2. Francisco José de Goya y Lucientes nasceu em Saragoça, em 30 de março de 1746. Ainda jovem conseguiu uma bolsa na Real Academia de San Fernando em Madri.
8. Suas inclinações realistas só se afirmaram a partir de 1792, em quadros como "O manicômio", "O tribunal da Inquisición", "Procissão de flagelantes" e o mais marcante "O funeral da sardinha", cenas realistas em que há um fluxo subterrâneo de visões fantásticas.
9.
10.
11.
12.
13. Em 1800, no auge do prestígio, pintou seus quadros mais discutidos, "Maja desnuda" ("Mulher despida") e "Maja vestida", e o famoso "A família de Carlos IV", que é um exemplo de como introduzia traços grotescos nas figuras.
17. Em todos o realismo ora explode em erotismo, ora detém-se na análise desapiedada dos modelos.
18. Goya pintou também os episódios da invasão francesa, como o "Três de maio", que representa uma cena de fuzilamento de composição insólita.
19.
20.
21. Goya foi tão importante na pintura quanto na gravura, onde pôde manifestar de forma extremamente expressiva o espírito do humor espanhol, que tende para a deformação e até para o trágico.
22. Predominam a sátira social, cheia de sarcasmo, os motivos eróticos e a feitiçaria, como obra oposta à razão, pois Goya era um iluminista e fustigava as crendices do tempo. Emblemática é a que traz a inscrição "O sono da razão produz monstros". O charlatanismo, a avareza, a vaidade, são seus alvos.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29. É também o Goya mais "heróico", que exalta os patrícios -- sobretudo as mulheres -- e mostra a infâmia dos invasores: uma sucessão de mutilações, fuzilamentos, saques, tentativas de estupro e outros males da guerra.
30.
31. Por volta de 1819, realizou o último dos seus conjuntos e o de mais difícil abordagem, os "Disparates". Há neles um caráter crítico, em que volta o gênio sarcástico de "Os caprichos", mas os temas são genéricos e há maior liberdade de composição e de proporção das figuras.
32.
33.
34. Existe ainda uma pequena série de obras litográficas. Das águas-fortes dispersas a mais impressionante é a intitulada "O colosso", um gigante sentado defronte a um quarto crescente, com o rosto voltado para o contemplador, talvez o emblema mais contundente dos enigmas de seu gênio artístico.