva de inverno
Sinto-me deus criando Eva
Com ascendente eterno
E gosto puro de “me leva”.
Tua nudez me ensina novas lições
Teus olhos me fazem enxergar
Leves, soltas e macias são tuas mãos
Mas ainda não sei onde quero chegar
Tua alma! Onde está tua alma?
Uma pergunta naufraga em meu peito
Um pensamento arrebatador, sem calma
Faz-me ser do meu rio, só um leito.
Deus me olha, me vê, me sente
Mas o coração do homem é sem dor
E necessariamente, mente
Para disfarçar seu ego pecador.
Tenho medo. Respiro fundo!
É o primeiro amor
Logo assim, tão profundo.
Visto-me rápido e emudeço
Tem que ser um sonho
Pelo beco da vida, desapareço!
—————
Mhário, abril de 1962
São Luís-Ma.
**********
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14. MAÇONEANDO
Dirceu Gonçalves de Lima (*)
Cel PM Ref
Quando no ano de 1995, comandava o Centro de Formação e
Aperfeiçoamento de Praças - 31 voluntários, da Polícia Militar do Estrado
do Rio de Janeiro, berço da formação e aperfeiçoamento dos profissionais
de nível médio da briosa Polícia Militar, vislumbrei a possibilidade de ali
desenvolver um trabalho que fosse além do academicismo da formação teórica
e da prática profissionais. Imaginei que pudesse, através de atividades
ecumênicas e lúdicas, trabalhar a mente e os corações daqueles policiais que
convivem em seu dia a dia, com as agrúrias e rudezas da profissão.
A primeira coisa que criei foi a “CASA DE ORAÇÃO”, um pedaço
que não existia, destinado a se professar as diversas religiões e levar os homens
ao encontro de Deus. Este pedaço foi preservado, é identificado por um
belíssima cruz de madeira, como que ali de reproduzisse o quadro da “Primeira
Missa” representava o desbravamento... Ninguén ousou destruí-lo ou desativá-
lo, por mais pecaminosa que sejam as mentes, há temor e respeito às coisas
divinas.
Concomitantemente, vislumbrei o potencial da natureza e do paisagismo,
de rica fauna e flora, do espaço físico onde se desenvolvem as atividades
escolares, na antiga fazenda dos Afonsos. Depreende-se daí, que algo tinha
que ser feito pela sua preservação e registro histórico.
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15. Surge então minha id´çeia de alí criar o ESPAÇO CULTURAL DA
PMERJ, o que a época, imaginava o embrião do CENTRO CULTURAL
DA CORPORAÇÃO.
Através de um primeiro movimento - a realização da I Gincana de
Artes Plásticas, onde no domingo, 20 de maio de 1995, reunem-se, num
memorável evento, mais de oitenta artistas plásticos, civis e policiais militares,
através de suas pinturas, desenhos e esculturas, registraram as belezas do
espaço que a sí, abriam-se as sportas. Na ocasião relembro, com alegria, a
participação de artistas já famosos, como: João Barcelo, Souza Rodrigues,
Lacê, Andrioni, Alan Brandão, Ttitna, Nilza Athayde, Cida Ladeira, Leny
Feder, Délia, entre outros.
Nesta efeméride, coloquei, também, pela primeira vez, dentro de um
quartel da Polícia Militar, os queridos artistas laureados: Nilton Bravo -
Saudosa Memória, Ney Tecídio, Pumar, Willard Brasílio, Hildebrando Silva
- Hoje no Oriente Eterno e Mandarino que compuseram então a Comissão
Julgadora daquele evento - aí nascia O ESPAÇO CULTURAL DA PMERJ.
Neste mesmo ano de 1995, promivia, no mesmo local, o I Sal,ão de
Artres Plásticas, no dia 29 de setembro - O movimento era vitorioso, o retorno
dos artistas e dos admiradores das artes plásticas era notório, dado o sucesso
do evento anterior. Presentes: Carla Cilene, Délia Viana, Dilson Petrolla,
Andrioni - Medalha do Ouro, Carlos Araujo - Troféu Especial, João Barcelos
- Troféu Melhor Obra do Salão, entre tantos outros.
A repercussão nos quartéis e na tropa era evidente.
No dia 12 de dezembro de 1995, inaugura-se, com a esposição,
“QUATRO DÉCADAS DE PUMAR”, com o artista consagrado, Roberto
Pumar Silveira, oficialmente, O ESPAÇAO CULTURAL DA POLÍCIA
MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
O que prenunciava como o grande marco na conquista dos ideais
culturais da organização, com o resgate do acervo de sua história e do
envolvimento de seus integrantes e da sociedade, como um todo, interagindo
com aquela secular organização - Ressalte-se que em 13 de maio do ano
vindouro, estará completando 200 anos de existência.
Não paou por aí, inspirava-me, a existência de entidades que já possuíam
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16. seus Centros Culturais - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Light,
BNDES, Furnas e tantas outras como a Marinha e o Exército Brasileiro, este
já posssuindo sua Diretoria de Assuntos Culturais. SONHAVA COM OS
PÉS NO CHÃO!
Organizei então, o Salão de Artes Plásticas da PMERJ-1996, em 24
de maio de 1996, como parte das comemorações dos 187 anos de criação
da Corporação - SUCESSO ABSOLUTO. Premiação digna de grandes
salões de artes do país e do mundo. Tanto que o primeiro prêmio, ganho pelo
artista plástico Ricardo Chancafe, foi uma viagem à cidade de Havana, capital
de Cuba, com todas as despesas pagas e com uma ajuda de custo de
R$1.500,00 (mil e quinhentos reais). Tal premiação até hoje é comemorada
pelo artista que tem seu atelier no Edifício Avenida Central, na Avenida Rio
Branco.
Julgava que tal trabalho fosse indestrutível, as bases eram muito sólidas
e a proposta era inquestionável - A busca de todas as manifestações culturais,
a integração dos policiais militares com a sociedade, a descoberta de novos
talentos, a recuperação psicológica do profissional através das artes, a reunião
do acervo cultural disperso, tudo ma parecia de importância evidente. Lêdo
engano, embora tanha deixado um acervo, reunido em tão limitado tempo de
atuação, de cerca de 300 (trezentas) obras de arte, para a Polícia Militar.
Hoje não se fala mais em Centro Cultural. Quem sabe um dia todos estes
valores sejam relembrados?
Passados dez anos do início deste movimento, no ano de 2005, sou
levado a ingressar na Arte Real, aí com o aprofundamento dos estudos
maçônicos, desperto para que naquele época, e sem ter a mínima noção, do
que isto significava, já praticava maçonaria, i nconscientemente. Isto,
naturalmente, me conforta e me impulsiona cada vez mais, a lutar por ideais
que engrandeçam e enobreça pessoa humana.
(*) - è Membro ativo da Loja Cayrú-762.
Amigo da AMACLERJ
e um defensor das ARTES.
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17. Quadro da Academia
Cadeira Acadêmico
01 - Ademilton Madureira Lima
02 - Sergio Tavares Romay
03 - vaga
04 - Ariovaldo Santa da Rocha
05 - Alceu de Almeida Reis
06 - José Carlos Martinho
07 - Flávio Augusto Prado Vasques
08 - Vicente Paulo de Azevedo
09 - Paulo Cezar Souza da Cruz
10 - vaga
11 - Bernardino Coelho Pontes
12 - André Ricardo Cruz Pontes
13 - Reginaldo Barbosa da Santos
14 - vaga
15 - vaga
16 - Eduardo Gomes de Souza
17 - Carlos Gomes
18 - Celso Luiz Serra
19 - Elvandro de Azevedo Burity
20 - Carmelino Souza Vieira
21 - Walnir Lima Almeida
22 - Gilberto Jorge Cruz Araujo
23 - Aildo Virginio Carolino
24 - Ubirajara Gouvea Almeida
25 - Roberto Pumar Silveira
26 - vaga
27 - Eurípedes de Mattos da Silva
28 - Antonio Alves Carvalho
29 - José Anselmo Cícero Sá
30 - Paulo Gomes dos Santos Filho
31 - Edimo Muniz Pinho
32 - Carlos Roberto Alves
33 - Antonio Alberto da Rocha
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18. Opa da AMACLERJ
Além do “Medalhão Acadêmico” a AMACLERJ institucionalizou o
uso da OPA . Confecionada em tecido azul religioso e um contorno dourado.
Segue-se detalhe da gola
Logo do GOB-RJ >>> <<< Logo da AMACLERJ
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