1. VISITA À AGÊNCIA PRACTICE
Trabalho apresentado à disciplina de Introdução à
Publicidade e Propaganda, turma 1MB.
2. APRESENTAÇÃO:
A agência Practice é uma agência de publicidade
experimental da Universidade Positivo (Curitiba) e
possui sua sede dentro da própria universidade.
Ela está no mercado a 10 anos e, apesar de
experimental, funciona como uma agência
real, com funções, trabalho e clientes.
Sua equipe é composta por uma coordenadora
geral em período integral com orientação de quatro
professores e cinco estagiários, além de
estudantes da universidade que podem requisitar
fazer parte da agência pelo período de uma
semana.
3. OBJETIVOS:
Oferecer a clientes de grande porte uma
assessoria e consultoria nas áreas de
comunicação, endomarketing e comunicação de
marketing em projetos que precisam ser
desenvolvidos com os professores do curso e
envolvimento de uma equipe maior.
Oferecer a clientes de pequeno e médio porte
soluções para todo o mix de
comunicação, utilizando sua estrutura, dentro de
uma pauta de trabalhos previamente estabelecida.
4. OBJETIVOS DA AGÊNCIA COM OS ALUNOS DO
CURSO:
Colocar em prática o que é aprendido em sala de
aula e também servir para os alunos como uma
porta de entrada no mercado de trabalho.
A agencia oferece um estágio rotativo em todas as
áreas para saber o real interesse do aluno e a sua
vocação para determinadas áreas da publicidade.
5. SERVIÇOS:
Serviços de planejamento de
comunicação, desenvolvimento de identidade de
marca, materiais gráficos, trabalhos
audiovisuais, entre outros.
9. VISITA:
Conversamos com Larissa Meyer, a coordenadora
e única funcionária remunerada da Practice,
atuando no cargo a 6 anos.
Ela nos apresentou a estrutura da agência,
mostrando cada área de atuação e nos passou
dados e informações sobre os objetivos e
intenções da agência
Depois sentamos e começamos a entrevista
propriamente dita:
11. Larissa, você nos disse que a agência está no
mercado a 10 anos. Assim, você poderia nos
contar quais prêmios a agência já ganhou? E se
já teve funcionários e/ou trabalhos premiados?
- Funcionária na verdade sou só eu, os demais
ficam pouco tempo na agencia, como 1 ou 2 anos e
já ingressam no mercado. Ano passado (2013)
fomos premiados no EXPOCOM, uma àrea de
comunicação academica que acontece dentro do
INTERCOM, como a melhor agência experimental
do Brasil. Para isso construimos um paper e fomos
premiados. A agência tambem já ganhou premios
em colunistas, já ganhou uma concorrência no
Clube de Criação do Paraná entre as agências
experimentais do Paraná para divulgar o primeiro e
único festival de bandas.
12. Você disse ser a única funcionária fixa, então a
sua função seria mais de orientadora dos
estagiários aqui dentro ou você atua em alguma
área específica?
-Então, eu sou de direção de arte, mas eu tive que
aprender a fazer tudo e tenho que fazer
tudo, inclusive a parte burocrática e
administrativa, que não tem graça nenhuma, mas
faz parte do trabalho. Para poder orientá-los você
deve saber um pouquinho de cara área né.
13. Nos desculpe pela pergunta, mas a verba
arrecadada pela agência têm algum destino
específico? Como investimento dentro da
própria agencia, ou outros fins?
-Então... Na verdade a gente aqui acaba não vendo
a cor do dinheiro. Ele vai todo para o instituto
Positivo. Nós temos uma meta mensal que deve
ser atingida e esse dinheiro é todo repassado pra
lá.
E vocês tem conseguido atingir esta meta?
- Sim sim, ano passado inclusive a gente até
superou a meta, mas o dinheiro vai todo pra
instituição mesmo (risos).
14. No começo nos foi explicado que os professores também ajudam os
alunos aqui na agência. Esta seria a forma e a base de investimento da
agência em futuros profissionais?
- Sim sim, aqui o pessoal está aprendendo a fazer as coisas na prática. Por
exemplo, um cliente nos procura, então marcamos uma reunião com a área
de atendimento. Normalmente eu participo das primeiras reuniões. Ele vai
fazer um briefing e pegar todas as informações necessárias para fazer este
trabalho, vai abrir um pedido de trabalho e fazer um planejamento se houver
necessidade. Tudo orientado pela professora Carolina Luz nessa área de
atendimento, que vai dizer se esta faltando algo, se precisa de mais alguma
coisa, o que ele precisa fazer para tornar o projeto mais interessante, etc.
Mídia a gente acaba não fazendo muito, ela (a Carol) é mais professora da
área de mídia, mas como a gente não tem verba, acabamos fazendo
campanhas mais criativas, como materiais impressos e coisas digitais, que
hoje em dia está mais fácil de investir. Então o atendimento passa esse
trabalho para uma dupla de criação, a gente não tem dupla fixa, o pessoal vai
alternando para criar coisas diferentes. Como também não temos um cliente
só, vão alternando para aprender a lidar com diferentes situações e vão criar
conceitos para aquele trabalho. Eu e o Menezes aprovamos se a ideia esta
legal, se esta no caminho ou precisa desenvolver melhor, então aprovamos
uns 2 conceitos que a gente acha bacana e eles tocam pra frente a ideia. Ai
temos que ir atrás de produzir, mas como não vemos muito a cor do dinheiro,
a gente tem que negociar com o cliente um pagamento a parte pra produção
de fotografia ou a gente acaba se virando, como fazemos na maioria dos
casos, o que tambem é uma oportunidade para os alunos fazerem portifólio .
Vamos atrás de pessoas do curso que possam quebrar um galho de vez em
quando. É bom que o pessoal aprende a trabalhar em equipe e a se virar pra
produzir, fazer a ideia criar vida. Então chamamos o cliente para mostrar a
campanhã e se ele aprovar a gente desdobra, as vezes temos que começar
do zero e fazer uma nova ideia... Mas faz parte.
15. Em relação as vagas para os trabalhos
semanais que a agência oferece para alunos do
curso, como funciona este processo?
- A gente chama de Work Week, que é o projeto de
uma semana onde o pessoal trabalha junto com os
outros alunos, não tem processo seletivo, todo
mundo que se inscreve é chamado ao longo do
ano e daí passa uma semaninha aqui.
E há um número específico de vagas para cada
semana?
- Não, muita gente se inscreve no inicio do ano e
daí consegue estagio e desiste.
16. Com relação ao mercado de trabalho, como você
acredita que está o mercado de trabalho hoje em dia
em Curitiba?
-Tem muita agência no mercado hoje, tem bastante
oportunidade, pra bons proficionais sempre tem
vaga, agora esta saturado pra quem não tem vontade
de trabalhar, não se prepara, não gosta do que faz. Se
você é um bom profissional, investe, vai atrás de
referência e de curso, faz um portifólio bacana, você
consegue boas oportunidades e uma das coisas que a
agencia aqui faz é encaminhar profissionais. Porque a
gente tem uma boa visibilidade no mercado, temos
muitos ex-alunos no mercado, tanto da agência quanto
do curso. Recebemos muitos pedidos de indicação, de
agencias precisando de profissionais. Há mais pedidos
de indicação do que divulgação de vagas.
Principalmente em agências grandes, elas pedem
bastante indicações.
17. Você acredita que há alguma área específica
mais carente de profissionais no mercado?
- Se vocês perguntarem para o Sérgio, nosso
diretor de criação e professor de redação
publicitária do curso, que já trabalhou em agências
grandes e é um nome de referencia no
mercado, ele vai dizer que é redação, que redação
está bem carente de bons redatores (risos). Mas eu
não sei te dizer porque minha visão é muito voltada
para o mercado interno, a minha visão do mercado
externo é muito raza.
18. Quais você acha que são as principais características que
um profissional deve ter para ser considerado um bom
profissional?
- Vontade de aprender, de trabalhar, de se especializar e
praticar, praticar, praticar. Porque publicidade você aprende na
prática, você tem que buscar muita referencia, estar atualizado
com as tendências do mercado e também com a comunicação
como um todo, com as notícias, com as oportunidades que
podem gerar um anuncio. Com as novidades que podem se
tornar um referencial pra alguma peça, na tua campanha, pra
você se destacar do que o mercado dos concorrentes vem
fazendo. Então, sempre estar por dentro e atualizado sobre tudo
o que está acontecendo e referencial pra
criar, pois, principalmente no começo, a gente tem que ver como
as outras fazem para que depois a gente possa criar o nosso
próprio estilo, é muita referencia pra parte de criação e prática.
Você só vai aprender fazendo, quebrando a cara, errando, ai
você aprende como não fazer e na pratica voce descobre muita
coisa. Não pode ter medo de tentar! Principalmente nessa faze
que vocês estão, estágio é para arriscar, não tem
compromisso, então experimenta. Se você for pro mercado sem
experiência nenhuma é mais complicado, ai o mercado
realmente se fecha.
19. Você já citou algumas dificuldades para os
novos profissionais, gostaria de ressaltar mais
alguma dificuldade que este pessoal pode
encontrar no mercado?
-Acho que o mais importante é correr atrás, correr
atrás de fazer portfólio, fazer material, não só o que
você faz em sala, já ir se preparando, porque é
pelo seu material que a empresa vai analisar o seu
trabalho.