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Last Apresentação - Ana
Helena Marques
           Helena Marques nasceu em Lisboa, em
1935, mas é oriunda de famílias madeirenses e
foi na Ilha da Madeira que viveu desde a infância
até 1971. Foi no Funchal que iniciou a longa
carreira de jornalista que prosseguiu durante 36
anos, tendo sido directora-adjunta do Diário de
Notícias. Em 1986, recebeu o Prémio Jornalista
do Ano, atribuído pela revista Mulheres.
           É em 1992, que publica O Último Cais,
obra que teve imediato, reconhecimento na
litratura portuguesas, tendo recebido quatro
prémios literários. Desde 1993 dedica-se
exclusivamente à ficção.
           Considerando-se     uma      "feminista
racional", pela constatação da injustiça a que as
mulheres têm sido sujeitas ao longo da História,
Helena Marques junta a esse sentimento a sua
tendência natural para "ser feliz" na construção
de personagens femininas carismáticas, com um
grande equilíbrio de força e delicadeza. De entre
elas, salienta-se a personagem de Raquel Villa, a
personagem telúrica e mítica de O Último Cais.
Ficha Técnica


Autor: Helena Marques
Título: o último cais
Editora: Leya
Ano de publicação: 1992
Data da 1ª edição BIS: Maio de 2009
O último cais
           O último cais é um
romance que se inicia em 1879
com o Diário de Bordo de Marcos
Vaz de Lacerda. Marcos era um
médico-cirurgião que prestava
serviço em navios, o que o levava a
quebrar as regras e deixar no
Funchal por períodos largos a sua
mulher Raquel e os seus dois filhos,
Benedita e André.
           Neste Romance a mulher
tem um papel fundamental. Tem o
dever de cuidar dos filhos, gerir a
família e a casa, adquirindo assim o
papel central da narrativa.
O último cais
       São abordadas diferentes mulheres, sendo cada uma representante de
 um modelo de mulher da época, nomeadamente:
 •Raquel: uma mulher de intervenção, defensora dos direitos das mulheres,
 feliz no casamento apesar da ausência do marido. Morre aquando do
 nascimento da sua filha Clara;
 •Constança: tia de Marcos, é uma senhora infeliz e solitária que fora
 enganada por um homem com o qual se tivera casado;
 •Catarina Isabel: médica, o que na época era um escândalo enquanto
 profissão feminina;
 •Benedita: filha mais velha de Raquel que tenta a todo o custo fazer parecer-
 se com a mãe;
 •Charlotte: femininista que tenta convencer as mulheres a apelarem pelo
 direito ao voto;
 •Clara: filha mais nova de Raquel, inocente e harmoniosa; Raquel morre
 quando ela nasce;
 •Luciana: mulher pela qual Marcos se apaixona após a morte física de
 Raquel, uma mulher demasiado avançada para a época em que vive.
O último cais
       Raquel é feliz na ilha, apesar da ausência do
marido e do isolamento. O regresso de Marcos é
sempre um regresso muito ansiado por todos,
pelo que nessa altura a casa é limpa a fundo e é
preparado um jantar de boas vindas.
       No dia em que Marcos regressa de mais um
tempo fora de casa, o casal tem uma experiência
amorosa única, tendo estes “ (…) ficado com a
felicidade escrita em cada milímetro da pele (…)”.
       Marcos é destacado para mais uma viagem,
desta vez até à Guiana Britânica, mas é-lhe
proposto pelos agentes que se faça acompanhar
pela sua mulher, deste modo a tia Constança
aconselha que Raquel o acompanhe na viagem, e
assim partem.
O último cais
Dias passados, Marcos dá pela ausência
de menstruação de Raquel de há já
alguns meses. É então que fica
consciente de que terá mais um filho, o
que não o agrada pois teme pela vida de
Raquel. Dessa gravidez nasce uma
menina chamada Clara a pedido da
mãe. Mas aquando do nascimento de
Clara, Raquel morre. Tivera passado dois
dias em trabalho de parto, as
contracções processavam-se a bom
ritmo mas a criança não descia. Após o
esforço do parto Raquel acabara por
sucumbir em virtude de tamanho
sofrimento.
O último cais
     Marcos      regressa    ao    Funchal
juntamente com Peregrina, ama de Clara,
Clara e um caixão, mas devido a uma
doença que a pequena contraíra decidem
afastar-se do foco da doença, ficando
alojados num hotel, onde permanecem por
longos anos.
      A paixão surge de novo na sua vida,
Luciana é a escolhida. “Marcos amou-a
mas dentro das limitações estritas que lhe
consentia a fidelidade a Raquel.”
     Os anos continuam, Benedita casa-se
e tem filhos e a saúde de Marcos começa a
fracassar. Tem um acidente cardiovascular
o que o torna sedentário. Começa-se a
sentir fraco e acaba por ser “levado pelo
vento”.
Citações Marcantes
•“(…) Rua do Vale Formoso. (…) “Formosa sim, mas vele! Para veles desce-se,
não se sobe.””

•“ (…) os homens, para agradarem às mulheres, devem ser como o café, hot,
sweet and strong.”

•“”Ninguém casa um Homem e uma mulher, um homem e uma mulher
casam-se um ao outro, comprometem-se um com o outro perante Deus para
toda a vida, o padre é apenas o mestre da cerimónia, conduz as orações e
invoca as bênçãos do Céu, mas são a mulher e o homem aqui ajoelhados que
celebram o casamento pela sua própria vontade, pela sua própria voz, ambos
prometem um ao outro a procura da felicidade, a renúncia ao egoísmo, a
prática quotidiana da alegria.””
Citações Marcantes
•“Procriar e parir são actos naturais, a ciência tem de corrigir-lhe as
imperfeições e os defeitos mas, até agora, os médicos limitam-se a ser pouco
mais de que espectadores, só tomam consciência quando são também autores
e actores da tragédia, pais involuntários ou viúvos culpados, haverá papel mais
absurdo do que o do homem face à mulher que morre porque ele a engravidou
inconscientemente, involuntariamente, irresponsavelmente?”

•“Qualquer dia, decide Luciana, visto-me de verde, de azul, de grenat, de
amarelo, haverá outro escândalo que as pessoas serão obrigadas a engolir, esta
cidade só se domina a chicote.”
Curiosidades
•Todos os capítulos têm nomes
de pessoas como título à
excepção do primeiro e do
último, intitulados de Diário de
Bordo e O último cais,
respectivamente.

•O livro é constituído por
passagens em diversas línguas,
nomeadamente           Português,
Latim, Francês e Inglês.
Escola Básica 2,3/S Mestre Martins Correia, Golegã




Ana Luísa Silva, 12ºA, nº3                            2010/2011

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  • 2. Helena Marques Helena Marques nasceu em Lisboa, em 1935, mas é oriunda de famílias madeirenses e foi na Ilha da Madeira que viveu desde a infância até 1971. Foi no Funchal que iniciou a longa carreira de jornalista que prosseguiu durante 36 anos, tendo sido directora-adjunta do Diário de Notícias. Em 1986, recebeu o Prémio Jornalista do Ano, atribuído pela revista Mulheres. É em 1992, que publica O Último Cais, obra que teve imediato, reconhecimento na litratura portuguesas, tendo recebido quatro prémios literários. Desde 1993 dedica-se exclusivamente à ficção. Considerando-se uma "feminista racional", pela constatação da injustiça a que as mulheres têm sido sujeitas ao longo da História, Helena Marques junta a esse sentimento a sua tendência natural para "ser feliz" na construção de personagens femininas carismáticas, com um grande equilíbrio de força e delicadeza. De entre elas, salienta-se a personagem de Raquel Villa, a personagem telúrica e mítica de O Último Cais.
  • 3. Ficha Técnica Autor: Helena Marques Título: o último cais Editora: Leya Ano de publicação: 1992 Data da 1ª edição BIS: Maio de 2009
  • 4. O último cais O último cais é um romance que se inicia em 1879 com o Diário de Bordo de Marcos Vaz de Lacerda. Marcos era um médico-cirurgião que prestava serviço em navios, o que o levava a quebrar as regras e deixar no Funchal por períodos largos a sua mulher Raquel e os seus dois filhos, Benedita e André. Neste Romance a mulher tem um papel fundamental. Tem o dever de cuidar dos filhos, gerir a família e a casa, adquirindo assim o papel central da narrativa.
  • 5. O último cais São abordadas diferentes mulheres, sendo cada uma representante de um modelo de mulher da época, nomeadamente: •Raquel: uma mulher de intervenção, defensora dos direitos das mulheres, feliz no casamento apesar da ausência do marido. Morre aquando do nascimento da sua filha Clara; •Constança: tia de Marcos, é uma senhora infeliz e solitária que fora enganada por um homem com o qual se tivera casado; •Catarina Isabel: médica, o que na época era um escândalo enquanto profissão feminina; •Benedita: filha mais velha de Raquel que tenta a todo o custo fazer parecer- se com a mãe; •Charlotte: femininista que tenta convencer as mulheres a apelarem pelo direito ao voto; •Clara: filha mais nova de Raquel, inocente e harmoniosa; Raquel morre quando ela nasce; •Luciana: mulher pela qual Marcos se apaixona após a morte física de Raquel, uma mulher demasiado avançada para a época em que vive.
  • 6. O último cais Raquel é feliz na ilha, apesar da ausência do marido e do isolamento. O regresso de Marcos é sempre um regresso muito ansiado por todos, pelo que nessa altura a casa é limpa a fundo e é preparado um jantar de boas vindas. No dia em que Marcos regressa de mais um tempo fora de casa, o casal tem uma experiência amorosa única, tendo estes “ (…) ficado com a felicidade escrita em cada milímetro da pele (…)”. Marcos é destacado para mais uma viagem, desta vez até à Guiana Britânica, mas é-lhe proposto pelos agentes que se faça acompanhar pela sua mulher, deste modo a tia Constança aconselha que Raquel o acompanhe na viagem, e assim partem.
  • 7. O último cais Dias passados, Marcos dá pela ausência de menstruação de Raquel de há já alguns meses. É então que fica consciente de que terá mais um filho, o que não o agrada pois teme pela vida de Raquel. Dessa gravidez nasce uma menina chamada Clara a pedido da mãe. Mas aquando do nascimento de Clara, Raquel morre. Tivera passado dois dias em trabalho de parto, as contracções processavam-se a bom ritmo mas a criança não descia. Após o esforço do parto Raquel acabara por sucumbir em virtude de tamanho sofrimento.
  • 8. O último cais Marcos regressa ao Funchal juntamente com Peregrina, ama de Clara, Clara e um caixão, mas devido a uma doença que a pequena contraíra decidem afastar-se do foco da doença, ficando alojados num hotel, onde permanecem por longos anos. A paixão surge de novo na sua vida, Luciana é a escolhida. “Marcos amou-a mas dentro das limitações estritas que lhe consentia a fidelidade a Raquel.” Os anos continuam, Benedita casa-se e tem filhos e a saúde de Marcos começa a fracassar. Tem um acidente cardiovascular o que o torna sedentário. Começa-se a sentir fraco e acaba por ser “levado pelo vento”.
  • 9. Citações Marcantes •“(…) Rua do Vale Formoso. (…) “Formosa sim, mas vele! Para veles desce-se, não se sobe.”” •“ (…) os homens, para agradarem às mulheres, devem ser como o café, hot, sweet and strong.” •“”Ninguém casa um Homem e uma mulher, um homem e uma mulher casam-se um ao outro, comprometem-se um com o outro perante Deus para toda a vida, o padre é apenas o mestre da cerimónia, conduz as orações e invoca as bênçãos do Céu, mas são a mulher e o homem aqui ajoelhados que celebram o casamento pela sua própria vontade, pela sua própria voz, ambos prometem um ao outro a procura da felicidade, a renúncia ao egoísmo, a prática quotidiana da alegria.””
  • 10. Citações Marcantes •“Procriar e parir são actos naturais, a ciência tem de corrigir-lhe as imperfeições e os defeitos mas, até agora, os médicos limitam-se a ser pouco mais de que espectadores, só tomam consciência quando são também autores e actores da tragédia, pais involuntários ou viúvos culpados, haverá papel mais absurdo do que o do homem face à mulher que morre porque ele a engravidou inconscientemente, involuntariamente, irresponsavelmente?” •“Qualquer dia, decide Luciana, visto-me de verde, de azul, de grenat, de amarelo, haverá outro escândalo que as pessoas serão obrigadas a engolir, esta cidade só se domina a chicote.”
  • 11. Curiosidades •Todos os capítulos têm nomes de pessoas como título à excepção do primeiro e do último, intitulados de Diário de Bordo e O último cais, respectivamente. •O livro é constituído por passagens em diversas línguas, nomeadamente Português, Latim, Francês e Inglês.
  • 12. Escola Básica 2,3/S Mestre Martins Correia, Golegã Ana Luísa Silva, 12ºA, nº3 2010/2011