Portugal tem melhorado significativamente suas redes de transporte desde 1989 através de investimentos em estradas, ferrovias, portos e aeroportos. Essas melhorias visaram integrar o país no espaço europeu e ibérico, reforçar a coesão interna e a logística nacional. Contudo, desafios permanecem, especialmente no interior e em termos de interoperabilidade ferroviária europeia.
As redes de transporte no território português - Geografia 11º Ano
1.
2. A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES
DE TRANSPORTE
Rodoviária Ferroviária
De
Aeroportos
Uma distribuição
desigual
Uma rede
melhorada
Segura e
sustentável
Coesão
nacional
De Portos De Energia
3. b) A ampliação, o equipamento e o
estabelecimento de ligações aos portos
nacionais;
Desde 1989, Portugal assinalou inúmeros investimentos no sistema de
transportes nacional. Estes investimentos abrangeram por exemplo:
a) A extensão, renovação e a modernização
das redes de transporte terrestre
(rodoviária e ferroviária);
MELHORAMENTOS NA REDE DE TRANSPORTES NACIONAL
PONTE SOBRE O RIO DOURO
c) A ampliação e melhoria das condições
de serviço nos aeroportos do país
(incluindo os das regiões autónomas);
d) O fecho das malhas rodoviárias nas
áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
4. Os objetivos da Política de Transportes foram definidos a partir de
quatro grandes desafios identificados no Programa Nacional de
Desenvolvimento Económico e Social (PNDES), para o período 2000-2006:
Integração internacional do País, em particular no espaço
europeu e ibérico e integração da economia nos processos de
globalização;
Reforço do sistema urbano nacional e da sua capacidade atrativa
e competitiva;
Reforço da coesão e solidariedade internas;
Aposta prioritária na logística.
POLÍTICA NACIONAL DE TRANSPORTES
5. I – REDE RODOVIÁRIA NACIONAL
Em 2012, a Rede Rodoviária Nacional tinha
uma extensão de 14 284 km, dos quais:
2340 km eram itinerários principais;
1864 km eram itinerários
complementares.
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
6. I – REDE RODOVIÁRIA NACIONAL
A repartição da rede rodoviária nacional,
no continente, caracteriza-se pela:
Maior densidade no litoral face ao
interior (Porto, Braga e Lisboa
apresentam a maior densidade de rede);
Maior extensão da rede fundamental,
no litoral.
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
7. Nos arquipélagos, a necessidade de aproximar os principais aglomerados de
cada ilha tem estado presente através do desenvolvimento da respetiva rede
rodoviária.
I – REDE RODOVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
8. Rede rodoviária nacional de Portugal
Continental, 1999-2012
Extensão da rede rodoviária nacional
I – REDE RODOVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
Em 2012 a Rede Rodoviária Nacional tinha uma extensão de 14 284 quilómetros, dos quais:
• 2340 km eram itinerários principais;
• 1864 km eram itinerários complementares.
9. A Rede Nacional rodoviária é constituída por duas categorias de
estradas, que integram a:
Rede Nacional Fundamental (os Itinerários Principais, IP);
Rede Nacional Complementar (os itinerários
complementares (IC), e as estradas nacionais (EN), que no
Plano Rodoviário Nacional 2000, passaram a designar-se de
Estradas Regionais (ER).
I – REDE RODOVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
10. Portugal tem operado enormes melhorias na
rede rodoviária, sobretudo desde a entrada na
atual União Europeia:
• Aumento da qualidade das já existentes (aumento da
largura, melhoria do piso, eliminação das curvas e
redução dos declives;
• Aumento da sua extensão, resultante da construção de
novos troços de estradas, mais largos e de piso regular,
que se estenderam de norte para sul.
As autoestradas têm um papel muito importante no encurtamento do País, tendo, no
Plano Rodoviário Nacional 2000 uma extensão de 3000 km.
PONTE SOBRE O GUADIANA
I – REDE RODOVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
11. Densidade da rede rodoviária (km de estradas por 1000 km2 )
I – REDE RODOVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
12. No litoral, Porto, Braga e Lisboa registam os
maiores índices de densidade da rede
rodoviária, (respetivamente, 384,2 km,
324,1 km e 300,7 km de rede rodoviária por
cada 1000 km2 de superfície);
No interior, Beja e Castelo Branco,
apresentaram os valores mais baixos de
densidade da rede rodoviária, (94,6 km e
106,9 km, respetivamente).
A rede de estradas é mais longa e densa no litoral. Contudo, em termos
regionais assistimos:
I – REDE RODOVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
13. Rede ferroviária nacional de Portugal Continental, 1990-2012
II – REDE FERROVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
14. Rede ferroviária de Portugal
Continental, 2012
A Rede Ferroviária Nacional tem sofrido
melhorias ao nível de:
• Comodidade;
• Segurança;
• Rapidez;
• Extensão;
• Ambiental (redução da poluição).
II – REDE FERROVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
15. Assim, os progressos verificados nos últimos
anos passaram, por exemplo:
a) Pela renovação integral da via nos principais
itinerários, (ligações suburbanas na AML e
AMP, e nas ligações interurbanas ao longo do
eixo litoral;
b) Por novas composições no serviço
suburbano de Lisboa e do Porto;
Rede ferroviária de Portugal
Continental, 2012
II – REDE FERROVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
c) Pelo serviço “Alfa-Pendular” na ligação
Lisboa-Braga;
d) Pela adaptação da Ponte 25 de Abril ao
comboio;
16. Assim, os progressos verificados nos últimos
anos passaram, por exemplo:
e) Pela implementação de novos sistemas de
sinalização e telecomunicações de controlo
automático de velocidade;
f) Pela eliminação de passagens de nível;
Rede ferroviária de Portugal
Continental, 2012
II – REDE FERROVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
g) Pela eletrificação de novos troços;
h) Pela modernização de estações.
17. Contudo, a qualidade da rede ferroviária nacional ainda está afastada
dos padrões comunitários, com destaque, por exemplo, para:
• A existência de condicionalismos naturais: relevo acidentado com declives
acentuados;
• A reduzida percentagem de vias duplas;
• O elevado número de passagens de nível e de estações;
• A eletrificação ainda insuficiente;
• O material circulante ser ainda relativamente envelhecido;
• O sistema de controlo de circulação ser, em alguns troços, antiquado e
manual;
• As velocidades de circulação serem, na maior parte dos itinerários, baixas;
• A necessidade de transbordos, dado que em algumas áreas as estações
estão afastadas do local de destino dos passageiros;
• A não existência de comboio de alta velocidade.
II – REDE FERROVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
18. Racionalização da Rede
Ferroviária Nacional
Apesar de ser competitivo face à rodovia à escala
urbana e suburbana, a rede ferroviária nacional
enfrenta ainda problemas que se caracterizam:
Pela falta de competitividade a nível europeu
e face ao transporte rodoviário, sobretudo o
individual;
Pelo decréscimo da procura no interior do
país.
II – REDE FERROVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
19. Redes nacionais
A rede ferroviária de alta
velocidade apresenta-se
como vital, pois permite:
a) O estabelecimento de
ligações mais rápidas entre as
principais cidades nacionais e
destas com Espanha, França e o
resto da Europa;
b) A construção de uma nova
centralidade de transportes no
norte do país;
II – REDE FERROVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
20. Redes nacionais
A rede ferroviária de alta
velocidade apresenta-se
como vital, pois permite:
c) A promoção, no espaço
nacional, da interoperabilidade
do sistema ferroviário do
sistema transeuropeu de alta
velocidade e a utilização dos
portos nacionais como “porta de
entrada” na Península Ibérica;
d) A diminuição os custos
ambientais dos transportes.
II – REDE FERROVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
21. O maior movimento
portuário regista-se nos
Portos de...
Leixões Lisboa Sines
II – REDE FERROVIÁRIA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
Principais Portos Marítimos de
Portugal, 2012
22. Movimento global de mercadorias nos
portos comerciais do continente, 2013
Tipo de mercadoria movimentada nos portos
comerciais do continente, 2013
III – REDE NACIONAL DE PORTOS
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
23. Nos Granéis Líquidos:
O petróleo bruto é movimentado
exclusivamente em Sines e Douro e
Leixões para as respetivas refinarias;
Os produtos petrolíferos são
movimentados em quase todos os
portos mas com origem naqueles
dois portos.
Predominam em Lisboa, Setúbal,
Sines e Leixões.
Movimento de mercadorias por porto, 2013
III – REDE NACIONAL DE PORTOS (as mercadorias…)
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
24. A carga geral:
Traduz um elevado grau de
contentorização;
Leixões, Lisboa, Sines e Setúbal são
os portos com maior quota de Carga
Geral.
Movimento de mercadorias por porto, 2013
III – REDE NACIONAL DE PORTOS (as mercadorias…)
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
25. O transporte de passageiros por via fluvial
tem uma maior expressividade no rio Tejo,
com a ligação fluvial entre a margem norte
e a margem sul...
Os Portos de Lisboa e Funchal tem
registado ultimamente um crescimento
a nível de navios cruzeiros...
III – REDE NACIONAL DE PORTOS (os passageiros…)
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
Movimento de passageiros por carreira, 2011 e 2012
26. REDE NACIONAL DE AEROPORTOS
Em Portugal, na rede de aeroportos
nacionais, destacam-se:
Lisboa
Porto
Faro
Funchal
Ponta Delgada
IV – REDE NACIONAL DE AEROPORTOS
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
27. TRÁFEGO AÉREO NOS PRINCIPAIS AEROPORTOS NACIONAIS, 2012
IV – REDE NACIONAL DE AEROPORTOS
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
28. O aeroporto nacional mais importante é o da Portela de Sacavém, em Lisboa.
A sua importância resulta de:
Se localizar na capital do País;
Ter uma grande área de influência, pois está inserido na região
de maior concentração populacional e de riqueza nacional;
Deter ligações diretas com importantes destinos europeus e de
constituir um pequeno hub, importante para as ligações com os
arquipélagos, os PALOP e com o Brasil.
IV – REDE NACIONAL DE AEROPORTOS
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
29. TRÁFEGO AÉREO NOS PRINCIPAIS AEROPORTOS NACIONAIS, 2012
O crescimento do
tráfego de passageiros
nacionais está também
associado ao
surgimento das
companhias Low Cost,
ou seja, de baixo
custo...
IV – REDE NACIONAL DE AEROPORTOS
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
30. Em Portugal a rede de distribuição
de energia está dependente dos
locais de origem, de consumo e do
tipo de energia transportada.
A distribuição de gás natural e de
derivados de petróleo é feita a partir
do local de entrada no território
nacional, dado que são importados.
TRANSPORTE NACIONAL DE MERCADORIAS NO
OLEODUTO MULTIPRODUTO DE SINES-AVEIRAS, EM
2011 E 2012
V – REDE NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
31. Os dois principais portos comerciais que movimentam os recursos
energéticos são o de Sines e o de Leixões:
O petróleo chega de barco até aos terminais petroquímicos dos portos
de Sines e de Leixões. A partir daí é distribuído, por oleodutos, para as
refinarias petrolíferas de Sines e de Leça da Palmeira, onde é
transformado.
O gás natural entra em Portugal, por via:
– terrestre, através do gasoduto do Magrebe;
– marítima, a partir dos navios metaneiros, que o transportam até ao
terminal de gás natural liquefeito (GNL) do porto de Sines, onde é
canalizado para uma central de regaseificação e posteriormente
transportado para os centros de distribuição por gasodutos.
V – REDE NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES
32. TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE GÁS NATURAL NA PENÍNSULA IBÉRICA
V – REDE NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES